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Portugal visto de dentro por um jornalista carioca

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Gian Amato

Jornalista há mais de 20 anos, fez diversas coberturas internacionais por O Globo. Escreve de Portugal desde 2017.

Por Gian Amato

Sem médicos suficientes para todas as famílias portuguesas em pelo menos três regiões de Portugal, o governo anunciou a contratação de até 300 médicos na América Latina por três anos.

A medida é provisória e polêmica e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, foi convidado a dar explicações no Parlamento.

Pizarro é um defensor da contratação de estrangeiros, como mostrou nesta entrevista a O GLOBO antes de ser ministro.

Ao ser consultado pelo Portugal Giro, o seu ministério não respondeu se o Brasil está na lista de países de origem dos "200 ou 300 médicos", que incluiria Cuba e Colômbia, como disse o ministro no Parlamento, mas sem esclarecer.

Em janeiro de 2022 havia cerca de 850 brasileiros e estrangeiros à espera do reconhecimento do diploma para iniciar a inscrição na Ordem e exercer a profissão em Portugal. Os profissionais reclamam da demora e da burocracia.

Segundo Pizarro disse no Parlamento, os médicos contratados agora já terão suas qualificações acadêmicas reconhecidas.

— Terão o grau reconhecido por uma universidade portuguesa e serão inscritos na Ordem dos Médicos — disse o ministro.

O anúncio de Pizarro acontece depois de um decreto aprovado pelo Conselho de Ministros e em meio à greve de três dias dos médicos em todo o país, encerrada ontem após fechar setores de hospitais e afetar milhares de pessoas.

Embora ainda possa chegar a acordo com o governo, a Federação Nacional dos Médicos informou sobre uma paralisação nos dias 1 e 2 de agosto, quando o Papa Francisco estará em Portugal para a Jornada Mundial da Juventude:

“A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) emitiu um aviso de greve para os dias 1 e 2 de agosto, coincidindo com a visita do Papa Francisco a Portugal durante a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, em resposta ao descumprimento do Ministério da Saúde em negociar salários justos para os médicos e condições dignas de trabalho, bem como travar a deterioração do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

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