Vender é bom, mas vender para a pessoa certa é melhor ainda.
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Vender é bom, mas vender para a pessoa certa é melhor ainda.

Custa muito adquirir um novo cliente, todos os profissionais de marketing digital sabem disso. Pesquisas mostram que pode ser até 7 vezes mais caro. Mas existe um ponto ainda mais perigoso entre a batalha em adquirir clientes novos e manter os que já se conquistou.

As tentativas de venda para as pessoas que não precisam da sua solução, ou mesmo as que não querem ela. 

E isso é sério.

A questão aqui não é sobre o certo ou errado em marketing ou na hora de vender. Não sou nenhum guru e o que digo não é verdade irrefutável. O fato é que as empresas que tentam uma venda a qualquer custo, afastam possíveis novos clientes. E todo mundo sabe disso, ou você nunca deixou de entrar em um loja por causa de vendedores que vem em bando sedentos para vender quando você ainda não deu sequer um passo adentro? E aquele cartão que você tem que negar 7 vezes em menos de 30 minutos? Fala sério.

Isso já aconteceu comigo, acredite ou não.

Nesse caso os colaboradores não são completamente culpados. Sei que existe pressão e metas de novos cartões a cumprir, mas como já disse, isso afasta os possíveis novos clientes. Então estão deixando de ganhar dinheiro. Confesso que quando essas coisas acontecem, fico imaginando o que os responsáveis dessas empresas tem na cabeça. 

Mas isso é realmente ruim?

É.

O motivo é simples.

Kotler no livro Marketing 4.0, mostra que o consumidor agora tem opções de sobra. Consome os conteúdos que quiser, compartilha experiências boas e principalmente. E é claro que quando a experiência é ruim e ele expõe isso na internet, naturalmente influencia outros consumidores.

Agora mesmo, se eu tivesse mencionado o nome da loja onde aconteceu comigo as situações que mencionei, alguns colocariam mais lenha na fogueira por quem sabe terem passado o mesmo que eu e com toda certeza as pessoas que estão lendo, ao passar por lá iriam lembrar o que falamos.

Ou seja, o consumidor frustrado faz as empresas perderem grana, simplesmente, com um celular ou computador e algumas palavras.

O mesmo está acontecendo aqui no digital.

Todo profissional do marketing em algum momento já reclamou de pessoas que selecionam um público-alvo que abrange todas as pessoas existentes, o famoso:

Meu público é todo mundo, homens, mulheres e crianças de 0 à 65 anos, de todas as regiões do país e da galáxia.

Você já ouviu, eu sei que já.

Mas então porque então estamos vendo uma muitas empresas desesperadas por uma conversão a todo custo? Nas palavras do Alexandre Estanislau estamos deixando as plataformas com problemas de autoestima e essa caça aos leads não é saudável na experiência de compra.

Complementando a visão dele, os profissionais estão criando estratégias de marketing conforme a sua própria imagem e semelhança: sem eficácia nenhuma. 

Querem vender suas soluções sem gerar relacionamento ou sequer ter um entendimento real e claro do problema das pessoas. O conteúdo está tão superficial que se tornou necessário o uso de várias pop-ups e torcer para alguém achar tão chato e querer cadastrar o e-mail de uma vez,

Tornando assim o marketing de atração e conteúdo, em marketing de esperança.

E eu posso assegurar, que melhor do que ter fé é ter estratégia. 

Crie relacionamento e mostre seu valor ao consumidor. 

Torne a sua marca um grande amigo e sempre que o consumidor tiver um problema ele vai ir chorar no seu ombro.

Gere conteúdo que soluciona dúvidas, dê informação de valor que vai ajudar a resolver o problema que as pessoas tem sem a sua solução, se assim acontecer de forma genuína, uma hora ele tende a lhe passar o cajado. E mesmo que ele compre com o concorrente isso não é algo ruim.

Seja no digital ou não, venda para quem possa realmente se beneficiar com a solução que você oferece.

As vendas para pessoas erradas podem aniquilar o seu negócio. 

É melhor 10 clientes certos comprando de você do que 100 errados.

Ainda que o número seja menor e o faturamento também, a sua autoridade e reputação estarão nas alturas, e as pessoas tendem a comprar com quem tem autoridade e boa reputação, ou com quem não tem?

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Gabriel Prá

Empreendedor, publicitário e apaixonado pela escrita.

Sócio da Impose, grife catarinense de roupas urbanwear.

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