VEREADOR MIRIM: ESCOLA CIDADÃ EMPODERADA

Escola cidadã, democrática, participativa e viva, é uma escola engajada. Uma escola comprometida com o bem-estar-Ser dos sujeitos-alunos e, nessa direção, eticamente responsável pelo desenvolvimento cognitivo, político e afetivo dos mesmos. Uma escola que se abre à prática política porque é política por natureza – por meio da construção do conhecimento e pelos processos de ensinar e aprender que nela ocorrem, contribui às leituras e análises das contradições e perspectivas de vida em sociedade. Essa escola projetada em arquiteturas curriculares e matrizes político-pedagógicas multiperspectivadas pode, para alguns, ser utópica, irreal, distanciada das realidades do que vivem muitos meninos e meninas neste país. Para outros, ela é uma prática concreta. Enraizada nas comunidades, bairros, vilas, ruas de muitos municípios, de grandes e pequenas cidades brasileiras. É uma escola que produz outras territorialidades, outras formas de ver, pensar, sentir e agir as realidades de vida dos sujeitos em processo de escolarização. Uma escola que se sustenta nos princípios do respeito e da crença no potencial humano. Capaz de hoje e sempre, empoderar a vida porque se vê/concebe empoderada. Uma escola dos sonhos possíveis nutridos nos inéditos viáveis, como defendeu Paulo Freire. Essa escola se mostrou de forma muito linda e carregada de estética singular na cerimônia que acompanhei nesta manhã de outubro. A Sessão Itinerante dos Vereadores Mirins de Barra Velha/SC, ocorrida na Escola de Educação Básica David Pedro Espíndola foi, sem dúvida, um exemplo de que essa escola existe. Ela é possível. O poder da oratória, da construção argumentativa de ideais, de defesa das proposições apresentadas; as dinâmicas de condução da prática dos edis mirins e os modos de operacionalizar os trabalhos numa Câmara de Vereadores, me faz acreditar que toda escola que se abre a essa possibilidade; toda escola que se permite viver uma experiência transformadora; toda escola que se deixa envolver pelo potencial de seus alunos, é uma escola de futurição. Que esse futuro construído no presente possa, de modo singular, continuar a ser fagulha, lampejo, traço de esperança para muitos meninos e meninas que vivenciam a aprendizagem da política e da cidadania na prática. Uma travessia fundamental no contexto da sociedade hodierna, principalmente se considerarmos os desafios ambientais, sociais, culturais, políticos, econômicos, humanos vividos por todos nós. A escola que se abre a esse aprender-com (com os outros, com os diferentes e as diferenças, consigo mesmo, com os contextos etc.) e a esse fazer-para (para uma sociedade mais justa, equilibrada, sustentável; para um mundo mais feliz, acolhedor, cuidadoso, ético e responsável) é uma escola que, em tese, assume a responsabilidade de superar, pelos processos de aprender, as pseudopráticas político-partidárias e, nesse sentido, contribuir para que os alunos compreendam e apreendam o sentido e o significado das políticas públicas, a partir do exercício da cidadania e da ocupação dos espaços dessa prática nas suas realidades de vida. Feliz por ver e ouvir o que vi e ouvi!

06/10/2015.