O verdadeiro custo de não saber impor limites.

O verdadeiro custo de não saber impor limites.

É necessário que aprendamos a reconhecer e a sustentar nossos limites, não só para que possamos nos colocar como prioridade e nos respeitar, mas também para aprender a lidar com o desconforto que isso irá gera em nós.

Em geral, não aprendemos a falar não para os outros.

Principalmente se somos mulheres, somos educadas desde o início da vida a evitar causar desconforto nos outros, porque não queremos (e nossos pais não querem que sejamos) entendidas como grossas. Não podemos ser essas pessoas que falam “não”, sob o risco de sermos chamadas de agressivas. Meninas percebem desde cedo quem pode se valer de sua raiva e quem não pode. Também percebem que estão num lugar de serem avaliadas, escolhidas, por isso precisam sempre performar certa submissão e abnegação.

  • Silenciar a voz interna

Crescemos e não aprendemos a entender nossos próprios limites internos, a reconhecer e a verbalizar o que queremos e precisamos.

Do que precisamos, mesmo? Aprendemos a não confiar na voz que diz “tá demais”. Silenciamos essa voz interna, em geral cedendo ou permitindo além do que deveríamos permitir. Isso vale para situações diversas, como a divisão injusta das tarefas em casa, conflitos com nossos pais, amigos ou filhos — as coisas que queríamos ter dito mas engolimos pelo “bem geral”.

Medo da rejeição e do conflito

Com medo de causar desconforto ou um conflito e de nos sentirmos rejeitadas por conta disso, nos calamos para depois explodir quando não aguentamos mais, em geral com quem não teve nada a ver com isso.

Perceba que essa explosão pode ser para dentro.

Nessa “implosão”, comemos, bebemos, anuviamos ou consumimos nossas emoções.

Todo ressentimento, frustração, raiva e toda angústia que aquele silêncio gerou em nós são reprimidos.

Se tivemos na nossa infância exemplos desse tipo de estratégia de enfrentamento prejudicial, provavelmente mais fundo neles iremos em nossa vida adulta.

É necessário que aprendamos a reconhecer e a sustentar nossos limites, não só para que possamos nos colocar como prioridade e nos respeitar, mas também para aprender a lidar com o desconforto que isso irá gerar em nós.

É importante reconhecer que isso é perfeitamente natural. Mais importante ainda é entender: “Qual o custo do não que dizemos para nós mesmas?”.

Ref: Vida Simples

Wilkson Guimarães dos Santos

Suporte TI | Analista de suporte TI Pleno | Técnico em informática | Segurança eletrônica | CS

2y

Como sempre, mandando bem demais ! Lembro de um trecho do livro incrível da Rupi Kaur que dizia : " Se você é PAI, e grita com sua filha dizendo que faz isso por que AMA, automaticamente ela vai achar que GRITAR é algo normal pois meu pai fazia !! " Isso me chocou de una forma enorme ( pai de uma menina e dois meninos ) e percebi que, é muito mais fácil buscar neles uma relação de confiança que é muito melhor do que afastar como uma autoridade que nunca erra ( eu como pai tenho que, quando errar pedir desculpa ) hoje deixar falar, se mostrar do lado é mais importante. Parabéns Fê pelo texto lindo !!!

Eu acho que nos calarmos é sempre a pior escolha, mesmo que na hora pareça a melhor solução, a conta vem depois e custa sempre muito caro, por isso, em todas as situações, diga, fale o que precisa ser dito, enfrente as consequências, fale! Eu nem sei se era esse o tema sobre o qual você escreveu, mas me veio esse pensamento quando li. 

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