Vomitando opiniões como se fossem verdades

Quantas vezes você já não “ajudou” alguém dando sua opinião sobre o que ela estava fazendo errado? Enxergando uma clara causa que gerou toda a consequência pela qual a pessoa agora sofre e precisa de você e toda sua clareza para arrumar?

E quantas vezes você já foi “ajudado”, só para ficar ouvindo um ponto de vista que ao seu ver não tinha absolutamente nada a ver com a sua situação e parecia bem mais uma encheção de saco do que qualquer outra coisa?

E se as duas situações são exatamente as mesmas. Você com toda sua sabedoria e verdade não passa de um chato.

Eu sei, eu estou sendo chato. Quantas vezes já pensei que estava ajudando mas na verdade só estava querendo importa a minha opinião como uma verdade. Inocentemente é claro, na melhor das intenções. Mas como diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio.

Saber que estamos fazendo isso nos faz pausar um pouco mais frequentemente antes de falar. Nos faz questionar o quanto nossa opinião é relevante e até questionar a pessoa se ela quer ouvir nossa opinião. Percebemos que muitas vezes a pessoa só quer ser ouvida e desabafar, sem julgamento, opinião ou ajuda para resolver nada.

Esse descarrego de opiniões acontece muito no ambiente de trabalho vindo de líderes que pensam que é a melhor maneira de liderar. É impor tudo aquilo que sabem no pobre do funcionário que não sabe de nada. Sem perceber que o que sabemos é apenas o que faz sentido para nós, mas nem de longe é o único caminho.

A gente não é chato por mal. Não acredito nisso. Mas muitas vezes somos chatos.

Se percebemos um pouco disso a gente tende a ficar mais quieto e menos chato e acaba ajudando e impactando muito mais do que quando vomitamos nossas verdades.

Pare, pense e guarde pra você…

Até alguém realmente quiser ouvir sua opinião.

Abração,

Robin.