Você é feliz no trabalho?
Segundo a pesquisa do próprio Linkedin provavelmente não!
A pesquia diz que 60% dos funcionários estão insatisfeitos e 20% já estão procurando novo emprego! Esse número é absurdo de alto, as pessoas estão ficando doentes, o sistema está falido e vai explodir. Essa dinâmica precisa mudar e mudar rápido, ou não teremos mais ninguém saudável para trabalhar.
As pessoas de 35+ estão acostumadas com isso, é preciso dar e dar e dar e manter o emprego, é o status quo, não vêem o problema nisso (até que ficam doentes, e quando ficam doentes se sentem fracassados, não querem admitir e seguem enganando a si mesmos). Acreditam que é sempre mais do mesmo, trocar de empresa é trocar 6 por meia dúzia e preferem seguir com o inimigo conhecido. A palavra dessa geração é segurança.
A geração mais nova vem com uma pegada diferente, a palavra deles é liberdade. Há 5 ou 10 anos atrás quando eu fazia gestão de projetos e precisa que o time trabalhasse no final de semana eu negociava um bônus extra em dinheiro e tudo ficava bem, eles trabalhavam felizes com a verba extra, o projeto era entregue, no entanto agora não é o dinheiro que faz diferença, é a liberdade, o tempo do descanso, o tempo livre, isso é inegociável e essa geração está mais do que certa, eles não criam raízes.
Quando eu fiz 18 anos, eu e as pessoas da minha geração, tudo que a gente queria era um carro, a primeira coisa que a gente fazia era entrar numa auto-escola e tirar a carteira de motorista. Hoje em dia dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) indicam que o número de habilitações emitidas para jovens entre 18 e 21 anos caiu cerca de 30% entre 2013 e 2018, eles sequer pensam em dirigir ou adquirir um carro.
É o tempo do ser e não do ter. E eles querem ser livres, trabalhar, ganhar dinheiro, curtir e não serem escravos desse mundo corporativo que nos acorrenta dizendo que somos livres com homeoffice, anywhereoffice, com pufs, flexibilidade de horário, mesas de bilhar, ping pong etc.
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E não estou falando aqui das 8h produtivas e bem trabalhadas, estou falando dos excessos, de 12h a 14h por dia, de finais de semana a fio, feriados, folgas prometidas e nunca tiradas, banco de horas clandestinos, pressão exagerada, abusos. Todas as razões pelas quais os choros no banheiro do escritório são uma realidade, mas agora acontecem na sua casa, sem ninguém ver e você tem que lidar com isso engolir o choro e continuar o resultado a gente já sabe, burnout, pânico etc.
Estamos todos seguindo a vida como se não estivessemos vendo e vivendo isso. Vai dar ruim. É um enxugar gelo sem fim, é um “eu finjo que sou uma boa marca empregadora, você finge que é feliz trabalhando aqui” e vamos seguindo, sendo que na realidade 80% estão infelizes.
Temos que repensar como empresas e como empregados, uma coisa eu digo: isso é insustentável.
Quem está enganando quem?
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