- Quando eu falo que precisamos de um nível de concentração alto, eu tenho certeza que hoje nosso nível de concentração não estava bom, eu percebi isso. Eu tentei trabalhar em cima disso, mas não consegui - disse o técnico na coletiva após a partida.

- Nos jogos anteriores, o nível de concentração estava muito alto, mas hoje nós nos acomodamos um pouco, achando que poderia fazer o gol a qualquer momento, vencer a partida a qualquer momento, e o futebol não te oferece isso. O adversário se fechou e poderia ter feito até o segundo gol no contra-ataque - completou Rabello.

O técnico alviverde disse que, embora esperasse dificuldades, "não contava com a derrota". Em sua análise, o domínio da partida foi do Altos, mas o time pecou em furar o bloqueio do adversário e criar as oportunidades criadas, além de dar espaço para Kiko fazer o gol que sacramentou a derrota.

- Na verdade, nós não contávamos com a derrota. Sabíamos que iria ser um jogo difícil, porque quando você enfrenta um adversário considerado clássico, você sempre tem dificuldades, e sabíamos que iriamos ter dificuldades: numa bola parada, em um contra-ataque. Nós tivemos o domínio durante o jogo todo, mas não executamos ao gol. Tivemos algumas oportunidades, mas não fizemos - disse Rabello.

- E era uma orientação nossa que em algum momento do jogo, eles (Fluminense-PI) teriam um contra-ataque. E em uma deficiência nossa, pelo lado direito, a gente não se posicionou melhor, deixamos o atacante vim por dentro, e ele finalizou e fez o gol. Nós tivemos o controle do jogo, mas não fomos eficientes nas finalizações. O adversário abaixou as linhas totalmente, e tivemos dificuldades - afirmou.

Rabello terá agora uma semana cheia para treinar a equipe e fazer as melhorias que julgar necessárias. O Altos volta a campo apenas na próxima quarta-feira, quando recebe o Tocantinópolis, também no estádio Lindolfo Monteiro, a partir das 19h. O ge acompanha a partida em tempo real.

Agora é levantar a cabeça, porque temos quatro jogos (pela frente). Tínhamos uma campanha reconhecível como a melhor, e agora temos que levantar a cabeça, trabalhar. Absorver isso faz parte do contexto, não só flores, existe os espinhos também, e estamos cientes disso.

Eu queria uma produção mais efetiva, uma qualidade no passe, uma assistência, tanto o Dieguinho, como o Válber Júnior. O Válber vinha entrando bem nos jogos, e até pelo processo, quando ele tem entrado, ele resolvia. Mas quando o adversário abaixa as linhas, 10 jogadores no campo deles, a gente teve dificuldade de criação. E construir em um gramado ruim, quando o adversário está ganhando, dificulta mais.

Criou-se poucas situações, tomamos o gol no primeiro tempo, tivemos quase 70% do jogo correndo atrás, buscando o resultado, mas não conseguimos. Agora é saber que precisamos melhorar, voltar a ser uma equipe eficiente.