Vamos falar (a real) sobre o prazer feminino?
Sem tabus, com coragem, de forma responsável e, claro, sem a perspectiva masculina ditando nossos desejos e prazeres
Por décadas, a figura feminina e a nossa sexualidade foram construídas pela perspectiva e os fetiches do homem. E foi esse olhar masculino que definiu como deveríamos nos portar no sexo, quando deveríamos falar (ou silenciar) sobre o assunto, o que deveríamos desejar e de que maneira esse desejo poderia (ou não) ser expresso.
É por entender que precisamos nos apoderar desse campo tão importante em nossa vida e trazer a inteligência feminina para (re)conhecer os próprios desejos e sexualidade que a Think Eva desenvolveu uma pesquisa quantitativa com mais de 2 mil mulheres brasileiras sobre prazer feminino, a pedido d' O Boticário .
A nossa pesquisa ouviu mulheres de norte a sul do Brasil, de 18 a 60 anos. E a primeira coisa que aprendemos é que, 9 entre 10 mulheres, não acham que prazer está relacionado primeiramente com sexo. Viajar, comer algo gostoso, tomar um banho relaxante… Tudo isso aparece nas respostas de mulheres que estão esgotadas e vivem um alto nível de estresse, além da sobrecarga em suas múltiplas jornadas e responsabilidades (cuidar da casa, do trabalho e de todos em sua volta sem apoio é um dos grandes obstáculos para destravar a libido). Toda essa sobrecarga e falta de tempo faz com que 6 entre 10 afirmem que não se dedicam o suficiente ao próprio prazer. Além disso, 32% delas não sabem o que são zonas erógenas e 79% já fingiram orgasmo.
Recomendados pelo LinkedIn
O diálogo sobre prazer feminino também segue tímido e um tabu para a maior parte da sociedade. Esses entraves levam ao desconhecimento, à vergonha e aos padrões masculinos que já mencionamos. A história só poderá mudar com informação, que começa na educação de base e segue por toda a vida — das escolas à vida adulta. Conhecer a si mesma também é parte do processo, uma vez que 22% afirma ter pouco conhecimento sobre o próprio corpo e 40% nunca ou raramente faz consulta sobre saúde sexual e exames de ISTs.
Com informação em mãos, é tempo de se rebelar e se reconectar com o prazer. Quebrar os tabus, romper com os padrões estéticos e crenças limitantes. Esperamos que com essas reflexões, o Boticário e todas as outras marcas que dialogam com os prazeres femininos possam inspirar conhecimento, reconexão, cuidado e novos caminhos para que as mulheres expressem sua sexualidade com plenitude e liberdade.
Que elas, nós e todas possam amar a própria pele e valorizar todos os corpos como corpos com potencial para serem desejantes e desejáveis — se assim desejarem.
Maira Liguori e Nana Lima - Diretoras da Think Eva
Pesquisa de mercado | Design | Futuros | Estratégia
3 mOlá! Amei o texto. Tem algum lugar com os dados da pesquisa ou algum PDF que trate os achados de forma mais profunda?
Gerente de Marketing e Inovação | Otimista | Mentora | Mãe da Tarsila
1 aAí meu Deus está acontecendo Ingrid Vaz Rafael Bragato Ana Carolina Luz Letícia Schwartz Fernanda Marques Gabrielli 🥹🥹🥹🥹🥹
Copywriter
1 a“valorizar todos os corpos como corpos com potencial para serem desejantes e desejáveis — se assim desejarem”. Um fechamento impecável para um texto que traz excelentes reflexões do começo ao fim.