"A vida é feita de ciclos..."
Você já percebeu que, quando alguém encerra uma fase, costuma usar essa frase para refletir sobre o que passou?
Sair do emprego, terminar o casamento, concluir a graduação, mudar de cidade. Em geral, a reflexão surge em grandes fechamentos. Naqueles momentos que inspiram a gente a pensar que algo está terminando para que outra coisa comece.
Só que a vida não é feita só dos grandes ciclos.
E a gente fica teimando em pensar que algumas coisas precisam ser mais "estáveis". Produzir conteúdo com constância, por exemplo, é uma delas.
Sim, tem gente que consegue engatar a quinta marcha e manter uma consistência invejável, não falhando em postagens um dia sequer.
Ao acompanhar essas pessoas, ficamos presos à obrigatoriedade de fazer o mesmo. Porque "se o fulano diz que é possível, eu também consigo". E lá estamos nós, sentados à frente do computador, forçados a fazer algo que era para ser fluído. Porque o fulano disse que é possível. Eu só preciso me esforçar.
Os pequenos ciclos são tão importantes quanto os grandes.
Há dias em que estamos em uma frequência criativa grandiosa. Em outros, não sai uma vírgula digna de continuação. Essa sensação de "já ter sido melhor" se transforma em uma trava mental. E aí, você já sabe: é efeito bola de neve.
É claro que, quanto mais constante você for, melhor será o seu engajamento. Mas o preço por isso não pode ser pago pela sua sanidade.
Aproveite as ondas criativas quando elas chegarem e acolha os momentos em que a sua mente pede um ócio necessário. Os pequenos ciclos acontecem a todo momento: desde a sua respiração até os dias do ano. O objetivo não é ser perfeito, lembra?