Vamos empreender inovação?

Vamos empreender inovação?

Foi publicado um estudo comparativo sobre inovação no mundo, dividido por países, com um gráfico que mapeia o tamanho da população, o grau de inovação, a eficiência relativa, assim como a qualidade do resultado da inovação.

Países ricos e desenvolvidos, obviamente, encabeçam o ranking, porém alguns dados chamam atenção, como por exemplo o fato de diversos países da África estarem posicionados, no gráfico, acima do seu peso econômico.

O Brasil, embora esteja numa posição mediana, está classificado como "Inovador Ineficiente", com investimento bem abaixo do que países Europeus e China investem (1,2% do PIB no caso do Brasil e 2% Europa e China).  Esse desempenho é reflexo, além do baixo investimento, da “fraca colaboração entre empresas privadas e universidades“.

A produção de patentes também deixa o Brasil em uma situação de inferioridade em relação aos demais países, o que é facilmente explicado pela enorme burocracia que enfrentamos em nossos sistemas legais e regulatórios. 

Para reverter esse quadro, venho buscando desenvolver relacionamento em diferentes segmentos da nossa sociedade, com o objetivo de identificar sinergia que possa gerar parcerias entre empreendedores, empresas (mercado)Estudo sobre o mapa da inovação no mundo, faculdades, aceleradoras de startups e investidores (ecossistema empreendedor), além de programas de apoio governamental.

Apesar dessa cultura estar engatinhando no Brasil, venho encontrando pessoas bem preparadas, dispostas a reverter esse quadro, independente das adversidades de nossa sociedade. Noto, porém, que as iniciativas correm em paralelo, muitas vezes não convergindo para um ponto sinérgico que gere negócios, empregos, renda e riqueza para a nação de forma substancial.

Temos também entraves culturais decorrentes de crenças enraizadas em nossa sociedade, como por exemplo, não acreditar no valor que uma patente pode trazer para uma ideia, para um negócio, para a economia. Já cansei de escutar que "não vale a pena patentear", só que quando desempenho o papel do chato e questiono o motivo, invariavelmente, o que escuto são desculpas e não argumentos concretos e objetivos. Claro que não me convencem, muito pelo contrário, tais argumentos só fortificam minha certeza que o caminho para o Brasil se desenvolver como polo de inovação está na geração de patentes que atendam demandas de empresas, sendo desenvolvidas por empreendedores, em faculdades, em parceria com investidores e com o apoio do governo.

O projeto não é simples, muito pelo contrário, mas é essa complexidade que traz a beleza do desafio que temos pela frente. Vamos inovar? 

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