Vivendo e aprendendo
O título que trago a esse texto é como um mantra para mim, quem me conhece sabe que uso muito dessa máxima, acredito que conforme os anos passam vamos adquirindo maturidade e experiência, tudo com base no que vamos vivendo e nas circunstâncias que nos são postas, alguns com mais tempo outros com menos, mas no final todos vamos passar por esse tipo de transformação.
Há também quem acredite que à medida que os anos passam a cada ano estamos mais próximos da morte e a certidão de nascimento é um pré requisito para a certidão de óbito, tirando dessa conta as estatísticas que muitas vezes nos colocam para baixo.
Eu respeito quem pensa assim, mas como sou otimista prefiro olhar a realidade sobre uma ótica menos “cruel”, haja vista que não existem apenas perdas por mais que elas aconteçam mais de uma vez.
Um belo dia desses estava eu pensando acerca do que relatei em meu último texto, principalmente nas escolhas que deveria tomar daqui para frente.
Junto a tudo isso parei, fechei os olhos (literalmente) e comecei a ver minha vida como um filme, voltei ao ano de dois mil e sete, dez anos atrás, época em que estava começando o ensino fundamental em uma nova escola, num período onde aconteceram alguns eventos em minha vida que não cabem à esse texto.
Fui seguindo ano a ano, lembrando dos maiores acontecimentos, vendo quem eu era (ou achava ser) e o mais importante, a forma como eu pensava e enxergava a realidade.
Tudo isso só é possível fazer se você esquecer os julgamentos que hoje você possa pensar em fazer. Pois pare um minuto para pensar, hoje você tem uma mentalidade diferente e passou por experiências que seu eu do passado não passou, parece loucura, mas as vezes pensamos em jogar pedra naquela pessoa que éramos anos atrás.
Nem tudo são flores
Nem tudo ser flor está relacionado a haver alguns momentos de dificuldade e nisso acabamos tocando em alguns espinhos, aquilo de “É errando que se aprende”.
Não são apenas erros, mas sim o que você fará com esses erros e como eles influenciarão as suas tomadas de decisão, devemos em algum momento parar e pensar se estes erros são recorrentes e avaliar o que nos leva a cometer.
Deixar que estes erros o impeçam de ir a frente é algo muito negativo que fará perder grandes oportunidades.
Devemos ver que tudo é resultado independente do ocorrido, assim como diria um amigo: “Ninguém perde, ganha diferente.”
Devagar e sempre
Por mais que tenhamos pressa e sede por resultados a vida acontece pouco à pouco, um dia você vai descobrir que aos poucos a vida vai se encaixando, as dificuldades fazem parte do caminho e devemos melhorar apenas 1% a cada dia.
Ainda acho graça
Depois que passamos a infância parece que superamos essa fase, conforme ficamos adultos é como se não achassemos graça da vida, ficamos sérios e nossa forma de ver o mundo muda bruscamente. As piadas já não são tão engraçadas por mais elaboradas que elas sejam, agora a coisa é mais “séria”, não vemos mais a simplicidade que é a vida e o efeito das pequenas coisas, dos pequenos gestos e de tudo que apesar do diminuto tamanho faz muito mais sentido do que algo extremamente glamouroso e sem a essência de querer fazer algo valoroso.
Sem tempo para rodeios
Esse texto está ficando cada vez pior e no final vou dar uma melhorada.
Estamos vivendo tempos em que algo que gasta tempo não serve mais, a rapidez é o carro chefe e em muitos momentos nos vemos correndo mais do que a “esteira da vida”.
Eu ainda preso pelo gasto de tempo realmente bem utilizado, numa conversa demorada, num abraço mais caloroso e principalmente algo que estou começando é a gastar um tempo com um presente que ache de valor, principalmente no estilo “faça você mesmo”, em uma data especial de aniversário por exemplo, me dou o “trabalho” de escrever algo que possa agregar a pessoa e mostrar que dediquei um momento para lembrar dela e fazer alguns versos ou um texto corrido.
A praticidade de uma mensagem é uma forma de otimização de tempo, entretanto o valor gerado pela estima e o cuidado de se dedicar é infinitamente maior, ainda mais que vivemos numa época em que ninguém mais escreve ao outro uma carta ou uma frase.
O autoconhecimento
Mais um fator que leva tempo é o de descobrir-se, não nascemos sabendo e isso pode ser considerado no autoconhecimento, aos poucos saberemos do que gostamos e do que desgostamos, o que faríamos em certas situações e o que nos move nos dias de luta; por isso se você estiver perdido em relação as suas preferências, se fracassou em um relacionamento e ficou triste, se falhou e ficou desapontado, o melhor a fazer é investir em experiências, pois conforme nos expormos saberemos o que queremos ou com base em um histórico passado, não sendo ele determinante.
… continua