VALUATION EM EMPRESAS DISRUPTIVAS!!

VALUATION EM EMPRESAS DISRUPTIVAS!!

VALUATION EM EMPRESAS DISRUPTIVAS.


Uma das características mais marcantes desta nova revolução industrial é a criação de empresas disruptivas, que buscam inovar e fazer a inclusão de clientes no mercado.

Muitas pessoas perguntam o que é uma empresa disruptiva e o porquê de valerem tanto, se durante muito tempo elas trabalham no vermelho. Será que estão simplesmente comprando Market share??

Ser Disruptivo, significa quebrar tabus e sair do modelo tradicional que o mercado trabalha, ou seja, criar um Modus Operandis, que mudará a relação entre clientes, mercado e empresas.

Um exemplo muito usado é o das Fintechs, Techfins e Regtechs de um lado e do outro Bancos Digitais.

As Fintechs ou as Techfins chinesas, mudaram a forma com que o povo tem acesso ao mercado financeiro do país. Lembrando sempre, que apesar de estarmos falando da segunda maior economia do mundo, até pouco tempo o mercado financeiro era incipiente, visto que Mao fechou o país para o mundo.

Foi lá, que empresas como Alibaba, Tencent, Baidu e outras, começaram primeiro a criar um modelo de vendas/distribuição e para vingar, criaram as Techfins, que davam ao povo a ferramenta para ter crédito e efetivar suas compras.

Diferente das Fintechs, os Bancos Digitais, não são disruptivos, porque não mudam o Modus Operandis, simplesmente trazem para o mundo digital um modelo já existente, mas com custo menor por ser um Banco Digital e sem agências.

No Brasil isto é a realidade. A todo dia vemos afirmações que novos Bancos estão surgindo na esteira do maior spread do mundo, ou seja, empresas se aproveitando do Momentum e dos altos spreads para oferecer serviços ao povo, mas sem inovação e inclusão.

Logicamente eles já começam dando lucro imediato ou a curto prazo, diferente de startups disruptivos.

Temos 64 milhões de inadimplentes e milhares de empresas quebrando ou para quebrar exatamente pelos spreads excessivos e falta de crédito, mas ninguém, ou quase ninguém, quer ajudar a reinserção desta massa ao mercado, através de modelos disruptivos.

Na verdade, o que temos são Agiotas Digitais e nada mais do que isto, com raras exceções.

Voltando a questão principal, que é a VALUATION destas empresas disruptivas, a forma de fazer análise é bem diferente do mercado tradicional.

Não existe fluxo de caixa descontado para se analisar e toda VALUATION é baseado no modelo escolhido por estas empresas, que dando certo irá mudar o mercado como um todo.

Imagine, o WECHAT na China. Mais de hum bilhão de pessoas usam este aplicativo para tudo e aqui chamamos isto de super-aplicativo, porque o povo se tornou dependente do mesmo, a ponto que quem não o usar, como turistas por exemplo, sofrem com a exclusão tecnológica.

Em um dos meus artigos contei, que um dos professores de meu curso sobre Fintechs na Hong Kong University, contou que foi passear no interior da China e resolveu a tomar café em um quiosque que tinha uma fila imensa. Na hora de pagar, tirou dólar e a dona não sabia o que fazer, tentou pagar com cartão e o mesmo aconteceu. O fato é que todo mundo usava WECHAT para pagar.

Quando uma empresa disruptiva vai em busca de investimento é praxe do mercado a compra de algo como 10% da empresa, para manter a chama do empreendedorismo e o valor está ligado não só a análise do Big Data Base/ Knowledge Management (Informação), como a crença de que o modelo da empresa irá mudar o mercado de forma disruptiva.

Se os investidores acreditam que sim, a VALUATION é feita baseada em uma projeção de mercado futuro, mas não de fluxo de caixa.

Depois de estruturada e de seguidos aumentos de capital, que sempre mantém o controle com o empreendedor, visto que ele é o responsável pelo sonho e, portanto, imprescindível para os investidores, vem o IPO ou DPO.

Neste momento, a empresa ainda poderá e quase certamente dará prejuízo, porque sua missão é mudar um mercado pré-estabelecido e isto tem um custo alto a curto prazo e demanda larga soma de investimentos para consolidar o modelo, mais certamente a longo prazo vem a resposta com a dominância do mercado, vide Facebook, Google, Linkedin etc.

Neste ponto a VALUATION é fruto dos investimentos intermediários e projeções de ganho de mercado, custos etc.

Não posso deixar de falar, que no meu ponto de vista há duas coisas importantes que melhoram a VALUATION.

Primeiro, quando a empresa e seu empreendedor se aliam a executivos portadores de conhecimento tácito e que podem ajudar a diminuir o tempo entre o prejuízo e o lucro, trazendo sua experiência de gestão para as empresas.

Segundo e mais importante, a formatação de um Conselho (Board), profissional e independente, comprometido em ajudar o Ceo a gerar riquezas futuras para os acionistas, no modelo proposto por Larry Fink, Ceo da BlackRock.

Hoje em dia, no IPO ou DPO, as Boards são analisadas com uma lupa pelos investidores, que entendem que ele também ter que ser disruptivo.

Com o ESG INDEX, isto se tornou ainda mais premente, visto que investidores darão preferência a empresas comprometidas com meio-ambiente, questões sociais e governança corporativa.

Resumindo, o valor de startups vem do quanto disruptivos eles são, da importância do mercado que eles atuam e da perspectivas de que seu Modus Operandis seja o que prevalecerá, criando assim um novo mercado com novos valores!!

András M.

President - SoEnergy International

5 a

Oi Walter, bacana seu post! Gostei da parte sobre inserção de executivos, pois tenho visto alguns fundadores de startups resistentes a esta idéia, que poderia ajudar na tração dos negócios. Ainda mais quando o produto/serviço está validado pelo mercado (clientes).

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