Valuation: além da "captação de investimento"
O #Valuation é um dos termos mais comuns no universo das startups e na nova economia. Mas quando olhamos para empresas que não jogam o "jogo do equity", o cálculo do "quanto vale a empresa" tende a ser um tanto distante. E acredite, milhares de empresários desconhecem o valor de seus negócios.
São grandes, médias e pequenas empresas presas a modelos antigos de gestão ou, ainda, proprietários que um dia empreenderam por necessidade e hoje dirigem potências, além das PME de gestão familiar com suas culturas peculiares. As realidades são diversas. A mentalidade do valuation é relativamente nova e ainda precisa alcançar inúmeras empresas.
Falta de transparência, ausência de prestação de contas, de equidade e de responsabilidade corporativa (princípios básicos da Governança Corporativa), são os principais fatores que dificultam o cálculo do valuation. É impossível chegar a um número aceitável - e correto - sem antes botar ordem na casa, principalmente no que se refere às finanças empresariais. DRE mal feita (ou não feita), má gestão do fluxo de caixa, falta de um responsável com conhecimento suficiente para realizar o "arroz com feijão" da administração financeira, são problemas que impactam diretamente no painel do avião. Sem um painel de controle preparado para apontar furos e prever desastres, o avião cai.
Mas Valuation para que?
Para os fundadores de startups, o valuation é essencial para negociações de captação de investimentos. Indepentende do tamanho do cheque a ser captado, encontrar o valor do negócio é item básico do checklist. Em casos de primeira rodada de captação, é bem comum que os investidores, sejam Venture Capitals, Anjos ou Venture Builders, auxiliem os empresários neste cálculo. Em alguns casos é necessário, ainda, corrigir o cálculo do valuation (mais fácil em estágios bem iniciais do fundraising e BEM complicado em séries mais avançadas, mas acontece).
Se você é empresário ou gestor de uma empresa que não opera como uma startup, é contigo que eu quero falar hoje. Trago uma proposta de valuation diferente de uma tese de investimento; veja as importantes aplicações para todos os tipos de empresas:
Bora discorrer um pouquinho sobre como o valuation se aplica a cada item?
E, para concluir, já que a proposta da Newsletter aqui é ser prática e direta ao ponto, trago a seguinte pergunta...
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Qual é o jogo que os sócios jogam?
No primeiro, jogo do salário, o que importa é a quantia - fixa ou não - recebida no final do mês; por vezes o empresário é um "funcionário" caro para a empresa e fica no tático e operacional, sem lidar muito com o estratégico. No segundo, jogo do dividendo, a prioridade é a necessidade dos sócios, que utilizam a empresa como a "galinha dos ovos de ouro" e, em muitos e muitos casos, não sobra para reinvestir na empresa (eles matam a galinha, claro). Agora, no terceiro e último, o jogo do equity, o sócio trabalha dia após dia com a mentalidade de crescimento e de geração de valor para o negócio, construindo um ativo sólido.
Seja você uma startup ou uma empresa de crescimento linear, a mentalidade precisa ser de EQUITY. Entende que envolve mindset e cultura? Trabalhar e não retirar dividendos deve ser aceitável e normal, pelo menos até que a empresa gere resultados e caixa suficiente para tal realização. Só assim você permitirá um crescimento sustentável, constante e que vai, aos poucos, aumentando o valor do negócio, o valuation.
Trabalhe para o futuro, não para o presente. Prepare o negócio para que amanhã ele valha mais do que vale hoje e para que, em 5 ou 10 anos, ele possa devolver 10, 15 ou 20x mais todo o esforço do agora.
Profissionalize a sua visão, o seu negócio, tome consciência a respeito do valor dos seus ativos (empresa). O básico às vezes precisa ser dito: o capital social ou o valor imobilizado no imposto de renda não estão alinhados com a visão de valuation e equity. Mudar a mentalidade e considerar o valor da empresa ao longo do tempo já se tornou necessidade. Par alguns, estou chovendo no molhado, mas de fato alguns empresários não fazem ideia de que podem trabalhar o equity e seus ativos desta maneira. Seu patrimônio está no jogo, como você tem jogado?
Se você conhece a Parábola dos Talentos, certamente vai compreender a necessidade de multiplicar o que foi colocado nas suas mãos.
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Co-Fundadora Yellowl | MBA Finanças Empresariais
1 aVale muito a leitura