Caso 'Tio Paulo' : Justiça marca para setembro audiência sobre caso de mulher que levou idoso morto ao banco para sacar empréstimo

Crime aconteceu em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Audiência contará com testemunhas de defesa e acusação


Paulo Roberto Braga e Érika de Souza Vieira Nunes enquanto ele esteve internado com pneumonia Reprodução

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GERADO EM: 26/06/2024 - 16:45

Mulher julgada por levar tio morto ao banco

Mulher é julgada por levar tio morto a banco para sacar empréstimo. Audiência marcada em Bangu, Rio de Janeiro, com acusações de estelionato e vilipêndio de cadáver. Defesa alega problemas de saúde mental e cuidados com filha deficiente.

A 2ª Vara Criminal de Bangu marcou para o próximo dia 19 de setembro, às 11h, a audiência de instrução da dona de casa Érika Viera de Souza Nunes, de 42 anos. Mãe de seis filhos e suspeita de ter levado o tio morto a uma agência bancária para tentar sacar um empréstimo, ela foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por crimes Vilipêndio de cadáver e estelionato. Segundo a advogada Ana Carla de Souza Correa, que defende Érika, durante a audiência deverão ser ouvidas testemunhas de defesa e de acusação.

A sentença do caso só deverá ser publicada após um rito que inclui ainda a apresentação das alegações finais da defesa e da acusação. No dia 16 de abril último, a dona de casa levou seu tio Paulo Roberto Braga, de 68, a uma agência bancária, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. No local, a mulher estaria o auxiliando a assinar o documento que permitiria o saque de R$ 17 mil por um empréstimo. Só que a situação do idoso, que estava numa cadeira de rodas, sem esboçar qualquer reação e com a cabeça pendendo para trás e para os lados, causou estranheza nos funcionários, que começaram filmar a ação.

Mulher leva cadáver ao banco para tentar sacar empréstimo de R$ 17 mil

O vídeo, com a mulher pedindo que o tio assinasse os papéis para autorizar a retirada do dinheiro, viralizou nas redes sociais. Ao ser atendido por uma equipe do Samu no local, acionada pelos trabalhadores da agência, foi constatado que o homem estava morto.

Érika foi presa em flagrante por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude. Em maio ela foi solta por decisão da Justiça. Na decisão, a juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, atendeu a um pedido da defesa de Érika . Os advogados dela alegaram que Érika é ré primária, tem endereço fixo, além de ter a saúde mental debilitada.

A defesa também mencionou no pedido aceito pela Justiça, que Érika tem uma filha menor de idade com deficiência que requer seus cuidados em casa.

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