Veja o passo a passo montado pela polícia do que aconteceu em prédio onde morava empresário morto no Rio

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Às 17h04, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, e a namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, entram num dos elevadores do prédio onde moravam, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio, para ir ao apartamento no mono andar onde moravam. Ela carrega duas garrafas de cerveja e ele, um prato onde estaria um brigadeirão que conteria 50 comprimidos de um forte analgésico moídos — a polícia acredita que a ingestão do doce por ter levado Luiz Marcelo à morte.

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O casal conversa e parece feliz. Júlia entrega ao empresário uma das garrafas de cerveja. Os dois se beijam. Uma mulher entra no elevador e parece interagir com o casal, que sai logo depois.

Naquele mesmo dia, às 17h21 e 17h23, Luiz Marcelo entra no elevador, desce e depois sobe de volta para o apartamento. Às 17h46, o empresário e Júlia são novamente vistos no elevador, subindo para o apartamento. Ela entra carregando um prato aparentemente vazio. Ele a segue, parecendo um pouco tonto. Ao estender a mão para a porta externa, prende os dedos na porta interna. A namorada o ajuda a se soltar.

Luiz Marcelo se encosta no espelho. Uma mulher entra no elevador e salta pouco depois. O empresário começa ter acessos de tosse. De acordo com a polícia, ele não foi mais visto vivo no prédio depois desse registro.

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Às 11h29, Júlia é filmada chegando na garagem com uma mochila nas costas e carregando uma sacola. Ela para ao lado do carro de Luiz Marcelo, um Honda CRV. Abre uma das portas e coloca a mochila no veículo. Às 11h52, ela aparece com uma caixa, que encosta numa pilastra. Em seguida, abre a mala do carro e coloca a caixa nela, fechando-a em seguida. Às 11h57, Júlia liga o carro e começa a manobrar. Ela bate na pilastra e vai pedir ajuda aos porteiros.

De acordo com as investigações, o carro foi dado a Suyany Breschak, que se apresenta como cigana e "conselheira espiritual" de Júlia para amortizar uma dívida que seria na casa dos R$ 600 mil. Suyany está presa sob a acusação de ser cúmplice de Júlia. Ela repassou o carro para Victor Ernesto de Souza Chaffin, que acabou preso por receptação na última sexta-feira. Segundo informações da Polícia Civil, com o suspeito também estavam dois laptops e o telefone do empresário.

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Às 10h40, Júlia desce de elevador para malhar. Quatorze minutos depois uma câmera registra a presença dela na academia do prédio.

Meio-dia e 24, Júlia entra no elevador com dois celulares — para a polícia, um deles era o aparelho de Luiz Marcelo, por quem ela teria se passado para não levantar suspeitas. Ela pega um envelope na portaria e volta para o mesmo elevador. Em seguida, ela abre o envelope onde, de acordo com as investigações, estava um cartão de uma conta conjunta que Luiz Marcelo havia feito com a namorada.

Às 13h17, uma câmera registra o momento em que Júlia deixa o edifício, com uma mochila na costas, uma mala de rodinha e uma bolsa pendurada num braço. Ela mexe bastante no celular e se senta num banco. Às 13h19, uma mulher sai do prédio e passa por Júlia. Às 13h20, uma mulher entra no edifício e, logo depois, a suspeita vai embora.