Varejo de Eletrodomésticos, onde está o otimismo?

Ahhhh... falar de crise, é quase um ópio hoje em dia. Nos elevadores, encontro nos corredores,  conversas informais, antes a grande questão era: Será que vai chover? Isso faz parte do passado. Hoje é inevitável o tema principal é CRISE.

Vale a pena?

Não, não vale. Seria ingenuidade afirmar que não temos um momento completamente instável em nossa economia, mas de uma forma igualmente ingênua estamos patrocinando o caos. Perceba que em qualquer noticiário, o que ouvimos é a retração no consumo, de todos os segmentos possíveis. O cidadão acaba absorvendo essa carga negativa que o ronda, e daí pra frente é um ciclo vicioso sem fim.

Mas vamos lá... vamos falar do nosso mercado em específico, o de Eletrodomésticos. Atuo neste segmento a quase 20 anos, lidando com o varejo e aprendendo muito com ele. E se tem um segmento que tem um poder autodestrutivo é esse, acredite. Em minhas constantes abordagens com gestores deste segmento, tenho ouvido com mais frequência do que o normal, o temor da crise. Note que estou falando do temor. Existe uma diferença crucial entre o que se teme e o que se vive e aí está a chave de um outro ciclo vicioso perigosíssimo. É aquele que nos faz abrir a porta de nossas lojas e pronunciar em alto e bom tom pra nossa equipe que teremos mais um dia difícil. Escolhemos enxugar nosso mix de produtos para que nosso estoque médio fique na teoria, confortável para nosso fluxo, reduzir o quadro de vendedores para diminuir nossa folha de pagamento.

É hora de parar! Parar com esse pessimismo!

Antes de empresários somos vendedores. Se não vendermos a segurança daquilo que nos sustenta, venderemos algo mais? Nossas ações estão sendo milimetricamente monitoradas por nossas equipes, afinal, uma boa gestão espelha sua conduta até a porta de nosso negócio, onde costumeiramente encontramos um elemento chamado "cliente" !

Senhores, nosso segmento tem características singulares. Existe uma realidade de oportunidades que nos cercam que fazem parte de nosso cotidiano que não mudam.

Vamos exemplificar: Casamentos, corra pelos cartórios por aí e veja se diminuíram os números de proclamas? De forma alguma, os casamentos parecem não ter sido afetados pela "Crise". Nem tão pouco os índices de separação conjugal, aliás, pelo estresse do mercado, podem até acelerar este número.

Estamos falando de formação de novos lares, esse número só aumenta no Brasil. E nós provemos produtos para constituição deles. E nossas lojas, estão preparadas para isso, ou encontraremos uma equipe desmotivada com um mix de exposição minguado nelas?

Vender crise está muito fácil meus amigos, tem comprador de sobra pra ela. Agora, vender otimismo, esse é para poucos. Entre pra esse time, e não esqueça de incluir sua equipe junto. Experimente ignorar o temor e provar do real, tirando os filtros que nos fazem enxergar o pior cenário.

Uma excelente retomada ao otimismo e aos resultados!