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Por O Globo e agências internacionais — Oklahoma

RESUMO

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GERADO EM: 28/06/2024 - 14:20

Ensino da Bíblia em Escolas Públicas: Polêmica sobre Separação Igreja-Estado

Oklahoma ordena ensino da Bíblia em escolas públicas, causando polêmica sobre separação entre igreja e Estado. Superintendente exige uso do livro como referência cultural, gerando críticas e debate sobre liberdade religiosa e educação.

O principal oficial de educação de Oklahoma, nos Estados Unidos, ordenou nesta quinta-feira que escolas públicas ensinem a Bíblia nas aulas – o mais recente esforço dos conservadores para introduzir a religião nas salas de aula. A ordem atraiu condenação imediata de grupos de direitos civis e defensores da separação entre igreja e Estado. Alguns chegaram a chamar a medida de “abuso de poder” e inconstitucional.

Segundo a Associated Press, a ordem enviada aos distritos de todo o estado pelo superintendente republicano Ryan Walters afirma que a adesão ao mandato é obrigatória, e que “o cumprimento imediato e rigoroso” da norma é esperado. Em comunicado, ele afirmou que “a Bíblia é uma referência histórica e cultural indispensável” e que, sem o conhecimento básico dela, “os alunos de Oklahoma não conseguem contextualizar adequadamente a fundação de nossa nação”.

— Cada professor, cada sala de aula no estado, terá uma Bíblia na sala de aula e ensinará a partir da Bíblia — disse Ryan Walters numa entrevista coletiva nesta quinta-feira.

A lei de Oklahoma permite explicitamente a presença de Bíblias nas salas de aula, além da utilização do livro por professores para o ensino. No entanto, publicou a AP, não está claro se Walters tem autoridade para exigir que as escolas a utilizem. A lei estadual determina que os distritos escolares individuais têm a autoridade exclusiva para decidir sobre instruções, currículos, materiais institucionais e livros didáticos.

O anúncio do superintendente ocorre uma semana depois de o governador republicano do estado sulista da Louisiana assinar uma medida que exige que os Dez Mandamentos sejam exibidos em todas as salas de aula das escolas públicas. A medida enfrenta um desafio legal, já que a Primeira Emenda da Constituição americana proíbe a definição ou preferência de uma religião nacional em detrimento de outra.

Ainda que a separação entre igreja e Estado seja um princípio fundador do país, Walters comentou, na semana passada, que esperava poder replicar a medida da Louisiana em seu estado. Á Fox News, ele disse que é preciso “trazer Deus de volta para a escola e não permitir que a esquerda radical transforme esses espaços em centros ateístas que falam sobre nosso país sem qualquer tipo de influência de sua fé”.

Seus comentários foram aclamados pelo ex-presidente e atual aspirante à Casa Branca, Donald Trump, que conta com o apoio dos evangélicos cristãos para recuperar o Salão Oval do democrata Joe Biden em novembro. Em sua rede social, Trump escreveu: “Ótimo trabalho do superintendente estadual de Oklahoma, Ryan Walters, na Fox News. Forte, decisivo e conhece bem seu ‘assunto’. Eu amo Oklahoma!”.

Ex-professor de escola pública que foi eleito em 2022, Walters concorreu com uma plataforma de combate à “ideologia woke” (termo em geral traduzido como “politicamente correto”). Ele entrou em confronto com líderes de ambos os partidos por seu foco em questões de “guerra cultural”, incluindo a defesa do banimento de livros considerados de "esquerda radical" e a restrição do direito de pessoas trans.

Em nota, Rachel Laser, presidente e CEO da Americanos Unidos pela Separação da Igreja e Estado, disse que “escolas públicas não são escolas dominicais”. “Isso é o nacionalismo cristão por definição: Walters está abusando do poder de seu cargo público para impor suas crenças religiosas aos filhos de outras pessoas. Não sob nossa vigilância”. (Com AFP)

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