Nova política de preços na Petrobras: A era das "estatais estratégicas" voltou.
A Petrobras é uma das maiores empresas do Brasil e tem tido bons resultados financeiros nos últimos anos, mas isso está prestes a acabar.
Lula anunciou o fim da política de paridade internacional do preço do petróleo na estatal, o que mantinha a empresa competitiva mundialmente.
Desde 2016 a Petrobras vinha adotando o Preço de Paridade de Importação que leva em consideração o mercado internacional e a margem de risco. A política afastava a interferência do governo e atraia investimentos, mas elevava a variação de preços da gasolina e outros derivados, sofrendo impactos do dólar e da guerra na Ucrânia, por exemplo.
A partir de agora a estratégia comercial utilizará outros critérios, sendo prometida uma maior flexibilidade. A nova precificação é baseada no custo de oportunidade entre as opções de produção, importação e exportação (valor marginal) e as alternativas de suprimento para o consumidor (custo alternativo do cliente).
Em outras palavras, os reajustes deixam de ser automáticos e passam a ter maior interferência do governo num formato similar ao que vivemos com o Dilma II.
Os números mostram o quanto essa é uma péssima decisão!
Em 2015, quando a Petrobras não se baseava nos preços internacionais, a empresa registrou PREJUÍZO líquido de R$ 36,8 bilhões.
Recomendados pelo LinkedIn
Em 2021, com a política de paridade em vigor, a Petrobras registrou LUCRO RECORDE de R$ 106,6 bilhões.
Adequar a Petrobras à política de preços das grandes petrolíferas do mundo foi uma medida tomada em 2016 pela gestão Temer, justamente para reverter o quadro negativo que o PT deixou na estatal.
Sem a política de paridade, a Petrobras ficará à mercê dos caprichos de Lula, que, com certeza, vai controlar artificialmente o preço dos combustíveis para fins políticos e eleitoreiros.
Aos que comemoram uma suposta queda no preço da gasolina, é preciso lembrar que quando a estatal lucra, o Governo Federal recebe quantias significativas para Educação, Saúde e outras áreas realmente estratégicas ao funcionamento do Estado e desenvolvimento do país.
Por outro lado, a interferência na política de preços tende a causar prejuízos na economia sem sequer reduzir os preços do combustível o suficiente para torná-lo acessível.
Os relatórios da JP Morgan e outros destacam que entre 20% a 30% dos combustíveis são importados e as distribuidoras seguirão praticando os preços na dinâmica internacional. Além disso, o professor Robson Gonçalves, da FGV, já demonstrou a tendência de estabilidade do preço vigente nas bombas de gasolina, numa tendência sem aumentos ou descontos relevantes.
Estamos caminhando novamente para a Era de escândalos na Petrobras e podemos nos perguntar porque este cenário tanto interessa ao PT.