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Por , Em The New York Times

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GERADO EM: 27/06/2024 - 03:00

Destinos de praia na Grécia e Turquia

Sinopse: Descubra destinos de praia menos conhecidos na Grécia e Turquia, como Urla, Ayvalik, Datça, Sifnos e Folegandros, fugindo das multidões e explorando a cultura local, gastronomia e belezas naturais.

Em abril, a linha de cruzeiros de luxo Princess Cruises informou que cancelaria uma parada programada em Santorini, na Grécia, em decorrência do congestionamento. Já era esperada a chegada de quatro cruzeiros no mesmo dia, em junho, e, se eles se juntassem, os navios teriam trazido cerca de 17 mil visitantes para uma ilha com 15.500 habitantes.

No Mar Egeu, mais de mil ilhas pontilham as águas entre a Grécia e a Turquia, com costas repletas de baías espetaculares. Os dois países estabeleceram recordes de turismo no ano passado, impulsionando a economia frágil das duas nações, mas alimentando um desenvolvimento frenético que ameaça os meios de vida locais, o patrimônio cultural e o equilíbrio ecológico, sobretudo nas ilhas gregas.

Com muitas ilhas pintadas de branco e cidades costeiras históricas que oferecem encantos semelhantes aos de seus vizinhos, é hora de olhar além de Mykonos e Marmaris e chegar a lugares menos conhecidos que podem se beneficiar de mais visitantes. Se você busca uma aventura em trilhas, uma excursão cultural ou o isolamento na beleza selvagem, aqui estão cinco destinos que oferecem experiências distintas do Egeu, sem as multidões.

Urla (Turquia)

Mesas ao ar livre no restaurante OD Urla, na cidade de Urla, na Turquia — Foto: Buket Yaşar / The New York Times
Mesas ao ar livre no restaurante OD Urla, na cidade de Urla, na Turquia — Foto: Buket Yaşar / The New York Times

Quando o “Guia Michelin” expandiu sua cobertura para a Turquia, no ano passado, o tranquilo distrito de Urla, perto da cidade portuária de Izmir, ganhou destaque. Em uma península com muito vento e solo argiloso, a região montanhosa tem uma tradição vinícola rica, que remonta a seis mil anos. O monopólio quase completo do governo sobre a produção de vinho sufocou a produção durante décadas, mas, recentemente, pequenos produtores e restaurantes com um chef renomado abriram caminho, colocando Urla no mapa gastronômico.

Os novos produtores de vinho, como a Hus, concentram-se quase exclusivamente em uvas nativas, juntando-se a pioneiros de longa data ao longo da Rota dos Vinhedos de Urla, que percorre campos ondulantes, olivais e nove vinícolas, duas delas com belos quartos para hóspedes, incluindo o hotel 2 Rooms, na vinícola Şarapçilik (a partir de US$ 230). Cada produtor fica a, no máximo, 20 minutos de carro do próximo.

— É como se tudo aqui fosse passado de boca em boca, de geração em geração, de estação em estação — disse Seray Kumbasar, sommelier e coproprietária do Vino Locale, restaurante fino e casual entre vinhedos que usa em muitos de seus pratos italianos a uva local Bornova Misketi, ancestral semidoce da moscatel.

Kumbasar e seu marido, Ozan, que é o chef, adotaram uma abordagem hiperlocal, colhendo os produtos do restaurante com os agricultores que os fornecem. A maioria dos itens do menu são versões brilhantes de ingredientes simples. O coração de uma alcachofra local é cozido em um caldo perfumado de ervas e cítricos, depois regado com azeite e acompanhado de purê de fava e quincã.

A caminho da costa, partindo da região das vinícolas, o restaurante OD Urla tem um estilo igualmente leve. Pratos assados a lenha, como um polvo ou uma lula levemente cozidos e regados com xarope de romã fermentado, combinam frutos do mar das águas da península com produtos de uma fazenda local.

Na encantadora cidade de Urla, vielas de pedra conectam lugares versáteis, como o Istifçi, que é uma loja de design e de vinho que leva a um restaurante e um hotel; locais descontraídos, como o Filos Coffee and Wine, que serve uma seleção de vinhos da região em taça; e lojas familiares que se destacam em uma especialidade, como a Girit Pastanesi, com seu bademli kazandibi, pudim de leite caramelizado com amêndoas.

