Vinhos doces bons para você fugir do suave

Vinhos doces bons para você fugir do suave

Há quem aprecie todos os tipos de vinhos incluindo os mais adocicados que é o meu caso, mas há também a turma que sente dificuldade de degustar vinhos mais secos e preferem ficar apenas nos mais docinhos mesmo.

Independentemente de qual grupo você faz parte, é importantíssimo entender os tipos de vinhos doces que existem e a diferença entre eles para assim, acertar na escolha, apreciar sabendo exatamente o que se está degustando e não ficar refém do vinho suave. Ao final dessa breve leitura você vai entender a grande diferença entre todos eles, prometo.

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E para melhor compreensão, vou separar aqui por estilos e especificar de forma mais detalhada qual a peculiaridade de cada um, combinado?

 Vinhos fortificados

Análise visual de um vinho Jerez

Nesse estilo, uma aguardente vínica é adicionada durante o processo de fermentação, ou seja, além do álcool natural, ele tem também um álcool adicionado.

O resultado são vinhos com teor alcóolico mais elevado. Nesse método temos como principais o Vinho do Porto, o Vinho Madeira e o Jerez:

  •  Vinho do Porto: é um vinho fortificado produzido na região do Douro, em Portugal, através das uvas tradicionais da região como Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Cão e a Tinta Barroca. Temos o Porto Ruby que é um estilo mais jovem e frutado e o Porto Tawny que é mais complexo devido ao maior tempo em passagem pelas barricas de carvalho francês. São vinhos bastante potentes e ideal para serem degustados pequenos cálices antes ou após as refeições, podendo ser harmonizados com chocolates ou queijos azuis.
  •  Vinho Madeira: é muito semelhante ao Vinho do Porto, sendo um pouco menos doce e a principal diferença está na região de produção, que é feito na Ilha da Madeira, em Portugal, e também nas uvas utilizadas que são a Malvasia e Bual. 
  • Jerez: Um clássico da Espanha, é produzido na região de mesmo nome. São vinhos únicos em cores, aromas e sabores, podendo apresentar uma variedade tanto mais secos quanto mais doces, dependendo da forma de vinificação. Para não errar, os exemplares mais doces são o Cream e o Pedro Ximenez, que inclusive abordo de uma forma mais aprofundada nos conteúdos Premium (se você é amante de bons vinhos precisa estar conosco na plataforma B&K, um lugar exclusivo para quem realmente deseja aprimorar o paladar e a vida. Saiba mais).

 Colheita tardia

Vinho Late Harvest dos Estados Unidos

Como o próprio nome sugere, colheita tardia são vinhos doces porque, basicamente, as uvas são colhidas tardiamente, ou seja, ficam como se fossem uvas passas, concentrando mais açúcares do que quando colhidas “no ponto”.

Alguns rótulos vem escrito como “Late Harvest”, que se trata do termo em inglês.

Tradicionalmente são produzidos através das uvas brancas Riesling e Gewüztraminer e apresentam uma coloração dourada, um nariz rico em aromas que remetem a damasco, baunilha, amêndoas e mel. São vinhos com ótima acidez e estrutura e apresentam um teor alcóolico médio, entre 10 e 13%.

 Podridão nobre

Vinho Château d'Yquem


Você não leu errado. Existe um vinho “podre” que é um dos mais aclamados pelos enófilos mundo a fora!

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Trata-se de um vinho de sobremesa raro porque é dependente de um fungo chamado Botritys Cinerea. Esse fungo surge principalmente nas regiões da França e Hungria.

Na França é produzido através das castas brancas Sémillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle e na Hungria a partir da Furmint. Esse fungo ataca as uvas fazendo com que elas “apodreçam” e dessa forma percam água e concentram açúcares, resultando em um vinho espetacular com aromas e sabores riquíssimos.

 Ice Wine

Vinhos Ice Wine

Em regiões bastante frias como Alemanha e Canadá existem produtores que deixam as uvas congelando no pé e a partir delas produzem o vinho, que chamamos de Ice Wine.

Esse processo torna o vinho doce e levemente licoroso pois a água presente no fruto se cristaliza e o líquido extraído apresenta uma incomparável riqueza de compostos açucarados.

