Você sabe o que fazer quando fracassar?

Você definiu um objetivo, traçou um planejamento inicial, criou toda a expectativa e motivação necessárias para seguir em frente, entrou em ação e ops! As coisas parecem não estar acontecendo conforme o planejado. Tomado pela sensação de fracasso dá uma vontade de desistir e de deixar tudo como estava antes. O que fazer neste momento? Antes de chegarmos no que fazer neste momento, vamos entender algumas coisas importante.

Sim, você irá fracassar! Agora que temos certeza de que existe esta etapa fracasso entre você e seus objetivos, é hora de se preparar e acreditar que não importa que tipo de pessoa você é, sempre há a possibilidade de mudar significativamente, e que também, sempre podemos mudar aspectos básicos do tipo de pessoa que somos.

Uma pessoa com um código mental fixo terá dificuldade de acreditar em mudanças, pois acredita que suas habilidades são fundamentalmente estáticas. Tende a evitar desafios por medo de falhar, de ser julgado e rotulado pelos os outros como perdedor, como um fracassado. Imagina que pessoas realmente boas em alguma coisa não precisam fazer esforços, por isso evita se dedicar rigorosamente a alguma prática ou ao autodesenvolvimento.

Uma pessoa com o código mental construtivo acredita que suas habilidades são como os músculos, podem ser construídas por meio da prática. Ou seja, caso se esforce, poderá melhorar como escritor, administrador ou atleta. Quem tem um código mental construtivo tende a aceitar desafios, apesar do risco do fracasso. No trabalho, procura tarefas de alongamento dos músculos de habilidades, aceita críticas, pois com isso será melhor, pensa a longo prazo. Não pode deixar de progredir na vida e na carreira.

Em tempo de mudança precisamos lembrar constantemente a nós mesmos e aos outros, algumas verdades básicas: os cérebros e as habilidades são como músculos. Podem ser fortalecidos com a prática. Nenhum de nós nasceu um skatista, cientista ou enfermeiro. Precisamos aprender a andar de skate, fazer ciência ou cuidar de pacientes. Nossa inspiração para mudar a nós mesmos vem do desejo de viver à altura da nova identidade desejada. Coisas surpreendentes acontecem quando combinamos o desejo por uma nova identidade com a persistência de um código mental construtivo. É assim que fazemos o nosso pessoal crescer.

Fixo ou construtivo, o que você é? Carol Dweck, uma renomada professora de psicologia da Stanford University, passou a vida profissional pesquisando esses dois códigos mentais, o resultado de sua pesquisa é claro: se quiser desenvolver todo o seu potencial, você precisará de um código mental construtivo.

No mundo dos negócios, rejeitamos implicitamente o código mental construtivo. Homens de negócios pensam em termos de dois estágios: planejamento e execução. Não há uma fase intermediária de “aprendizagem” ou de “prática”. Do ponto de vista do mundo dos negócios, a prática parece uma execução malfeita. O que se quer são resultados: Faça, não importa como!

A professora Rosabeth Moss Kanter, da Harvard Business School, ao estudar grandes organizações observa que no meio do processo tudo pode parecer como fracasso. Um sentimento semelhante é expresso pela terapeuta de casais Michelle Weiner Davis, as verdadeiras mudanças, aquelas que permanecem, acontecem sempre com três passos para a frente e dois para trás. Se a frustração é uma parte necessária da mudança, então a compreensão que temos dela é fundamental.

Os líderes da IDEO, uma das empresas mais importantes do mundo em design, compreendem a necessidade de preparar os empregados e, principalmente, os clientes, para os insucessos. Tim Brown, o diretor presidente da IDEO, afirma que todo processo de criação passa por “períodos nebulosos”. Um dos projetistas da empresa até produziu um “mapa do estado de ânimo do projeto”, que prevê como as pessoas se sentirão nas diferentes fases do processo. Ele mostra uma curva em forma de U, tendo no início um pico de emoção positiva intitulado como “esperança” e no final outro pico, intitulado “confiança”. Entre esses dois picos situa-se um vale de emoção negativa, intitulado “discernimento”.

Brown afirma que o design “raramente é um salto gracioso entre dois pontos altos”. Quando começam um novo projeto, os membros da equipe estão cheios de esperança e otimismo. À medida que começam a coletar dados e observar pessoas do mundo real lutando com os produtos existentes, as novas ideias brotam naturalmente. Então vem a difícil tarefa de integrar todas elas num novo projeto coerente. Nesta fase do “discernimento” é fácil deprimir-se, porque nem sempre a revelação surge imediatamente. No meio do seu desenvolvimento, o projeto sempre parece um insucesso. No entanto, se a equipe persistir e transpuser esse vale de angústia e dúvidas, um sentimento crescente de aceleração emergirá com o tempo. Os membros da equipe começam a testar os novos projetos, veem as melhorias que introduziram e continuam a refinar o produto para torna-lo melhor. E percebem que resolveram o problema. É nesse momento que se alcança o pico da confiança.

Observe que os líderes de equipes da IDEO, com o recurso visual de picos e vales, criam a expectativa de fracasso. Eles avisam aos membros da equipe para não confiarem no fluxo inicial de bons sentimentos do projeto porque o que se segue é dificuldade, esforço e frustração. Por estranho que pareça, quando é dado esse aviso, parece otimista. Esse é o paradoxo do código mental construtivo. Embora pareça chamar atenção para o fracasso, na verdade ele nos estimula a enfrentá-lo, ele é indubitavelmente otimista. Vamos trabalhar, vamos fracassar, vamos ser derrotados, mas entre o princípio e o fim, melhoraremos, culminando no sucesso.

O pensamento e a atitude de derrotismo devem ser contestados, o código mental construtivo é a defesa contra o derrotismo. Ele inclui o fracasso como parte natural do processo de mudança. Isso é da maior importância, porque as pessoas só perseveram se perceberem a queda como aprendizagem em vez de fracasso. Crie o seu plano de aprendizagem e esteja sempre disposto a mudar o comportamento e a forma de comunicação nestes momentos em que o fracasso parece ser o fim. Depende apenas de você para que não exista o “Nunca chegarei lá” e sim apenas “Ainda não”.

Renato Bizzarri

Texto adaptado do livro A Guinada de Chip Heath e Dan Heath

Top de mais o texto Re, muito bom sucesso pra todos nós.

Maurício Conti

Supervisor de T.I. na Bruner Industria e Comercio LTDA

8 a

Grandes amigos, felicidades para vcs

Excelente Texto Re, parabens.

Milton José Ramos

Consultor Funcional Sênior Oracle|NetSuite

8 a

Gostei tanto que compartilhei no Face, hehe. Abraço, Renatão.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos