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Por Lucas Espogeiro* — Rio de Janeiro


A menos de um mês das Olimpíadas, a seleção brasileira masculina de basquete ainda briga por uma vaga em Paris. Entre os dias 2 e 7 de julho (terça-feira e domingo), disputará o Pré-Olímpico em Riga, na Letônia. Precisará conquistar o título do torneio para carimbar o passaporte olímpico e estará sob o comando do técnico Aleksandar Petrovic. O croata de 65 anos já tinha dirigido o Brasil entre 2017 e 2021 e voltou ao cargo em abril deste ano, para substituir Gustavo de Conti.

Quais são as chances do Brasil no Pré-Olímpico de Basquete? Saiba tudo sobre a competição

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No Grupo B do Pré-Olímpico de Riga, a seleção brasileira vai encarar Montenegro e Camarões, nessa ordem. Caso vença um dos oponentes, se classificará para as semifinais, etapa em que duelará com Geórgia, Letônia ou Filipinas. Petrovic está confiante na confirmação da ida a Paris.

– Quatro oponentes muito distintos nos esperam. Montenegro fica com três atletas próximos à cesta. Camarões quer baixar o ritmo. Em uma hipotética semifinal, deve chegar a Geórgia, com um bom jogo interior. Depois, na final, é preciso ganhar dos donos da casa (Letônia). Não posso falar de quantidade, como 50 ou 60% de chances de classificação para as Olimpíadas, mas temos as nossas chances e precisaremos aproveitá-las. Podemos conseguir a vaga olímpica – disse o técnico, em conversa com o ge.

Petrovic em treino da seleção brasileira — Foto: CBB

Confira a agenda de jogos do Brasil no Pré-Olímpico:

  • Terça-feira, 2 de julho: Brasil x Montenegro – 9h30
  • Quinta-feira, 4 de julho: Brasil x Camarões – 13h
  • Sábado, 6 de julho: semifinal – 9h30 ou 13h
  • Domingo, 7 de julho: final – 13h

Desde que retornou à seleção brasileira, Petrovic teve pouco tempo para trabalhar com os atletas. Foram dias de treino em Blumenau, Santa Catarina, mas com o grupo incompleto. Depois, o elenco viajou para fazer amistosos na Europa, período em que Marcelinho Huertas e Yago dos Santos se apresentaram.

Nos amistosos, o Brasil ganhou da Polônia e perdeu para Croácia e Eslovênia (com o astro Luka Doncic em quadra). Experiências que ajudaram Petrovic a escolher os 12 jogadores que defenderão a seleção brasileira em Riga. Mas, mesmo antes dos jogos, o técnico já se mostrava convicto do que a equipe deve fazer para triunfar no Pré-Olímpico:

– Precisamos manter uma defesa forte. Esse Brasil é uma equipe muito física e atlética. Por isso, tem que jogar bem defensivamente. A chegada de Tiago (Splitter, membro da comissão técnica de Petrovic), nos ajudou muito, porque ele tem conhecimento das três defesas diferentes que vamos fazer em Riga.

Brasil enfrentou Eslovênia de Luka Doncic em amistoso — Foto: Divulgação / CBB

Apesar das certezas que já apresenta, Petrovic admite que não esperava voltar ao comando do Brasil:

– Foi um convite que me deixou surpreso, mas o presidente (da Confederação Brasileira de Basketball) Guy Peixoto e o diretor Marcelo Corrêa disseram que era urgente retornar para o Pré-Olímpico. Tomara que consigamos uma vaga em Paris. Estou muito feliz por voltar, porque não posso esquecer os quatro anos de trabalho que tive aqui.

A primeira passagem de Petrovic

Entre outubro de 2017 e outubro de 2021, Aleksandar Petrovic dirigiu o Brasil em 33 partidas e venceu 26 delas, com 78% de aproveitamento. Conduziu o time à Copa do Mundo de 2019, torneio no qual conquistou um histórico triunfo sobre a Grécia e caiu na segunda fase. Ainda foi o responsável por lançar na equipe brasileira nomes como Yago, Gui Santos e Didi Louzada.

Petrovic na primeira passagem pela seleção — Foto: Antonio Bronic/Reuters

No entanto, sob o comando de Petrovic, o Brasil não conseguiu vaga nas Olimpíadas de Tóquio. Chegou a ganhar os três primeiros jogos do Pré-Olímpico de Split, em 2021, mas sofreu uma dolorida derrota para a Alemanha na final.

Depois do revés, Petrovic criticou jogadores que tinham solicitado dispensa do Pré-Olímpico (Didi, Raulzinho, Marquinhos e Gui Santos). Em publicação nas redes sociais, chegou a citar nominalmente Didi e Raul, apontando que a presença dos dois poderia ter levado o Brasil a Tóquio. A postura do croata pesou o clima nos bastidores, e o técnico acabou pedindo demissão da seleção.

Três anos depois, Petrovic diz que não quis responsabilizar nenhum atleta pela ausência em Tóquio e espera construir uma nova história à frente do Brasil:

– (Em 2021) Sentimos falta de alguns jogadores. Jamais vimos o Brasil tão forte como nos primeiros três jogos (do Pré-Olímpico de Split). Eu não queria, naquele momento, culpar ninguém, só queria apontar o que nos faltava, que eram detalhes gerados pela falta de atletas. Mas aqui estamos todos, em um ambiente perfeito, familiar. E ficaremos muito bem neste Pré-Olímpico.

Como a seleção feminina não conseguiu a classificação para Paris, a masculina buscará representar o basquete brasileiro nas Olimpíadas. Em Tóquio, os dois times ficaram de fora dos Jogos ao mesmo tempo, o que não acontecia desde 1972.

*Colaborou Carlos Rauen

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