Você passaria a utilizar transporte sustentável?

Você passaria a utilizar transporte sustentável?

NÃO ESCREVI ESTE ARTIGO – Como compartilhei e teve poucas leituras, resolvi insistir na divulgação fazendo um resumo dos pontos principais do post da WRI Brasil, com base em pesquisa do Instituto Clima e Sociedade (iCS) - Para acessar o texto completo Brasileiro abandonaria carro por transporte sustentável, mas deseja conforto e praticidade - Vamos aos números da pesquisa:

  1. Trocariam o transporte individual? - Quando as pessoas são questionadas sobre sua disposição a trocar o transporte individual por um meio de transporte mais limpo, uma boa surpresa: 67% disseram que sim. Entre as pessoas que não trocariam, os motivos principais foram conforto (26%) e praticidade (20%). “Isso mostra a importância de se garantir mais conforto e qualidade para os modos sustentáveis, em especial para os ônibus”, pondera Cristina Albuquerque, gerente de mobilidade do WRI Brasil.
  2. Ônibus - É o principal meio de transporte em todas as regiões: é o meio mais utilizado no cotidiano por 42% da população em geral – chegando a 48% da população com renda de até 1,5 salário mínimo, e a 35% das pessoas com renda acima de cinco salários mínimos. Mais da metade (53%) dos moradores de regiões metropolitanas utiliza principalmente ônibus em seus deslocamentos cotidianos - O ponto negativo é que, comparando com pesquisa feita em 2017, mostra que aumentou nos últimos anos a associação espontânea do ônibus a termos negativos como “superlotação” (de 2% das pessoas para 8% em 2020), “ruim” (5% para 8%), “péssimo” (6% para 9%), “caos” (4% para 7%) e “caro” (2% para 4%).
  3.  Carro - No caso do carro, destaca-se o aumento da associação de carro a conforto, de 11% das pessoas entrevistadas em 2017 para 14% em 2020 - Três em cada quatro pessoas afirmam possuir carro, moto ou morar com alguém que possua. Apesar disso, a parcela de pessoas que vê o carro como melhor opção caiu de 30% em 2017 para 19% em 2020, e a parcela de pessoas que pretende comprar um carro foi de 51% para 45%.
  4. Bicicleta, metrô e mobilidade elétrica em alta

A pesquisa mostra a expectativa da população por mais conforto nos ônibus: 92% das pessoas dizem querer mais ônibus elétricos em suas cidades - Outra referência para os ônibus urbanos é seu “primo” sobre trilhos. O metrô foi apontado como o melhor transporte para o dia a dia por 29% das pessoas – um aumento considerável em comparação aos 12% de 2017. Inspirados no metrô, sistemas de ônibus BRT são uma boa alternativa de transporte de massa, contanto que incorporem os devidos princípios de qualidade e conforto em seu planejamento e operação.

A preferência por bicicletas também aumentou, de 16% para 27%, embora o estudo não aponte possíveis causas para essa variação – seria a criação de ciclovias, contexto econômico adverso ou mesmo o medo do contágio pelo Covid, fez as pessoas adotarem a bicicleta como alternativa a opções pagas como os ônibus?

Um excelente case é o caso de Buenos Aires. Após identificar que 86% das mortes envolvendo ciclistas aconteciam fora da rede cicloviária, a capital portenha implantou ciclovias em avenidas que representam rotas mais demandadas pelos ciclistas. “A iniciativa combina a implementação de ciclovias em avenidas com a redução dos limites de velocidade, outro fator chave para oferecer maior segurança no deslocamento dos ciclistas”, salienta Ariadne Samios, coordenadora de Mobilidade Ativa do WRI Brasil. Outro bom exemplo podem ver no vídeo deste artigo

5. Mobilidade mais sustentável, ar mais limpo

A qualidade do ar é avaliada como "ruim/péssima" por 29% das pessoas – mas por 39% quando considerado apenas o grupo com renda até 1,5 salário mínimo. Sabemos que pessoas de renda mais baixa estão mais expostas à poluição do ar, mais um motivo para promover a mobilidade sustentável e de baixo carbono para tornar as cidades mais inclusivas e menos desiguais.

Carros foram apontados como a principal causa da poluição por 42% das pessoas, seguidos por indústrias (19%), ônibus (18%) e caminhões (11%). A percepção é compatível com estimativas do Banco de Dados de Emissões para a Pesquisa Atmosférica Global de que as principais fontes de poluentes atmosféricos no Brasil são o setor de transportes, os processos industriais e a queima de biomassa – o Brasil não dispõe de inventários completos e atualizados para referendar essa informação.

Desta forma, as Políticas públicas podem – e devem – contribuir para canalizar a receptividade da população a meios de transporte mais sustentáveis e menos poluentes ao mesmo tempo em que reduzem desigualdades. O estímulo à mobilidade ativa e ao transporte coletivo tem o papel importante de fortalecer alternativas limpas e democráticas, com benefícios à saúde, o clima, o meio ambiente e a economia.

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TÂNIA MARA F̈EȒREIRA

Gestora Comercial | CFA/CRA/TRANSAÇÕES DE TÉCNICO IMOBILIARIA/CRECI

3y

O que realmente é complicado em nossas cidades é a falta de segurança para os ciclistas,pois quem está nos autos não respeita e nem presta muita atenção ao seu redor os motoristas estão quase 90%do tempo com o celular nas mãos ou falando neles ou respondendo uma mensagem ao mesmo tempo que dirigem, tornando este meio de transporte mais frágil e perigoso. Este é o meu ponto de vista.

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