Você sabe o que significa o conceito de "Segurança Humana"?

Pois bem, este conceito foi criado no Canadá em 1966 pelo professor Willian Blatz em seu livro: "Human Security: Some Reflections."

Sua definição é baseada no artigo III da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), que diz claramente que toda pessoa tem: "direito a vida, a liberdade e a segurança pessoal" e como resultado foi explicitado que: "Segurança humana seria a garantia da sobrevivência pessoal e do bem estar com dignidade das pessoas no contexto do convívio social".

O Brasil nos últimos 30 anos, vem através de políticas populistas de governos, tentando sem bases sólidas criar ações frágeis como políticas positivas de inclusão, que deveriam nestes moldes servir apenas como remédio para atacar de forma emergencial situações pontuais e temporárias, mas com estes governantes acabam se transformando em políticas permanentes e quase de Estado, tornando a sociedade dependente de governos, políticos, partidos e ideologias.

Fazer isto seria como manter em UTI permanente o nosso povo, sem conseguir sequer gerar uma estratégia sustentável de crescimento, onde cada cidadão possa ao próprio esforço se desenvolver e buscar um lugar digno na sociedade sem a necessidade de mantê-lo refém do aparelho governamental.

A Segurança Humana é tão vital para a vida social quanto o oxigênio é para o corpo humano, e somente será atingida se houver uma construção sólida na área política e macroeconômica, que crie um ambiente propício para o desenvolvimento do país, gerando riqueza ao cidadão através da geração de bons empregos e da qualificação individual, familiar e social.

Em 1988, pós regime militar, conseguimos gerar uma boa constituição democrática e cidadã, ampla e bem analítica, tratando de todos os temas sociais e políticos do país, com ênfase ao aspecto democrático e forte viés social, que se apresenta de forma clara e ampla em seu Título II, Dos Direitos e Garantias Fundamentais, e especificamente seu Artigo 5º.

Esta base constitucional estável ganhou mais força em 1994, com a criação do plano real que deu ao país uma estabilidade econômica há muito desejada e necessária para que os rumos fossem mudados para o efetivo desenvolvimento e acreditamos que a partir dai os demais pilares para se gerar segurança humana seriam criados como política de Estado e levaria o pais ao seu merecido lugar de país de primeiro mundo.

Agora no século 21, o país que esteve sob a batuta da esquerda brasileira desde 2003, teria tudo para que houvesse a construção dos pilares faltantes desta construção sólida, mas o que presenciamos depois de 15 anos é que estamos nós aqui de volta a um futuro possível prometido, pois a ganância, incompetência e desejo ideológico de poder tronaram cegas as autoridades políticas e partidárias que deveriam conduzir a sociedade ao merecido lugar no mundo, onde a insegurança humana fosse exceção e o Estado somente precisaria atuar em momentos pontuais, socorrendo minorias e devolvendo a dignidade a quem por alguma causa a tenha perdido ou não alcançado.

O Brasil segue ainda como um país de futuro e mais uma vez estamos as portas de uma eleição nacional importante, um instrumento democrático vital para a sociedade, mas sem saber ao certo, se desta vez, com esta possível guinada para a centro direita teremos a frente do pais, um maestro que saiba compor e orquestrar um novo caminho e que atue afinado com as necessidades do povo em atingir efetivamente e permanentemente a "Segurança Humana".

Vamos certamente seguir no ambiente de "Estado Democrático de Direito" e investindo em uma sociedade pacifica, na coesão nacional e sermos acima de tudo, como dizia o brilhante Ariano Suassuna: "Realistas esperançosos".