Na sua última chance de conquistar o índice olímpico nos 100m rasos, de 10s00, o velocista brasileiro Paulo André caiu na reta final da prova no Troféu Brasil de Atletismo, na tarde desta quinta-feira (27), e saiu da pista chorando muito, de cadeira de rodas. O atleta, no entanto, deve disputar as Olimpíadas de Paris 2024, já que ocupa a 35ª colocação do ranking mundial no momento e os 56 melhores do mundo se classificarão para o evento, independentemente de índice. O Troféu Brasil acontece até domingo (30) no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB), em São Paulo.
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Paulo André cai e Felipe Bardi é o campeão dos 100m rasos do Troféu Brasil de Atletismo
Paulo André sentiu dores na pata de ganso, segundo seu treinador e pai Carlos Camilo. A pata de ganso é o nome popular dado à junção dos três tendões musculares presentes no joelho. Logo ao cair, Paulo André parecia sentir dores na musculatura da parte posterior da coxa direita. Ele não completou os 100m e ficou deitado na pista após a queda. Saiu da pista de cadeira de rodas.
Já com índice para Paris e com os nomes garantido nos Jogos, já que cada país pode levar até três atletas por prova, os velocistas Felipe Bardi, com o tempo de 10s05, e Erik Cardoso, com 10s19, foram o primeiro e o terceiro colocados, respectivamente. A segunda posição ficou para Hygor Gabriel Soares, com 10s13, melhor tempo da carreira e que pode colocá-lo nas Olimpíadas de Paris.
Paulo André chora enquanto é levado de cadeira de rodas após queda no Troféu Brasil de Atletismo — Foto: Marcel Merguizo
No feminino, Vitória Rosa, melhor velocista brasileira atualmente e em 29º no ranking mundial, também sentiu lesão e não completou a final dos 100m. Ana Azevedo ganhou a prova e vai subir algumas posições. Assim como no caso de Paulo André, as duas devem ir a Paris pelo ranking.
Momento em que Paulo André sentiu a musculatura da perna direita no Troféu Brasil de Atletismo — Foto: Wagner Carmo/CBAt
Caio em grande forma
Medalhista de bronze no último Mundial de atletismo e quarto colocado os Jogos Olímpicos do Rio 2016, Caio Bonfim se tornou, nesta quinta-feira, o primeiro brasileiro a completar a prova de pista da marcha atlética de 20 km em menos de 1 hora e 20 minutos. O atleta finalizou a prova em 1h19min52s, batendo o recorde sul-americano e se credenciando ainda mais para a busca de uma medalha olímpica nas Olimpíadas de Paris 2024 - onde a marcha será disputada em estrada, não em pista de atletismo. Foi seu 17º título na competição nacional.
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Caio Bonfim bate o recorde sul-americano da marcha atlética de 20 km no Troféu Brasil
- Foi uma prova maravilhosa, gostei por ser o primeiro atleta sul-americano a correr esse tempo em pista. Esse ano eu quis me desafiar, correr em vários circuitos e em pista também. Isso traz confiança para chegar em Paris da melhor forma possível - disse Caio, que falou sobre suas perspectivas para Paris: - Esperança é a palavra. (...) É o pé no chão, literalmente, chegar na melhor forma possível para estar na briga. É boa forma, cabeça erguida e sonhar. Olimpíada é sonho.
No feminino, Viviane Lyra também teve um ótimo dia e bateu o recorde brasileiro, com o tempo de 1h30min38s3. A atleta também está classificada para Paris, e além da prova individual, Viviane e Caio disputarão, juntos, a de duplas mistas.
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Viviane Lyra bate o recorde brasileiro da marcha atlética de 20 km no Troféu Brasil
Também com o passaporte para Paris já carimbado, Érica Sena ficou na segunda colocação, com 1h32min06s, seguida por Gabriela Muniz, com 1h34min34s. No masculino, Max Batista dos Santos (1h20min24s) e Matheus Corrêa (1h20min51s) completaram o pódio.
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