Inspirando Caminhos - Episódio 12

Inspirando Caminhos - Episódio 12

"De um jovem sonhador para um líder no setor ferroviário! 🚂 Esta jornada começou em 1994, sem imaginar o quão longe chegaria. Do estágio no Metrô Rio às maiores rodas gigantes da América Latina, foram 24 anos de aprendizado, desafios e conquistas . Passo a passo, ele chegou até aqui, trabalhando com grandes projetos, liderando equipes incríveis e continua sempre em busca de mais.

Senhoras e senhores, com vocês: Filipe Serpa !

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#EngenhariaFerroviária #HistóriasDeSucesso #InovaçãoNaFerrovia


Minha história começa na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1994. Naquela ocasião com 14 anos e terminando o ensino fundamental, meu pai me inscreveu em um exame de admissão para a escola técnica. Ele próprio escolheu o curso: Eletrônica. Sem a menor noção do que seria o mercado de trabalho lá fui eu fazer a prova. Passei.

Caminhando para 1997, eu concluiria o curso técnico naquele ano. Surgiu uma oportunidade para estágio na antiga estatal Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro (Metrô RJ).

Conclui meu estágio em 1998, e naquele ano essa estatal foi privatizada e tive a oportunidade de ingressar como efetivo no quadro da empresa que assumiu a operação e manutenção do Metrô, que agora passaria a se chamar Metrô Rio.

Minha jornada no Metrô Rio acendeu duas paixões que nem sabia que tinha: manutenção e ferrovia. Iniciei como técnico no laboratório de eletrônica, fazendo reparos nos cartões eletrônicos dos sistemas de sinalização e ATO (piloto automático). E logo migrei para a manutenção de campo, mesmos sistemas, mas no ambiente das vias e túneis. Essa jornada durou 10 anos. Participei da implantação e comissionamento de duas estações (Siqueira Campos e Cantagalo) e aprendi muito sobre ferrovia, seus sistemas e componentes. Entrei de cabeça nesse universo, consumia materiais diversos sobre os temas ferroviários e a cada dia me especializava nesse mundo. Após esse período, tendo concluído minha primeira graduação em Matemática, iniciei uma pós-graduação em Engenharia de Manutenção e algumas oportunidades começaram a surgir. Em 2008 fui convidado para assumir a supervisão da área que atuava como técnico, meu primeiro desafio na liderança.

Passei a liderar técnicos com 20, 30 e até 40 anos de casa. Foi muito desafiador, mas ao mesmo tempo recompensante. Consigo lembrar de cada um deles e ver como contribuíram com minha formação como profissional e como ser humano. Em 2009, fui desafiado mais uma vez, participar de uma força-tarefa para terminar a implantação da sinalização da Linha 1A (interligação entre a Linha 1 e Linha 2) com reporte direto para a diretoria. Me juntei a três engenheiros de altíssimo gabarito, e em 13 dias concluímos a empreitada, deixando um legado de ter desenvolvido o projeto de acionamento do primeiro sinal de 4 aspectos do Metrô Rio.

Em 2010 minha vida profissional estremeceu, fui convidado para participar de um processo seletivo para uma mineradora, para atuar no porto de Itaguaí-RJ. A vaga era para supervisão de uma área de manutenção, e montar uma equipe totalmente nova me motivou muito. Fiz todo o processo seletivo, e fui aprovado. No dia de levar a carteira de trabalho, ao acordar pela manhã algo me fez desistir. Não fui. Liguei para o RH, agradeci a oportunidade e declinei. Ao chegar no Metrô no outro dia tudo parecia diferente, e segui minha jornada. No ano seguinte, em 2011, recebi o convite da Revista Ferroviária para concorrer ao prêmio de Funcionário Padrão na categoria “Ferrovia de Passageiros”, fui finalista desse concurso, mas, dessa vez, não levei o prêmio.

Apesar disso, minha história ferroviária motivou uma entrevista pela própria Revista Ferroviária, tendo sido publicada na edição de Abril/2011.