Ayvalik (Turquia)

Produtos vendidos na loja Moyy Atölye, uma das muitas que vendem artesanato e peças de roupa na cidade de Ayvalik, na Turquia — Foto: Özlem Erol / The New York Times
Produtos vendidos na loja Moyy Atölye, uma das muitas que vendem artesanato e peças de roupa na cidade de Ayvalik, na Turquia — Foto: Özlem Erol / The New York Times

A cidade à beira-mar de Ayvalik, 400 quilômetros a sudoeste de Istambul, foi um centro de produção de azeite na era otomana. Muitas das antigas fábricas da indústria, construídas com pedra, atualmente abrigam oficinas especializadas em artesanato turco tradicional. Mesmo com o turismo crescente, Ayvalik "mantém sua autenticidade e uma comunidade permanente que vive e produz aqui", comentou Özlem Erol, fundadora da loja de design Moyy Atölye, na qual artesãs trabalham para criar roupas feitas de feretiko, tecido arejado e feito à mão a partir do cânhamo e do algodão, além de outros artesanatos, como cestos feitos com casca de árvore de avelã e banquetas de madeira entrelaçada.

Na Bovindo, uma das muitas lojas que vendem porcelana feita no local, uma ceramista cria pratos ricamente entalhados baseados na louça antiga de sua mãe. No Tia Vine Cafe & Bar, os coproprietários Hasan e Nese Erdem servem vinhos locais ao lado de receitas familiares da culinária circassiana, como os bolinhos haluj, recheados com purê de batata e cobertos com iogurte de alho.

O bairro de Macaron é o mais movimentado. Em cada esquina parece haver uma loja de azeite artesanal, um mercado de antiguidades ou um hotel de luxo intimista. O mais contemporâneo, Ivy Ayvalik, abriu no ano passado em uma casa de pedra tradicional (a partir de US$ 70), e conta com só quatro quartos compactos, mas confortáveis, que ficam acima de um café e bar de vinhos iluminado por neon, que permanece animado até tarde da noite.

Partindo da cidade, são cinco quilômetros até a ilha de Cunda e seu Parque Natural das Ilhas de Ayvalik, onde você pode explorar enseadas rochosas e uma trilha pelas colinas que oferece vistas panorâmicas, antes de seguir para o centro da cidade de Cunda para saborear torradas de sardinha no Ayna e bebidas herbais no Cactus, um dos muitos bares de coquetéis que circundam a praça central da região.

Datça (Turquia)

Quarto no Ultava Houses, utel na cidade litorânea de Datça, na Turquia — Foto: Ultava Houses / The New York Times
Quarto no Ultava Houses, utel na cidade litorânea de Datça, na Turquia — Foto: Ultava Houses / The New York Times

Com o resort de Bodrum ao norte, a capital noturna de Marmaris ao leste e a popular ilha grega de Rodes ao sul, é uma surpresa que Datça tenha permanecido relativamente desconhecida — até você olhar no mapa: a longa e estreita península é conectada ao continente por um fino istmo (mais uma balsa de Bodrum), o que tem sido suficiente para afastar a maioria dos visitantes.

Güven Çetinkaya é o chef e coproprietário do hotel Ultava Houses, que consiste em quatro casas tradicionais de aldeia restauradas, com comodidades como terraço privativo com piscina no telhado (a partir de US$ 170). Ele contou que, ao contrário de áreas mais turísticas, a maioria dos residentes de Datça vive lá há muito tempo. Os códigos de construção rígidos da região afastaram grandes empreendimentos.

Em conjunto com uma orla de restaurantes de pescados, há a Eski Datça, ou a cidade antiga, onde buganvílias se derramam sobre edifícios de pedra. Há restaurantes e cafés suficientes para você começar e terminar seus dias aqui, mas a maioria dos visitantes passa as horas intermediárias explorando praias de seixos escondidas em “büks”, ou “curvas”, que se espalham pelos 320 quilômetros de costa da península (a Enseada Aquarium é uma das que mais se destacam).

O passeio ao longo do interior da península — marcado por carvalhos do Monte Tabor cujo fruto é a bolota, por desfiladeiros profundos e por pomares de amêndoas cercados de muros de pedra — é igualmente espetacular. Ao longo do caminho, há rotas para as aldeias de pescadores transformadas em modestas cidades de praia, restaurantes caseiros situados em jardins exuberantes e, no extremo oeste da península, o antigo sítio arqueológico de Knidos e seu anfiteatro helênico.

