O Brasil avançou na sua regulamentação da inteligência artificial. Como isso afeta cada um de nós? O Senado aprovou na terça o PL 2338/2023, chamado de Marco da IA no Brasil. De autoria do presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG, na foto), ele propõe regras para o uso e o desenvolvimento de sistemas de IA no país. O projeto agora vai para votação na Câmara dos Deputados. As regras se aplicam a IAs públicas e privadas de uso comercial e de larga escala. Isso engloba as plataformas das big techs, como ChatGPT, Gemini e Copilot. Quem infringir a lei, poderá ser multado em até R$ 50 milhões e perder o direito de operar no país. Ficam de fora usos pessoais e não-comerciais e alguns setores governamentais, como defesa nacional. De maneira semelhante à lei europeia, um dos principais pontos do Marco da IA é a classificação de risco das plataformas com IA. Ele proíbe sistemas de Risco Excessivo, que possam “comprometer a segurança, direitos fundamentais ou a integridade física e moral das pessoas de forma significativa e irreparável”. Os de Risco Alto, que podem ter impacto nos direitos fundamentais dos indivíduos, como sistemas de seleção de candidatos e biometria, devem ser submetidos a uma maior supervisão e uma regulamentação rigorosa antes de serem liberadas. Já os de Risco Geral ou Baixo, como IAs de tradução, correção ortográfica ou de filtro de mensagens, podem ser desenvolvidos com menos burocracia. O projeto trata do uso de conteúdos protegidos por direitos autorais no treinamento de sistemas de IA, exigindo transparência sobre as obras utilizadas e permitindo que os autores proíbam seu uso ou negociem compensações financeiras, considerando fatores como poder econômico da empresa e frequência de uso. As negociações podem ser individuais ou coletivas, enquanto o uso para pesquisa, jornalismo, museus, bibliotecas e educação é permitido, desde que não tenha fins comerciais nem concorra com a obra original. O projeto passou por várias revisões ao longo do último ano, para suavizar seu impacto nas operações das gigantes de tecnologia, que fizeram pesado lobby contra ele, como fizeram conta o “PL das Fake News”. Assim as classificações de risco ficaram mais brandas, diminuindo a restrição de produtos que podem ser desenvolvidos e testados no país. Especialistas acreditam que a lei favorece as big techs. Já as empresas querem mais liberdade, especialmente para um uso maior de dados para treinamento de IA, alegando que o formato atual inviabiliza o desenvolvimento da IA no Brasil. Uma regulação que proteja o cidadão sem impedir o avanço tecnológico é essencial para uma tecnologia que transformará profundamente nossas vidas daqui para frente. Não podemos repetir com a IA o erro que cometemos com as redes sociais, que cresceram sem regras, e hoje têm um enorme poder de manipulação social. E você, como acha que a IA deve ser regulamentada? Ou acha que não deve haver nada? #inteligênciaartificial #Senado #regra #Brasil #PauloSilvestre
O Brasil precisa ser novamente descoberto, amigo Paulo Fernando Silvestre Jr. Fico me perguntando o quanto realmente eles se preocupam com o povo? O país em uma crise absurda, impostos que não tem fim, preços nas alturas e os políticos preocupados com IA? Será mesmo? Infelizmente as prioridades estão investidas, é um assunto que precisamos avaliar sim, mas concordamos que temos outros temas mais urgentes para avançar. 😔
Paulo Fernando Silvestre Jr., ainda há muito a se aprender aqui e, provavelmente, muito do que foi definido agora pode ficar ultrapassado em menos de 1 ano. O que isso mostra é que, de uma forma geral, governos, legislações e órgãos públicos precisam saber se aprofundar, evoluir e se adaptar mais rápido do que o fazem hoje para conseguir acompanhar minimamente o ritmo das mudanças que a tecnologia provoca na sociedade.
Paulo Fernando Silvestre Jr. A proposta prevê classificações de risco para IAs, com maior supervisão para sistemas de risco alto e proibição para IAs de risco excessivo. A transparência no uso de conteúdos protegidos também favorece os criadores. Embora as grandes techs se oponham, a regulamentação visa evitar problemas como os causados pelas redes sociais, garantindo proteção sem sufocar a inovação. O desafio será equilibrar a liberdade tecnológica com a proteção da sociedade. Vamos aguardar cenas dos próximos capítulos meu amigo! Feliz dia!
A “skill” de adaptação realmente é cada vez mais necessária e urgente a todos nós brasileiros!
É um assunto que estamos aprendendo, regulamentar agora foi um tiro no pé
Paulo Fernando Silvestre Jr. olhando para IA, eu sempre fico pensando se "lá dentro" estão todas as informações sobre o tema procurado ou só tem a informação com base no viés do dono da big tech dona desta IA... Este pensamento pode até ser besteira minha...
Com certeza deve ser regularizado. O primeiro passo foi dado, ao meu ver de forma atrasada, já que as IA's já estão disponíveis já a bastante tempo. Não conheço o teor da proposta, mas ela deve ter efetividade no caso de dolo aos direitos humanos ou a propriedade intelectual.
Concordo com você, meu caro Paulo Fernando Silvestre Jr.! Sou a favor de evitarmos abusos no uso dos dados, especialmente quando entendemos que os interesses das big techs muitas vezes não se alinham com os interesses das pessoas. E uma vez dentro da base treinada, já era... É um caminho sem volta.
Há limites que não podemos ultrapassar como por exemplo em armas e iniciavas que causem danos as pessoas Paulo Fernando Silvestre Jr.
Uplifting you to follow your path without getting stuck in illusions, constraints, and do right by yourselves.
3wA OpenAI estava sendo processada pelo jornal New York Times pois o chatGPT foi treinado em parte usando dados do jornal sem permissão ou sem pagar royalties. Também no chatGPT tu tem certos livros de graça ao passo que o livro esta a venda na Amazon. Outro problema que vejo são as assinaturas em dólar , para um americano assinar é 20 e para nós seria vezes 6, logo120. Também nenhuma empresa no Brasil seria capaz de bancar 100 mil H200 da Nvidia, tanto comprar como administrar a depreciação disto. É uma dependência muito grande e ainda maior dos EUA em relação a isso. Enfim eles estão na vanguarda, tudo em TI já é americano mesmo, Microsoft , Apple, Oracle , Nvidia, Dell, Meta, Amazon e etc. , apenas agora a dependência ainda maior , é o preço de uma economia baseada só em se exportar carne, soja, minérios e açucar. obs : o problema de regular IA no Brasil , é que se regula aqui mas é óbvio que não vai se regular nada na China e nem nos EUA. O que acontece ? Eles vivendo no ano de 2700 e nós voltamos para a idade da pedra. Eles iriam avançar em medicina , física , computação quântica , uso eficiente de energia , descoberta de novos materiais e como usá-los, fusão nuclear e nós aqui esfregando gravetos para criar fogo.