Vender muito ou vender bem?
Existem alguns mantras corporativos que são muito repetido no Brasil: "Aumentar as vendas! Aumentar a produção! Aumentar a participação de Mercado! Aumentar... Aumentar....".
Contudo parece pouco sensato assumir o crescimento como finalidade empresarial, sem considerar aspectos como: a canibalização do segmento-alvo, dificuldades/encarrecimento da reposição de estoques, frequência/hábitos de consumo, frequência de entrantes (novos consumidores) no mercado, perda de clientela (por questões de saúde, envelhecimento ou morte), dentre tantos outros.
Parece mais adequado manter um foco no "vender bem", melhorando continuamente os processos e resultados, oferecendo diferenciais competitivos com frequência/regularidade, manter bons e estáveis padrões de qualidade, buscar ganhar mais com redução dos custos do que com aumentos de preços, prezar pela regularidade dos processos e entregas, evitar bolhas de consumo que exigem investimentos que não se mantêm/justificam no tempo, dentre tantos outros.
De fato a preocupação com o vender muito faz com que a governança corporativa assuma o risco de tomar decisões equivocadas pensando mais no curto/curtíssimo prazo que podem comprometer as condições mínimas para sobrevivência da organização no longo prazo.
Esta prática dominante só se mantém enquanto existe um volume de ingressantes na massa de consumo que exceda muito a capacidade de oferta dos bens e serviços, de modo contínuo e perene, o que não se tem observado na maioria dos mercados.
Desta forma corre-se o risco de ter muitos episódios de euforia sócio-econômico-produtiva, seguida de períodos amargos de estagnação produtiva, comprometendo projetos e investimentos, provocando sérios desgastes sócio-econômicos.
Certamente a melhor e mais racional escolha está no vender bem, o que passa por uma eficaz e comprometida gestão estratégica e por um eficiente gerenciamento por resultados.
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