Sifnos (Grécia)

Com 18 suítes, o Nos Hotel & Villas é o mais recente na ilha de Sifnos, na Grécia — Foto: Giorgos Kordakis / The New York Times
Com 18 suítes, o Nos Hotel & Villas é o mais recente na ilha de Sifnos, na Grécia — Foto: Giorgos Kordakis / The New York Times

Quase um terço dessa ilha, que faz parte das Cíclades ocidentais, só pode ser alcançado por trilhas, que funcionam como pequenas janelas para sua história lendária. Algumas rotas remontam ao período Neolítico; outras foram abertas pelos mineradores de ouro e de prata que fizeram de Sifnos um dos locais mais ricos da Grécia antiga.

— Atualmente, ainda são usadas pelos moradores locais e também por caminhantes para chegar aos seus campos em socalcos, colinas para permitir a agricultura em terrenos inclinados, e a pequenas capelas — disse Fivos Tsaravopoulos, cofundador da Paths of Greece, cooperativa nacional de caminhadas em trilhas.

Durante quase uma década, o grupo restaurou cuidadosamente cerca de cem quilômetros da rede de trilhas da ilha e organizou várias caminhadas temáticas autoguiadas. Uma delas é uma trilha remota de 14,5 quilômetros que circunda o ponto mais alto de Sifnos, o Monte Profitis Ilias, passando por capelas, terraços e uma reserva natural famosa para a observação de aves.

— É a única maneira de experimentar como é viver nessa ilha, uma das mais intocadas das Cíclades — afirmou Tsaravopoulos, que espera que as trilhas atraiam mais viajantes durante as temporadas intermediárias, quando o clima é bom para caminhadas.

Entre as trilhas, é possível desfrutar refeições duradouras com iguarias de Sifnos, muitas delas cozidas lentamente no forno a lenha de oliveira. Desde que Nicholas Tselementes, considerado o chef mais importante da história da Grécia, se estabeleceu aqui, no início do século XX, a ilha manteve sua reputação culinária.

Pratos típicos de Sifnos, como revithada — ensopado de grão-de-bico assado — e mastelo — cordeiro assado —, podem ser encontrados em todas as tavernas, enquanto novos restaurantes, como o Cantina, são mais criativos — croquetes de bochecha de boi defumada com molho bechamel de berinjela, por exemplo. Para uma estada que compete com a de Mykonos, o Nos Hotel & Villas, com 18 quartos (a partir de US$ 825), a mais nova atração da ilha, é todo em pedra e superfícies de mármore, com iluminação cinematográfica e piscinas no alto da colina.

Folegandros (Grécia)

O hotel de luxo Gundari na ilha de Folegandros, na Grécia — Foto: Mia Dorier / The New York Times
O hotel de luxo Gundari na ilha de Folegandros, na Grécia — Foto: Mia Dorier / The New York Times

Cerca de uma hora de balsa a oeste de Santorini, Folegandros é uma opção mais tranquila para uma refúgio clássico nas ilhas gregas. A ilha pouco desenvolvida não tem aeroporto, suas praias são de difícil acesso e tem poucas atrações turísticas — e esse é o atrativo. Seu hotel mais recente, anunciado como sua primeira propriedade de luxo, se beneficia dessa sensação de isolamento: o Gundari está em uma reserva natural de 32 hectares conhecida por sua população de falcões-da-rainha (a partir de US$ 640).

Ao contrário de outros empreendimentos de luxo nas Cíclades, que muitas vezes despertam a ira entre os locais, o Gundari espera estabelecer uma abordagem diferente por intermédio de seus compromissos de baixo impacto. O hotel tem um sistema próprio de tratamento de águas residuais, e toda a sua cantaria foi feita com rochas escavadas no local. Uma fazenda no local, que emprega práticas agrícolas tradicionais, em breve vai lançar programas extracurriculares.

Cada um dos 27 quartos conta com uma piscina infinita privativa, e o restaurante, dirigido por Lefteris Lazarou — o chef por trás do Varoulko, restaurante de Atenas com estrela do “Guia Michelin” —, vai servir um menu rotativo de pratos simples de frutos do mar, como carpaccio de polvo com creme de grão-de-bico e alho negro. Partindo do hotel, que fica em um penhasco, você pode descer de bicicleta elétrica para praias de areia branca ou de seixos.

A principal cidade portuária de Karavostasis é pouco mais ampla que um vilarejo de pescadores. A segunda maior aldeia, Ano Meria, tem ruínas antigas no topo da colina, fazendas tradicionais e o Ecomuseu, que retrata como era a vida nos lares rurais. Chora, que, na prática, é a capital da ilha, com suas praças brancas características à beira de um penhasco, tem todo o charme das cidades movimentadas das ilhas vizinhas, mas mantém uma comunidade local intacta.

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