Pouco tempo depois, nesse mesmo ano, fui convidado para assumir a coordenação de uma área maior que envolvia a minha supervisão atual e mais outras três áreas. Pronto, agora era para valer, assumi áreas que nunca tinha trabalhado antes, e isso me desafiava ainda mais na liderança. Estabelecer a confiança de pessoas que não te conhecem pessoalmente e nem te reconhecem como especialista naquela área parecia algo muito além das minhas capacidades. Com persistência e dedicação alcancei o respeito e confiança de todos e pudemos alcançar excelentes resultados juntos. Nessa época participei da jornada de “digitalização” do Metrô Rio, migrando de sistemas analógicos muito antigos para sistemas modernos de última geração do mundo ferroviário. Que experiência! Participei ativamente da modernização do Centro de Controle Operacional, da modernização do sistema de comando e controle de tração, da implantação do sistema de Supervisão e Falhas (SCADA), Rádio TETRA e tantos outros. Além disso, me formei em Engenharia Elétrica e Eletrônica e estive presente na implantação e comissionamento das estações de General Osório e Uruguai.

Estava aproveitando demais essa jornada, até que a área em que estava começou a crescer demais, e já contava com mais de 100 pessoas ao todo e foi necessário dividi-la em duas. Na ocasião, meu gerente me deu o direito de escolher onde queria ficar, e a vontade de me desafiar bateu mais forte, fiquei com a área elétrica, onde não tinha origens como técnico.  Que viagem maravilhosa! Foram anos incríveis com aquele time que tanto me ensinou tecnicamente e tanto me exigiu como líder. Aproveito para dizer a eles: muito obrigado!

Nesse período, a empresa resolveu dar foco na Engenharia de Manutenção e em 2016 fui convidado a participar desse time que iniciaria uma nova fase na engenharia e manutenção no Metrô Rio. Aceitei prontamente e logo estava na coordenação da engenharia de manutenção, agora liderando um time de engenheiros de todas as especialidades com o desafio de dar robustez aos processos de manutenção existentes e suportar internamente o projeto de implantação da Linha 4, com 19 Km de extensão e 6 estações, que fazia parte do legado olímpico. Após a entrega da operação da Linha 4, precisávamos mudar, e foi então que em 2018, elaborei e propus o projeto mais desafiador de toda a minha carreira até então, mudar o mindset da organização para a Gestão de Ativos (ISO 55001). Munido de um sonho e uma apresentação de 3 slides, convencemos a diretoria a investir nessa mudança. Nessa jornada me especializei em mudanças organizacionais pelo HUCMI e em Gestão de Negócios pela FDC, preparando a jornada que iriamos enfrentar. Após 3 anos de trabalho árduo, junto com um time de feras, chegamos num nível avançado em gestão de ativos, servindo de benchmarking para diversas empresas de diversos segmentos.

Até aqui se passaram 24 anos de vida profissional, todos eles dedicados ao Metrô Rio com quem tenho uma dívida que nunca conseguirei pagar, pelo aprendizado e oportunidades, pois foram nesses anos que comecei minha carreira, cresci como homem e profissional, me casei com uma mulher incrível, tive meus dois filhos, viajei de avião pela primeira vez, fiz minha primeira viagem internacional, toquei no palco do Vivo Rio na festa de final de ano, comprei meu primeiro carro e minha primeira casa. Muito obrigado!

Já estávamos em 2021, enfrentando uma pandemia muito cruel, onde, de um dia para o outro, fez cair o número de passageiros no Metrô em 75%. A tensão interna daquele momento, a falta de oportunidades e a necessidade latente de mudança dentro de mim, me fez pensar que precisava dar mais um passo na minha carreira, mas dessa vez, fora do Metrô Rio.

Fui convidado a participar de um processo seletivo para a Gramado Parks, empresa do ramo hoteleiro e de grandes parques temáticos. A proposta de trabalho era tudo que eu buscava: estruturar e gerenciar uma área de manutenção. O desafio era nada mais nada menos que as duas maiores rodas gigantes da América Latina – Yup Star Rio e Yup Star Foz, cada uma delas com 88 metros de altura, acrescido a isso o fato de liderar equipes em locais geograficamente distantes, Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu.

Já estávamos em 2021, enfrentando uma pandemia muito cruel, onde, de um dia para o outro, fez cair o número de passageiros no Metrô em 75%. A tensão interna daquele momento, a falta de oportunidades e a necessidade latente de mudança dentro de mim, me fez pensar que precisava dar mais um passo na minha carreira, mas dessa vez, fora do Metrô Rio.

Fui convidado a participar de um processo seletivo para a Gramado Parks , empresa do ramo hoteleiro e de grandes parques temáticos. A proposta de trabalho era tudo que eu buscava: estruturar e gerenciar uma área de manutenção. O desafio era nada mais nada menos que as duas maiores rodas gigantes da América Latina – Yup Star Rio e Yup Star Foz, cada uma delas com 88 metros de altura, acrescido a isso o fato de liderar equipes em locais geograficamente distantes, Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu.

Isso tudo me motivou a deixar meus 24 anos de Metrô para trás e avançar na direção desse desconhecido mundo do entretenimento. Foi uma jornada belíssima, onde tive a honra de elaborar projetos e melhoria em todas as esferas de operação e manutenção dos parques, implantação do software de gerenciamento da manutenção, embarque automatizado, ciclos de carregamento, adequação as normas brasileiras, monitoramento on-line de ativos, planejamento da manutenção, preventivas, preditivas e ensaios não destrutivos, além disso implantei o controle de componentes através de BI automatizado. Mas sentia muita falta do ambiente industrial.

Por isso, em 2023, comecei a buscar oportunidades no mercado, e me candidatei para uma vaga de Coordenador de Engenharia de Manutenção na Vale . Por si só, já seria uma grande mudança e oportunidade, mas além disso a vaga era para o complexo de Carajás no Pará! Com o modo aventura ligado no máximo, lá vou eu para o norte do país trabalhar nessa gigante da mineração (mineração? Parece que o mundo dá voltas não é mesmo?)

Iniciei na parte de estratégia da engenharia voltado para processos, indicadores e gestão da carteira de projetos, e em 2024 assumi a área de Confiabilidade de Equipamentos de Mina, trabalhando com um time de engenheiros e engenheiras de primeiríssima linha, em análises de problemas crônicos, estudos de confiabilidade e probabilidade de falhas, definindo as estratégias de manutenção de cada frota de equipamentos, conectando-as com a estratégia de negócio.

Bem, essa jornada está longe de terminar, e tenho certeza de que ainda escreverei muitos capítulos dessa história.

Para saber mais sobre este grande profissional, segue abaixo o link:

Filipe Serpa

Willian Martins

Executivo de Engenharia | Manutenção | Operação Portuária | Consultor Técnico de Manutenção

1mo

Parabéns pela jornada Filipe Serpa !

Lucas Evaristo, MBA, CPA

Consultoria | Treinamento | Operação Ferroviária | Segurança Operacional | Investigação de Acidente Ferroviário | Logística | Intermodal | Engenharia Civil

2mo

Deus abençoa os esforçados! Avante!

Wenner Vinícius .·.

Engenheiro de Confiabilidade Sênior na Vale

2mo

Parabéns pela brilhante trajetória e por sempre inspirar pessoas Filipe Serpa!!!

Jean Carlos De Sousa Franco

Cursando Engenharia de Controle e Automação-CEFET-RJ | Técnico em Eletrônica

2mo

Parabéns filhão, pela história inspiradora!

Lívia Versiani

Coordenadora de Confiabilidade - Manutenção de Ferrosos na Vale

2mo

Filipe tem sido um líder inspirador e que acredita nos nossos sonhos! Parabéns pela jornada incrível e que te trouxe até o nosso time!

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