Violência contra mulher e as empresas com isso?

Violência contra mulher e as empresas com isso?

Mais uma vez a violência contra mulher mais uma vez sendo debatida na sociedade, em um momento em que estamos tão fragilizados pela situação pandêmica que envolve apenas nosso país mas o mundo inteiro. Mais uma vez nossa sociedade observa perplexa a situação triste e infelizmente comum em lares brasileiros e fora de nossas terras também. Durante a pandemia o número destas aumentou em um percentual preocupante, cerca de 50% (em notificações), segundo O Globo em maio de 2020(apenas 2 meses após a instauração da pandemia em nosso país) e isso não esta atrelado as classes menos favorecidas.

"Nas primeiras semanas de isolamento social no Brasil causado pela COVID-19, ficou clara a relação entre a quarentena e o aumento da violência doméstica. ... Mesmo antes da pandemia atual, a situação já era grave, com 1.23 milhão de casos de violência relatados entre 2010 e 2017 (e muitos outros não notificados)." Fonte: site politize

Mesmo com a Lei 11.340/2006 popularmente conhecida como "Lei Maria da Penha" o chamado Feminicidio ou a tentativa deste permanece em crescente curva nos lares e relacionamentos(pois nem sempre o algoz, esta sob o mesmo teto da vitima), lembrando que a violência em si não esta restrita a apenas namorados e conjugues ela pode ocorrer também entre parentes como irmãos, tios, avós... não esta restrita apenas as agressões, as "vias de fato" mas em outras:

  • Física
  • Moral
  • Sexual
  • Psicológica
  • Patrimonial

Muitas mulheres sente-se acuadas e sem saber como sair de uma situação tão delicada, ainda mais quando não possuem quem as apoie. Pensam em sua maioria que tais experiências são fruto de uma culpabilidade sua e que ela é a única culpada por viver tal situação. Preferem varrer a sujeira para debaixo do tapete em nome da reintegração da família, medo da concretização das ameaças, medo de não ter como se sustentar e aos filhos, medo, medo, medo...

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Em relação a vida daquelas que trabalham em empresas a queda do rendimento e absenteísmo são consequências inevitáveis, o medo e a vergonha rondam e o personagem muitas vezes montado para evidenciar um casamento perfeito, começa a ruir! sem contar a possibilidade da vivencia dos assédios cometidos por gestores tóxicos. As empresas precisam entender e trabalhar através de ações que ajudem a identificar estas mulheres e as ajude a sair desta situação e que como quaisquer outra há saída. Não basta apenas apurar a causa da queda da produtividade ou absenteísmo , mas oferecer acolhimento e possibilidade real de ajuda neste momento da vida de suas colaboradoras.

As organizações podem ser aliadas. Para combater o problema a diretora da ABRH, Patrícia Pacheco, criou grupos especializados que atuam dentro das empresas de modo a gerar um ambiente que acolha e conscientize as colaboradoras sobre a questão da violência domestica e o ciclo que ela estabelece. As ações não são restritas apenas as mulheres mas aos homens, gerando assim um engajamento por parte de toda empresa. Com apoio necessário as empresas podem auxiliar as mulheres vítimas interrompendo uma série de consequências advindas desta ciranda.

A violência doméstica gerou prejuízos de mais de 1 bilhão ao país segundo pesquisa realizada em agosto/20 pela Universidade Federal do ABC. empresas como Magazine Luiza, UBER, Marisa, estão incluindo em suas pautas de Gestão de RH, o tema Violência doméstica. Nas lojas Marisa por exemplo, são disponibilizados nos banheiros masculinos cartazes com conteúdo que leva a conscientização dos colaboradores .

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Acredito que todos devem ter ouvido a máxima "informação é tudo" ou "parece óbvio ate que alguém diga". Por isso a importância de todo acolhimento proposto pela ação e o resultado é percebido na procura das vítimas aos rhs das empresas, buscando ajuda para resolução do problema vivido. É preciso buscar valorização das pessoas pelas pessoas com as pessoas tendo-as como resultado final e a sua realização! é mais do que necessário é orgânico e urgente !

O RH é peça fundamental nesta caminhada. A violência doméstica precisa ser tratada e este tratamento deverá começar pela conscientização... o resultado levará ganhos extraordinários não restritos a empresa mas a toda sociedade. Jamais deveremos nos esquecer da humanidade que habita em nós e que somente um ser humano pode entender o outro. Não somos apenas números dos documentos que possuímos ou apenas dados estatísticos mas pessoas com sonhos e possibilidades de realizações. Precisamos enquanto empresa entender esta importância.

Para terminar quero falar diretamente a você que pode estar passando por este momento, saiba que não está sozinha e que pode e deve procurar ajuda. A central 180 presta escuta ativa e qualificada, além de encaminhar as denuncias aos órgãos competentes por este canal é possível realizar reclamações referentes ao mau funcionamento destes mesmos serviços de atendimento. Existem ONGs que realizam serviços de acolhimento e autoestima capazes de revolucionar a vida das vítimas, algumas já sem nenhuma perspectiva de vida, depois de muitos anos em sofrimento continuo


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A vida é uma eterna escalada, cada subida pode parecer dificuldades múltiplas mas como costumo dizer: Os nãos e as dificuldades de minha vida, jamais me definirão! que esta escalada possa te levar ao topo! saiba que você não está e jamais estará sozinha.




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