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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 27/06/2024 - 07:52

Fraudes bilionárias na Americanas

Operação Disclosure da PF investiga fraudes contábeis de mais de R$20 bilhões na Americanas. Ex-CEO e ex-diretores são alvos.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, uma operação contra ex-diretores da Americanas acusados de fraudes contábeis que superaram R$ 20 bilhões. A Operação Disclosure, em parceira com o Ministério Público Federal, levou cerca de 80 policiais federais para as ruas do Rio de Janeiro. Os agentes cumprem dois mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão.

PF mira ex-executivos das Americanas em ação contra fraude de R$ 25 bi

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De acordo com nota pulicada pela colunista do Globo Malu Gaspar , a operação da PF é baseada nas delações premiadas de ex-executivos da empresa.

Marcelo da Silva Nunes, que foi diretor executivo financeiro, e Flavia Carneiro, diretora de controladoria, tinham participação direta nas fraudes e, depois de fechar o acordo com a PF e o Ministério Público Federal, forneceram cópias de e-mails, mensagens de celular e documentos que comprovariam a fraude.

Quem é alvo da investigação

Praticamente invisível para o público e avesso a entrevistas, ele mantinha distância de investidores e analistas. Ele ficou 30 anos na Americanas, 20 deles na presidência da empresa, mas no ano em que o escândalo eclodiu, mudou-se para a Espanha.

Anna Christina Ramos Saicali

Anna Saicali se encontra no exterior e já é considerada foragida. Fundadora e ex-CEO da AME Digital, carteira digital da Americanas, a ex-diretora da varejista está na empresa desde 1997.

Formada em artes plásticas e em finanças corporativas, atuou nas áreas de recursos humanos e tecnologia, tendo como destaques a estruturação da plataforma tecnológica, a criação da Americanas.com e a implantação do modelo de estrutura organizacional.

Foi responsável pela aquisição do Shoptime em 2005 e pela fusão com o Submarino em 2006, que resultou na criação da B2W Digital. Ficou à frente da B2W como CEO até 2018 e presidente do conselho de administração até 2021. A ex-diretora está afastada de suas funções executivas desde 3 de fevereiro de 2023.

Anna Christina Soteto

Ex-diretora comercial da B2W Digital, segundo seu LinkedIn, cargo que deixou em dezembro de 2021. Fez toda a sua carreira no grupo, tanto na B2W quanto no Submarino e na Lojas Americanas, onde entrou como trainee em 1995.

Carlos Eduardo Padilha

Padilha foi eleito diretor executivo da área financeira da varejista no final de 2017, antes da fusão da Lojas Americanas com a B2W, e ocupou o cargo até meados de 2021. Ele é apresentado como presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) no site da instituição. Mas, segundo um funcionário, o executivo está afastado do cargo há cerca de um mês.

Fabien Picavet

Segundo seu perfil no LinkedIn, Fabien Picavet trabalhou por 16 anos e 11 meses na Americanas, onde entrou como estagiário em 2007. Seu último cargo na empresa foi como Diretor de Serviços Financeiros (Crédito, Seguros e Serviços). Também foi diretor executivo de Relações com Investidores, diretor de Meios de Pagamentos, entre outros cargos.

Fabio Abrate

Na Americanas desde 2003, o executivo passou pelo posto de diretor financeiro e esteve à frente da contabilidade da empresa pelos últimos anos. Abrate é um dos afastados em 3 de fevereiro de 2023.

João Guerra Duarte Neto

Ingressou na Americanas em 1991 como analista de planejamento na área financeira. Em 1995, foi promovido a coordenador financeiro, função na qual permaneceu até 1998 ao se tornar chefe de departamento da área de tecnologia. Era diretor estatutário da Americanas desde 2013.

José Timotheo de Barros

Foi vice-presidente de lojas físicas, logística e tecnologia da Americanas. Com carreira na companhia desde 1996, onde começou como trainee, tinha atribuições relacionadas com relação com fornecedores, lojistas terceirizados, entregadores e gestão de estoque. Barros foi afastado de suas funções executivas 3 de fevereiro de 2023 e comunicou sua renúncia em 1 de maio do mesmo ano.

Marcio Cruz Meirelles:

Ingressou na Americanas em 1994 na área de Operações. Em 1999, assumiu a área de Controle e Prevenção de Perdas, onde atuou até 2002. Em 2003, liderou o projeto de criação da Americanas Express, e inaugurou a primeira loja desse modelo.

Em 2004, assumiu a área financeira como superintendente, onde permaneceu até 2007, ano em que liderou o processo de compra e integração da Blockbuster. Em 2009, assumiu a Diretoria Comercial e Marketing. De 2011 a 2018, atuou como diretor comercial na B2W Digital.

Foi CEO da B2W até 2021, quando ocorreu a fusão com a Americanas. A partir de 2021, assumiu o cargo de CEO da Plataforma Digital da empresa. Cruz também foi afastado em 3 de fevereiro.

Murilo dos Santos Correa

Formado em comércio, ele atua como diretor financeiro e de relações com investidores, segundo o sei Linkedin, e é membro do Conselho Executivo da Lojas Americanas SA. Também ocupou o cargo de diretor de Relações com Investidores da B2W.

Raoni Lapagesse Franco

Trabalhou por 14 anos na B2W. Chegou a ser diretor de Marketplace e seu último cargo foi como diretor de Relações com Investidores, que ocupou até junho de 2022. É sócio de duas empresas, de marketplace e de consultoria, além de investidor anjo, de acordo com seu LinkedIn. Ele entrou no grupo em março de 2008.

Ainda estão na mira de investigações:

  • Jean Pierre Ferreira
  • Luiz Augusto Henriques
  • Maria Christina do Nascimento

Veja o que dizem os acusados

A defesa de Miguel Gutierrez disse em nota que não teve acesso aos autos das medidas cautelares deferidas nesta quinta-feira e por isso não vai comentar. "Miguel reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios", imformou em nota.

Procurada, Anna Christina Ramos Saicali, ainda não se pronunciou.

A defesa de José Timotheo de Barros disse que a operação de busca e apreensão da PF em sua residência é "desnecessária". "Desde o início das apurações, documentos, informações econômicas e dados telemáticos foram colocados à disposição para a apuração do caso", diz a nota, assinada pelo advogado Antonio Sérgio Pitombo, do Moraes Pitombo Advogados.

"De toda forma, o fato de hoje (a operação da PF) é importante para que seja concedido pela Justiça o reiterado pedido de acesso às delações premiadas".

Os demais acusados estão sendo procurado pelo GLOBO.

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