Tendências pós pandemia

Tendências pós pandemia

No decorrer de toda história da humanidade, tempos que nos desafiam são recorrentes e implicam mudanças e evolução. Durante o episódio pandêmico do Covid-19, as modificações socioeconômicas - embora ainda não dimensionadas - já são reais. A pandemia desfaz a visualização da tecnologia como artifício futurístico, e torna como necessidade urgente a adaptação digital.

De acordo com o Biólogo evolucionista Charles Darwin, o ser vivo bem adaptado não é o mais forte ou mais inteligente, mas sim aquele que consegue reagir de maneira adequada a partir de uma situação adversa. Em paralelo com o cenário atual, a pergunta que fazemos àquelas empresas que almejam não somente sobreviver, mas estar bem adaptadas é: o quão rápido você consegue reagir?

Em acréscimo a teoria de Charles Darwin, em um contexto contemporâneo, Bill Gates nos dá a seguinte contribuição: " A chave do sucesso nos negócios é perceber aonde o mundo se dirige e chegar ali primeiro". Ou seja, embora não seja tudo, adaptar-se no mundo de hoje está diretamente relacionado com velocidade. Durante a pandemia de Covid-19, surgem novos desafios que pedem medidas resolutivas de maneira imediata e catalisa a evolução científica e tecnológica, o que causa transformações tanto para quem consome quanto para quem fornece.

Como já era esperado, o mundo do consumidor é mais um aspecto que vem sofrendo modificações culturais e se readapta a nova realidade. Origina-se, então, um novo perfil, com novos hábitos de consumo.

Primeiramente, em pesquisa realizada pela empresa Cielo, "impacto da covid-19 no varejo", o varejo total no Brasil apresentou queda de 29,2%. Todavia, de acordo com dados da Google Trends, as buscas por " cadeiras de escritório ", na primeira semana de maio do ano de 2020, teve aumento de 50% em relação a média do ano, e em abril a busca por este mesmo item superou a média histórica de pesquisa.

Outrossim, segundo análise de Maurício Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), "uma vez que, se os novos compradores do e-commerce forem bem atendidos e ficarem satisfeitos, não voltarão a comprar nas lojas físicas devido à comodidade oferecida pelo e-commerce".

Observa-se, deste modo, que fica patente a mudança comportamental ocorrendo em sincronia com a situação atual. Nesse contexto, é necessário que as empresas tomem medidas ágeis para atualização estratégica afim de personalizar o atendimento e conservar vínculos. É absolutamente possível uma transformação digital que personalize o atendimento do indivíduo abrangendo a praticidade e a proximidade humana com o cliente. Para isso, é preciso despir-se de paradigmas que já não nos servem. Caso o contrário, as companhias estarão em descompasso com as novas tendências de mercado.

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Os métodos de personalização atuais, fundamentados em coletar e avaliar os dados robustos, estão falhando em fornecer transparência ou agência desejada pelos consumidores. Temos em paralelo, a crescente busca da experiência digital colaborativa, prática que já vem sendo implementada por diversos segmentos empresariais e tem grande poder de personalizar, ao dar controle ao seu consumidor. Assim, é possível conhecer de perto seus desejos de maneira ágil além de evidenciar a importância e individualidade do cliente.

Para isso, há como novo mecanismo, a variabilidade do uso de tecnologias já existentes, como a inteligência artificial (IA). Normalmente usada na automatização de tarefas recorrentes e cotidianas, contemporaneamente a IA é utilizada como mecanismo de colaboração com humanos. Dentro do âmbito médico, a colaboração Humano-IA já é uma realidade e serve como fator decisivo inclusive na corrida pela vacina de Covid-19, provando que é possível abandonar o mecanicismo de uma operação resumida em "comando e resposta" pelo dinamismo e potencial adaptativo.

Outra ferramenta adaptativa que chama atenção no cenário de pandemia, são os robôs. Enquanto o isolamento social se tornara um fato, o uso de robôs vinham ( e vem ) cada vez mais se tornando uma realidade consistente no cotidiano empresarial. Esses, desempenham papel fundamental no combate contra o Covid- 19, trazem bons resultados e além disso, introduzem e acompanham a evolução, direta e indiretamente, de demais tecnologias. Como exemplo: Iot e 5g, devido a novas demandas que surgirão a partir da implementação desta cultura.

Infere-se, portanto, que devido a Covid-19, corporações estão sendo direcionadas a uma nova etapa tecnológica que exige a implementação de uma estratégia que abarque agilidade e criatividade, afim de suprir novas demandas e regulamentações digitais. Para adaptar-se, é preciso que as equipes responsáveis executem um trabalho de inovação extraindo o máximo potencial da tecnologia de ponta, que se vê representada em seu melhor momento.


Paula Magno, 2020.

Jhonatas Melo

Doutorando e mestre em Direito penal pela Universidade de Salamanca - Espanha

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Parabéns, Paula Magno Artigo muito bom! 👏🏼👏🏼👏🏼

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Manoel Ribeiro

Android Developer | Mobile Developer | Kotlin

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Parabéns pelo conteúdo!!

Rodrigo Palmeira

Software Engineer | Typescript | Node.JS | AWS

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Adorei, tanto a abordagem comparativo-explicativa, quanto o direcionamento técnico. É isso aí, companhia apta, se adapta !

Manoel Palmeira

Especialista em Oratória | Comunicação para Gerar Resultados no Ambiente Corporativo e Ascensão de Carreira

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Muito bom Paula Magno! Conta-nos a história de que os dinossouros foram extintos por falta de adaptação. As empressas que não se adaptarem a nova realidade tecnológica podem, como os dinossauros, não sobreviverem mais.

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