Violência nas Escolas - a resposta rápida não é a melhor solução!

Violência nas Escolas - a resposta rápida não é a melhor solução!

Quando acontecem tragédias como a da Escola Estadual Thomazia Montoro, a necessidade de justiça muitas vezes acaba superando o necessário debate sobre as formas que, de fato, podem nos ajudar a evitar este tipo de situação. 

No caso citado o agressor foi rapidamente contido pela Polícia Militar e a Justiça já aceitou a recomendação do Ministério Público para que ele fique internado provisoriamente em uma unidade da Fundação Casa. 

Isto, sem dúvidas, é uma resposta positiva às famílias afetadas e à toda comunidade. Entretanto, entre 2011 e 2019 o Brasil teve 15 vítimas fatais oriundas de ataques escolares e o número dobrou nos 4 anos seguintes, demonstrando que apenas a repressão não está sendo suficiente para reduzir o índice de violência. 

Dentre as propostas de prevenção, estão a instalação de câmeras de segurança, vigiar as entradas, adotar revistas pessoais de alunos e funcionários e toda sorte de extensão da segurança pública ao ambiente escolar que mais parecem recomendações panópticas de um presídio. 

A consequência de encarar o espaço educacional sem estratégias pedagógicas explica estarmos com mais de 1 milhão de crianças entre 6 e 17 anos tendo abandonado a escola, sendo 3,8% destas em razão de questões como saúde mental (principal motivo dos ataques que temos tido notícia).

Por outro lado, a experiência de educação pensada sob uma lógica de acolhimento, acompanhamento psicológico, valorização e formação profissional dos professores podem garantir um espaço de aprendizagem humanizada e melhor desempenho estudantil que mitigue os conflitos pessoais e ofereça oportunidades de pleno desempenho ao jovem. 

Não iremos esgotar o assunto aqui, mas convido os mais interessados a visitar um estudo do Ipea sobre O IMPACTO DA VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS SOBRE A PROFICIÊNCIA DOS ALUNOS.

E você, qual a sua perspectiva de tudo isso?


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