Você sabe usar o LinkedIn a seu favor?
Tempo de leitura: 8 minutos
Tenho visto várias pessoas ingressando no LinkedIn com o objetivo de encontrar um novo trabalho, porém sem um bom aproveitamento do que a ferramenta tem a oferecer.
O LinkedIn tem uma infinidade de recursos, e humildemente apresentarei abaixo algumas dicas para quem julgar útil aproveitar e melhorar seu perfil.
1. O LinkedIn é uma rede social com foco profissional
O ambiente do LinkedIn não foi criado com o objetivo de ser um local para encontrar novos relacionamentos afetivos, publicarmos correntes, piadas, boatos ou imagens de gosto duvidoso. Isso pode afetar sua imagem profissional e é bem provável que outras pessoas da rede não sejam receptivas a este tipo de material.
Recentemente passei por uma situação um pouco embaraçosa; uma conversa Inbox sobre carreira com um profissional da Índia, onde em dado momento perguntei o motivo pelo qual ele queria fazer coaching via Skype com alguém fora de seu país, e na verdade ele disse que estava procurando uma namorada... expliquei gentilmente que o LinkedIn não é uma ferramenta como o Tinder e desejei sucesso profissional a ele. Best Regards!
2. A foto do LinkedIn é como se fosse a foto de seu currículo
O ideal é escolher uma foto onde esteja vestido da forma que costuma se vestir em seu dia a dia no trabalho, de maneira condizente com o emprego que busca. Se você é um profissional acostumado a trabalhar em campo (atividades externas, engenharia civil e afins), então está ok você postar uma foto com uma roupa mais informal (jeans e camisa, por exemplo), se é um executivo acostumado a trabalhar de terno, coloque sua foto assim.
O que se percebe é uma chuva de profissionais copiando modelos de fotos de outros colegas que nada tem a ver com seu objetivo profissional ou sua personalidade (fotos de terno e gravata com braços cruzados e o corpo meio de lado são a nova febre, mas nem todos ficam bem ou naturais assim).
Uma foto no meio de uma balada ou em um momento de lazer talvez seja mais adequada no Facebook ou Instagram, mas não no LinkedIn (a não ser que seu objetivo profissional tenha a ver com estes temas). Lembre-se de que ao ver seu perfil as pessoas devem imaginar “este é o profissional que quero chamar para uma entrevista” (tanto pela foto quanto pelo conteúdo apresentado).
3. Expandindo a rede
Antes de enviar convites de conexão para todos que encontrar pela frente, pense em seu objetivo profissional – o que eu quero? Qual será minha abordagem a este profissional?
É bastante simpático enviar uma mensagem logo após seu convite ser aceito por uma conexão, explicando qual foi seu objetivo ao convidá-lo para fazer parte de sua rede. O LinkedIn não é um álbum de figurinhas. Ao se conectar a alguém é importante saber responder qual foi seu objetivo ao fazê-lo, caso esta pessoa te pergunte. A própria ferramenta indica que o ideal é que você conheça a pessoa pessoalmente antes de enviar um convite para conexão. Sendo assim, se decidir convidar pessoas que não conhece seja simpático e veja antes o que esta pessoa faz (olhando o perfil dela) antes de pedir algo que não seja condizente.
4. Seu perfil
Procure preencher o máximo de campos e informações sugeridos pelo LinkedIn, de maneira objetiva e focada (a própria ferramenta tem campos que limitam os caracteres em alguns itens). O ideal é incluir o máximo de informações relacionadas aos seus objetivos profissionais e solicitar recomendações a pessoas que realmente conhecem seu trabalho. O uso correto do idioma também é um ponto de atenção, pois um perfil preenchido com vários erros de português irá causar uma impressão que não favorecerá o contato de alguém interessado em contratar um excelente profissional. Revise se há erros de português ou digitação após preencher os campos. Se preciso, peça a algum amigo para ajudá-lo neste ponto.
Caso esteja em busca de recolocação, coloque no título do seu cargo o seu objetivo profissional e em seguida o texto “em transição de carreira” ou “em busca de recolocação” (conforme seu gosto). Se escrever o texto antes do cargo, ao aparecer o resumo do seu currículo só será visto que você está em busca de uma nova oportunidade, mas não aparecerá o cargo. Um exemplo que facilita a visão dos recrutadores é: “Gerente de RH – em transição de carreira”.
5. Notificações
Muito cuidado com as notificações automáticas do LinkedIn – elas servem para nos ajudar, mas às vezes nos colocam em “saias justas”. Um exemplo muito comum: a pessoa saiu da empresa e mudou seu status para “Advogado em busca de recolocação”. O LinkedIn mostrará automaticamente que esta pessoa tem um “novo emprego” para que você parabenize, e às vezes nem lemos direito o que houve e já clicamos no botão para lhe dar parabéns, ou clicamos no botão “gostei”... nem preciso explicar como pode ser agradável!
6. Educação e cortesia
Sabemos que o mercado atual não tem sido o mais amistoso, mas maltratar profissionais de RH, consultorias ou qualquer pessoa que tenha uma opinião diferente da sua não contribuirá em nada para que atinja seu objetivo.
Recentemente vi uma colega profissional de RH passar por uma situação na qual um profissional enviou um convite para conexão e em seguida enviou várias mensagens Inbox reclamando da demora por ela não entrar em contato em 24 horas, chegando a escrever de maneira agressiva e inadequada. Entendo que sentimentos como frustração, raiva e desespero ocorram em nossas vidas em alguns momentos, mas cada um deve buscar a melhor alternativa para lidar com eles sem descarregar sobre outra pessoa que nada tem a ver com isso.
Na vida e nas redes sociais educação e cortesia são fundamentais para um bom convívio e relacionamento entre pessoas – sejam eles relacionamentos pessoais ou profissionais.