Pense: e se...?

Pense: e se...?

Criatividade e inovação são duas palavras que a cada dia mais estão na “moda”. Para muitos é uma coisa exclusiva para artistas, músicos, malucos ou publicitários. Mas isso está bem longe de ser verdade. Durante 4 anos eu toquei um projeto chamado “Pense: e se?”. Uma pergunta que tem um poder incrível e que, para a criatividade (assunto abordado no projeto), é uma importante provocação para sempre procurarmos algo diferente do que já temos.

Fiz muitos cursos sobre o tema, vivi muitas experiências procurando aprender, entender, formatar e desenvolver a minha criatividade, e ajudar a desenvolver a dos outros também. O nome do projeto veio durante uma palestra do Murilo Gun, quando em determinado momento ele fez uma pergunta, que nem lembro qual era, mas o “e se...?” deu um choque na minha cabeça, foi o meu momento Eureka.

Depois, dentre os cursos que comentei, um dos que fiz foi o do próprio Murilo, e lá ele me deu mais um “choque” quando falou sobre nunca aceitarmos a primeira resposta correta. Sempre procurar algo ainda mais diferente, ainda mais inovador. Porque ao tentar solucionar um desafio, depois de estudar, pesquisar, experimentar, vem uma resposta que é correta e já acabaria com o “seu problema”, mas provavelmente é uma resposta que outros já tiveram. Então, interessante mesmo é, com a segurança de que em último caso já tem uma resposta, continuar buscando e achar uma solução que dificilmente outras pessoas tiveram.

Entrevistei, fiz quadros, conversei com muita gente boa (famosos ou não), aprendi muito. Aprendi que a diversidade e o repertório são fundamentais. Pontos de vista diferentes são importantíssimos. Não precisamos concordar com todos, mudar sempre de opinião, etc. Mas é importante saber que eles existem para que possamos refletir, analisar o todo. Em uma empresa, um projeto, um produto, não deve ser feito com o olhar de apenas uma pessoa, um setor, um cliente. Temos que ter pluralidade! Ah... Não adianta chamar pessoas que concordam com tudo “pra não criar conflito”, pessoas que pensam igual em tudo (que tiveram vidas e experiências muito parecidas e por isso construíram uma linha de pensamento semelhante)... Diversidade!

Tenho uma camiseta que fala que “Mar calmo nunca fez bom marinheiro”. Que reflexão linda! Precisamos de conflito para crescer! E isso está bem longe de “criar confusão”. Conflito é algo que te desconcerta, que te tira da zona de conforto e faz com que você tenha que procurar uma solução, fazer algo diferente, improvisar, ser criativo! Por isso os pensamentos diversos são mais que interessantes, são fundamentais. Dois pontos de vistas diferentes não são necessariamente opostos e não necessariamente podem ser classificados como um sendo certo e o outro errado. Um exercício simples (porque tem vários que poderíamos citar) é você pintar um número 9 no chão e colocar uma pessoa em cada extremidade dele. Um verá e terá certeza de que é um 9, mas para o outro é um 6. Ele está errado? Ou a experiência dele é diferente? O produto da sua empresa é certo e o cliente que não está entendendo, consumindo e compartilhando, ou a experiência dele é que é diferente do que você imaginava?

Algumas dicas que quero deixar com esse artigo:

  1. Criatividade é uma habilidade que todos podem, e devem, desenvolver. Não aceite o “sempre foi assim”, “há 30 anos faço desse jeito”, etc. Se você quer continuar se desenvolvendo, procure fazer diferente. O mesmo caminho só te leva para onde todo mundo já chegou.
  2. Repertório, o aprendizado contínuo, é importantíssimo. Quanto mais informação você tem, mas ligações você pode fazer para achar novas soluções para os desafios que terá.
  3. Procure e respeite a diversidade, isso é fundamental! Pontos de vista diferentes do seu não são armas para te derrubar, são insights para te fortalecer, para ver e entender pontos do seu projeto que talvez você não tenha se atentado ou que na sua experiência não testou a fragilidade por ter “passado batido”. Todos somos diferentes e temos experiências diferentes. A usabilidade de um mesmo produto vai, muitas vezes, ser diferente para pessoas diversas.

O "Pense: e se?" tinha uma espécie de mantra que gostaria de compartilhar com vocês: Pense diferente, para fazer diferente e fazer a diferença!

Pense: e se...


Observação: O “Pense: e se?” deve voltar, reformulado, em algum momento, mas os conteúdos estão disponíveis nas redes sociais, os links são: facebook.com/penseese, youtube.com/penseese e instagram.com/penseese . 

Thayana Lins

Coordenadora Audiovisual no Gran

3y

Fico muito feliz em ter feito parte de um projeto tão inspirador e enriquecedor. Parabéns pelo artigo, Duda! Como sempre, fazendo a gente ir além. Muito sucesso para você! 😉

Sheila Maurer

Merso | Vorso | CS | CX | Relacionamento com o cliente

3y

Muito bom, Eduardo Moura Carmo. Acompanhei um pouco do seu projeto, quando você estava começando, sempre confiante. Todos os "e se?" respondidos por você o trouxeram até aqui e vão levar você muito mais longe. Desejo todo o sucesso ao seu trabalho, que realmente tem feito diferença.

Mauro Queirós Santos

Administração e Comunicação

3y

Duda sendo Duda. Sempre surfando na onda do contraditório, pois é justamente em momentos como esse que o verdadeiro aprendizado aparece. Parabéns irmão, sou seu fã!

Sthéfano Cordeiro

LinkedIn Top Voice | Product Manager @Banco do Brasil | Technology | Innovation

3y

Obrigado pelo seu retorno!!! Precisamos de mais pessoas abertas ao diálogo como você aqui na internet! E parabéns pelo texto.

Bianca Orsini de Oliveira

Product @ Google I YC founder I INSEAD MBA

3y

Adorei, texto bem escrito(li num instante 👏). Gostei especialmente da parte da importância de entendermos que muitas vezes não há certo e nem errado, apenas diferente. Nos tempos de Big Data e AI então, a diversidade está sendo cada vez mais abraçada. Afinal, por que escolher apenas o seu principal segmento se você pode abraçar os 3, 4 ou 5 principais com experiências customizadas, né?

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