Um papo sobre gurus, mestres e opiniões.

Um papo sobre gurus, mestres e opiniões.

Nessa semana aconteceu uma coisa curiosa comigo. 

Se você não me conhece, atualmente eu curso o 7º semestre (e último ano) de Publicidade e Propaganda na UNISUL. Todo ano, os formandos, que no caso agora em 2018 é a minha turma, são responsáveis por organizar um festival que já ocorre há alguns anos. O Plus. Evento direcionado para os cursos de jornalismo, psicologia, ciência da computação e algumas outras graduações que possuem disciplinas em comum ou semelhantes. E para nós de publicidade também, é claro.

O Plus, festival de que falei, é o Cannes da região, alunos de diversas universidades inscrevem trabalhos na tentativa de garantir um prêmio.

O conteúdo e as palestras, na maioria das vezes são excelentes.

Em uma reunião de organização, uma das pautas era a definição dos palestrantes, ideias e nomes rolavam sem parar, até que um colega, no fundo, diz:

—Vamos chamar o guruzão lá, aquele Gabriel Goffi. 

Um ou outro colega também reforçou o comentário pejorativo anterior.

Fiquei surpreso.

Se você não conhece o Goffi, recomendo que você leia esse artigo e vá ao Youtube, ou Facebook e conheça, ele é foda.

Não porque eu pensasse que todos tem a mesma visão que tenho em relação a ele, e as mensagens que ele passa.

O que realmente me surpreendeu foi que jovens, assim como eu, estão deixando que preconceitos e estereótipos os impeçam de conhecer novos modos de realidade e conhecimentos altamente transformadores.

Sem exagero. 

Quando conheci o trabalho do Goffi, tive oportunidade de me transformar, e evoluir tanto, como nunca imaginei antes.

Senta que lá vem história.

Em 2015 eu estava perdido, sem saber muito bem para onde ir. Era o início da universidade, entrei para um curso e fui parar em outro, um ano muito louco.

No final do ano, eu estava rolando a amada interminável time-line do Facebook, e me deparei com um post que estava me dando um e-book chamado:

"9 Passos para viver em alta performance."

Aquele momento foi um ponto de virada. 

Fui apresentado para temas que eu nunca tinha ouvido falar no ensino tradicional, e outros que sempre enxerguei como puro esoterismo.

Meditação, biohacking, rituais, produtividade com ajuda de aplicativos e, tantos outros ensinamentos fantásticos.

Confesso que no início me pareceu blá blá blá, coisas sem sentido, mas quando olhei mais a fundo, consegui ver que não eram. 

Tinham estudos por trás, e mais, existem pessoas executando tudo aquilo day by day.

E há mais de 2 anos que descubro coisas novas com esse cara. 

As coisas não pararam no Goffi.

Ele foi a porta de entrada para um mundo novo. Fui apresentado a grandes nomes e autores como Érico Rocha, Napoleon Hill, William Câmara, Murilo Gun, Peter Diamands, Richard Branson, Elon Musk, Tim Ferriss, Harv Eker, Tony Robbins, Osho e vários outros, a fonte do desenvolvimento pessoal, empreendedorismo e autoconhecimento.

Ainda não posso dizer pra você que sou ultra bem-sucedido. Nem que estou milionário. Mas posso dizer que minha vida evoluiu imensamente na parte emocional, nos meus relacionamentos, e principalmente, na minha visão de longo prazo, tanto no profissional quanto pessoal.

E tudo isso foi sem gastar um tostão.

Por mais que eu saiba que tudo isso são estratégias para vender cursos e livros, não muda o fato de que esses cara estão dando conteúdos poderosos GRATUITAMENTE.

E faz uma diferença absurda para muitas pessoas, é só ler os comentários das redes sociais de todos esses "guruzões."

É claro que eles por si só não mudam a vida das pessoas, não existe isso, não é mágica.

Você não vê um vídeo e de um jeito místico, caminha para o sucesso.

É preciso vontade e muito hardwork.

Porque só existe uma pessoa capaz de mudar sua vida. Você mesmo. E ninguém consegue realmente evoluir, sem ter a cabeça aberta para assuntos que nunca sequer ouviu falar.

Nossas opiniões nos cegam.

Isso é algo que tenho pensado há algum tempo, e só passei a pensar mais com esses acontecimentos.

Sabe aquela pessoa que você não gosta, mas na verdade você nem sabe porquê? Pois é.

Quando definimos o que é realidade, é difícil que consigamos aceitar algo que confronte ela.  

Seja no debate político, em que a discussão de esquerda e direita já é mais importante que as ideias apresentadas, ou na dificuldade em reconhecer um trabalho bem feito, apenas porque não somos o público, que é justamente o ganho para outra questão levantada em aula para o Plus.

Nosso professor jogou um nome na mesa, que há quase 10 anos divide opiniões no Brasil.

Felipe Neto.

Se você imaginou que quando ele deu essa sugestão logo a discórdia começou, você está certíssimo.

Foi uma enxurrada de reclamações. Mas logo ele deu fundamento.

O cara é um case gigantesco de marketing e empreendedorismo.

Fundou uma network focado em gerenciar canais no YouTube, vendeu para uma multinacional francesa por alguns milhões.

Estava quase no ostracismo, decidiu voltar a gravar pra o YouTube.

O resultado?

Cresceu mais de 17 milhões de inscritos no youtube em menos de 2 anos.

E qualquer pessoa que trabalhe com marketing, principalmente digital, sabe que isso é um número estratosférico.

Mas essa não é a questão.

Não seja um dono da verdade.

O verbo saber, é inimigo do verbo aprender. - Desconhecido

Essa simples frase diz muito.

Quando se assume essa postura de que já se sabe algo, impede a possibilidade de aprender e entender o novo. Na maioria dos casos por um inconsciente coletivo, opiniões pré prontas que nem sabemos explicar e que tornam impossível que compreendamos o outro. Isso só prejudica a nós mesmos.

Sabe aquele clichê que todos já ouviram, "Seja uma esponja"?

Realmente seja!

Mapeie seus preconceitos, elimine-os e aprenda com tudo e todos.

Seja com o Goffi ou com o Felipe Neto, dá no mesmo.

Todos tem algo a ensinar.

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Gabriel Prá

Empreendedor, publicitário e fascinado pela escrita.

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