São produzidos principalmente a partir das castas brancas Riesling, Grüner Veltliner e Vidal, podendo também ser encontrados nas versões rosés e tintos, sendo menos comuns.

Por fim, vale lembrar a grande diferença entre o famoso vinho suave, muito conhecido por nós brasileiros, dos vinhos citados aqui hoje: a família de uvas.

Vinho Sangue de Boi

O vinho suave é um vinho simples, de mesa, produzido a partir da família Vitis Labrusca, que são essas uvas que encontramos nos supermercados para comer. Muitos deles possui açucares adicionados e são elaborados de uma forma bastante grotesca para comercialização em grande escala.

 Já os que abordamos aqui hoje são vinhos finos e isso significa que são elaborados a partir da família de uvas Vitis Viníferas, que são uvas especiais para essa finalidade.

 Por isso os preços são tão diferentes também. Quanto vale a sua dor de cabeça?

 Agora me fale: qual desses vinhos você ficou mais curioso para degustar?




Sou Bárbara, especialista em vinhos e estou aqui para lhe ajudar a aprimorar o seu paladar e a sua vida. Assim como eu me transformei depois que compreendi de uma forma mais profunda o universo dos vinhos e percebi que não se trata só de vinhos mas sim de um refinamento de vida que me fez alavancar relações, crenças, saúde, trabalho, percebi que poderia disseminar essa cultura mundo a fora. Conte comigo para a sua jornada.

"Os vinhos nunca foram o fim, mas o meio que nos conduz a um aprimoramento pessoal"

 

 

 

 

 

 

 

Lisane Sousa

Nutricionista especialista em Fitoterapia | Palestrante de Longevidade | Saúde | Qualidade de vida | Reeducação alimentar | Nutrição Comportamental | Auxilio profissionais com a rotina agitada a conquistarem mais saúde

11 m

Adorei o conteúdo Bárbara Xavier! Eu sou apaixonada pela cidade do Porto e seus vinhos. São maravilhosos! Fiquei muito curiosa sobre o Ice Wine. Que ideia incrível! Deve ser muito interessante visitar os produtores. Muito obrigada por compartilhar. Grande abraço!

José Aluísio Braga da Costa

Coordenador de Operações, Gestão Estratégica, Estoque, Armazenagem, Atendimento ao Cliente.

11 m

A publicação de Bárbara Xavier sobre vinhos doces proporciona uma compreensão envolvente e esclarecedora desse universo, destacando-se por sua abordagem educacional e apaixonada. A especialista compartilha seu conhecimento de maneira acessível, desmistificando os vinhos adocicados e apresentando alternativas nobres que transcendem a percepção comum de vinhos suaves de garrafão. A segmentação dos estilos, desde os vinhos fortificados como o Porto e o Madeira até a exploração de raridades como os vinhos de podridão nobre e Ice Wine, revela a diversidade e a riqueza desse universo enológico. A narrativa envolvente de Bárbara, permeada por sua paixão pelo tema, convida os leitores a explorar e apreciar a diversidade de sabores e aromas dos vinhos doces, proporcionando uma experiência enriquecedora. Sua abordagem pessoal, combinada com informações detalhadas, contribui para uma narrativa envolvente que certamente despertará a curiosidade e o interesse dos leitores em explorar novas variedades de vinhos adocicados. Adorei!!!

Alaece Santiago

Chef de cozinha em formação na Le Cordon Bleu | LinkedIn Creator | Gestão de equipes e projetos | Foco em gastronomia de alto nível e inovação.

11 m

Oi Bárbara, parabéns! Adorei o texto. Fiquei bastante interessado no "Vinho Podre". Me parece uma mistura única de sabores e aromas. Como chef, fiquei curioso para saber com que tipo de prato você acha que esse vinho harmoniza. Além disso, saberia informar onde consigo encontrar um exemplar para compra aqui no Brasil? 🍷

Edney Vieira

C-Level nas áreas de Gestão Geral: CEO, VP, COO, Chief Supply Chain, Conselho de Administração ou Consultivo.

11 m

Cheers 🍷

Antônio Paulo Meirelles Pinhão

Gerente Regional|| Gerente de Agência || Gerente Regional de Desenvolvimento ||Cooperativa de Crédito || CEA || CPA-20 || Gestão Financeira

11 m

🍷

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