De 2014 até esta terça-feira, a Operação Lei Seca realizou quase 4,2 milhões de abordagens, em que 303.030 motoristas testaram positivo no exame de alcoolemia. O que corresponde a uma taxa de 7,2% das pessoas abordadas dirigindo após ingerir álcool. Os números fazem parte de um levantamento de dados feito pelo governo do estado do Rio de Janeiro sobre os últimos dez anos da operação.
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Segundo o deputado federal Hugo Leal, autor da Lei Seca, o aumento de registros feitos "indica a necessidade de se acompanhar estatisticamente os resultados da operação".
— Em 2018, tínhamos alcançado uma taxa de 4% de motoristas flagrados dirigindo após ingerir bebida alcoólica. Esse número pulou para 13% em 2021 e atualmente está em 12,5%. Estamos há quatro anos com uma taxa de dois dígitos, sendo que antes vínhamos de sete anos abaixo de 6,5%. Isso mostra a importância de levantamentos como esse, evidenciando a necessidade de um aumento na fiscalização e também de campanhas de conscientização por parte do poder público — afirma o parlamentar.
Segundo André Moura, secretário de Estado do Governo, faz parte dos planos estaduais o aumento de fiscalização para os próximos anos. Incluindo o uso de drones para auxiliar na operação.
— Com o avanço da tecnologia e a utilização indevida de aplicativos para difundir os pontos de fiscalização, várias medidas estão sendo adotadas pela Lei Seca para evitar que os motoristas burlem a operação e sigam dirigindo, mesmo sob o efeito do álcool, e colocando em risco a vida da população. Uma delas é a contratação de nove drones para auxiliar os agentes da Lei Seca — conta André Moura.
Ainda segundo o secretário, os drones vão auxiliar nos locais de fiscalização onde, pelo estudo estatístico e mapeamento da Lei Seca, “são mais sensíveis a terem pontos de fuga de motoristas”.
Conforme os dados disponibilizados, a média mensal de motoristas flagrados pela Lei Seca no estado do Rio de Janeiro é de 19.751. Sendo dezembro o mês com mais ocorrências, registrando 23.186, e novembro, com 17.267 ocorrências, o que tem menos. Já as cinco cidades com mais ocorrências nos últimos dez anos são, respectivamente: Rio de Janeiro (161,8 mil), Niterói (13,9 mil), São Gonçalo (7,3 mil), Nova Iguaçu (5,1 mil) e São João de Meriti (3,7 mil).
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