Sobre o Covid-19. Comunicadores: Nós também temos um juramento.
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Sobre o Covid-19. Comunicadores: Nós também temos um juramento.

Que estamos em uma pandemia, não é mais novidade. Hoje, quero falar da nossa responsabilidade como comunicadores neste período de Coronavírus no mundo. Nossa missão, em qualquer área da comunicação agora é combater as fakenews, que colaboram ainda mais para o clima de pânico. Nós fizemos um juramento de ética e verdade, que você pode até achar que não vale muita coisa, mas em momento como o de hoje vale muito.

Enquanto comunicadores – de todas as áreas – nós temos acessos muitas vezes privilegiados, pelas relações que desenvolvemos durante a carreira. Conhecemos pessoas nos hospitais, no governo, empresários, famosos, entre tantas outras pessoas, que ao longo da vida se tornam fontes de diversos assuntos.

Como profissional, sempre evitei ao máximo repassar informações que não são oficiais. Nunca vivi uma pandemia, mas mais do que nunca, é imprescindível apurar informações. E todos nós temos esse dever como comunicólogos, em qualquer área: na comunicação corporativa, na mídia tradicional, nas redes sociais. É a nossa responsabilidade transmitir a verdade.

Nesta semana, com a morte do primeiro paciente, recebi vários áudios do "possível presidente da Prevent Senior, inclusive de comunicólogos, enquanto ele estava no Jornal Nacional explicando a situação da companhia e suas ações de gerenciamento. Não repassei a ninguém, por empatia e responsabilidade, e ainda dei aquela chamada na "responsa" de quem enviou. Porque pensei em diversas situações: A empatia pela assessoria de imprensa da Prevent. O caos que ela deve estar vivendo (ok, remunerada para isso), e ainda ter que gerenciar esse tipo de notícia, enquanto pessoas morrem no hospital do cliente dela, em uma pandemia nunca vista no mundo moderno. Os jornalistas de hardnews, que poderiam estar numa apuração mais séria, e tiveram que parar para apurar mais uma. É irresponsável, como jornalistas, assessores e comunicadores que somos, repassar qualquer tipo de informação não oficial, que chegam em correntes e grupos.

Todo mundo tem alguém de confiança. Mas o primo de um amigo de um conhecido, não é de confiança. O que que devemos fazer para ajudar os comunicadores que estão no front é fazer a nossa parte. Verificar veracidade do fato, não somente porque veio de pessoas de confiança. Conheço um monte de gente de confiança em hospital e nem por isso é legal ficar repassando os áudios que recebo deles. Eles estão com emoções a flor da pele, MUITOS MESMO sem nenhuma informação concreta, repassando o que ouvem nos corredores...se a gente, como profissional de comunicação, ficarmos levando tudo o que recebemos sem apuração, contribuímos para o caos.

Eu sei que o momento é de medo, mas sejamos sensatos. Pense nos colegas jornalistas no hardnews, que recebem uma enxurrada de notícias, muitas falsas, e precisam apurar com rapidez. No assessor de imprensa das empresas envolvidas na crise da pandemia, que não podem parar o trabalho o tempo todo para desmentir fakenews. Entendam, tem pessoas morrendo.

Seja sensato, por favor!

- Recebeu o áudio? Pergunte a fonte: é primo do amigo de um conhecido. Peça para provar. Não provou? Fake News.

- Recebeu a informação de uma pessoa de confiança? Apure antes de passar para a frente. Veículos de credibilidade, sites oficiais do governo no Brasil e no exterior. Você pode, por exemplo, consultar o assessor de imprensa da empresa, por exemplo. Ele está pronto para ajudar a conter notícias falsas. Você, como profissional, certamente tem canais de conseguir essas informações e colaborar para que as notícias de verdade sejam propagadas;

- Una-se aos seus amigos comunicadores. Pergunte no particular se tiver dúvidas e ele puder ajudar. Só compartilhe com a certeza de órgãos oficiais e porta-vozes das empresas; Neste momento, a nossa rede de relações ajuda no combate as notícias falsas;

- Seja portador da verdade. Desminta a informação falsa com fatos no grupo em que foi enviado. Não passe pano para fakenews;

- Aos assessores de imprensa: Não tentem tomar carona no assunto se seu cliente não tem nada a ver com ele.

- Aos amigos de comunicação corporativa: transformem seus integrantes em agentes positivos na luta contra a doença;

- Aos amigos do hardnews: FORÇA e contem conosco.

- Aos comunicadores que podem: Fiquem em casa e colaborem com notícias verdadeiras.          

Vamos juntos!

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