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GERADO EM: 21/06/2024 - 07:26

Policial e quadrilha aplicam golpes em idosos na Baixada Fluminense: cinco presos.

Cinco pessoas, incluindo um policial militar, foram presas por aplicarem golpes em idosos na Baixada Fluminense. O grupo enganava as vítimas com promessas de dinheiro do FGTS, obtendo documentos para realizar empréstimos fraudulentos. As vítimas tinham parte do dinheiro sacado pelos criminosos, resultando em prejuízos financeiros. O policial era o líder da organização criminosa e responsável por abrir empresas utilizadas nos golpes. O Ministério Público e a Polícia Civil atuaram na operação de prisão.

Cinco pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira suspeitas de cometerem crime de estelionato contra idosos, na Baixada Fluminense. Entre os presos, está o policial militar Gustavo de Oliveira Piau, do 6º BPM (Tijuca). A operação Pseudônimo acontece em Nilópolis, São João de Meriti e Mesquita. Ao todo foram expedidos cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão contra sete integrantes do grupo. Toda a ação é articulada pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial do Núcleo Nova Iguaçu, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, e pela 52ª Delegacia de Polícia (Nova Iguaçu), com apoio da Polícia Militar.

Segundo a denúncia, o grupo, comandado pelo policial militar Gustavo de Oliveira Piau, aplicou o golpe do “empréstimo consignado” em pelo menos 17 pessoas, a maioria idosas. No decorrer de um ano, a quadrilha faturou cerca de R$ 640 mil com escritórios falsos nos municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis.

O golpe consistia em ligar para idosos afirmando que eles teriam direito a um “resíduo de FGTS”, “14 º salário” ou que haveria uma “compra de dívida”. Atraídos pela informação, as vítimas concordavam com um encontro presencial, agendado em uma das salas comerciais alugadas pela quadrilha. Os locais funcionavam como um escritório de advocacia, onde alguns integrantes se identificavam como advogados.

Neles, os suspeitos convenciam os idosos a fornecerem fotos e cópias de seus documentos, afirmando que precisavam dos materiais para retirar o dinheiro disponível. Com os dados em mãos, os criminosos contratavam empréstimos em nome das vítimas.

Quando o valor do empréstimo caia na conta dos idosos, os suspeitos os levavam até uma agência bancária, explicando que a ida era necessária para o recebimento da quantia. Nos bancos, a vítima inseria senha ou biometria no caixa eletrônico, e os suspeitos sacavam ou transferiam o dinheiro para as próprias contas, deixando apenas uma pequena parte com ela.

O golpe só era percebido quando os idosos notavam valor menor nas pensões ou aposentadorias, consequência do desconto das parcelas de empréstimo. Segundo o MPRJ, uma das vítimas perdeu cerca de R$ 20 mil.

Ao Bom Dia Rio, da Rede Globo, o delegado titular da 52ªDP, Gustavo de Mello de Castro, deu mais detalhes sobre o funcionamento da quadrilha. Segundo ele, os suspeitos atraiam a vítima com a informação de que ela tinha direito a uma 14ª parcela do FGTS, que seria um "resíduo" financeiro disponível para saque.

— Após a vítima acreditar nessa história, eles encaminhavam ela para escritórios em diversos locais da Baixada, e lá eles conseguiam tirar fotos da pessoa e de seus documentos. Então, eles conseguiam obter empréstimos fraudulentos que eram depositados na própria conta da vítima. E aí, assim que eles tinham o conhecimento de que o valor tinha caído na conta da vítima, eles a levavam até a agência bancária e lá, mais uma vez, a enganavam. Eles conseguiam a senha e a biometria da pessoa e esse valor do empréstimo era transferido para laranjas ou mesmo sacado naquela agência bancária.

Além de Gustavo de Oliveira Piau, foram denunciados João Vitor Romão de Oliveira Piau, Kate Suelen Lemos de Assis, Cristiane Silva de Brito e Tamires da Silva Pinho, Marcus Vinícius Oliveira de Abreu e Samuel da Cruz Atanazio. A Justiça decretou a prisão dos cinco primeiros.

Atuação do PM na quadrilha

Segundo a denúncia do MPRJ, o policial Gustavo Piau era o "gestor de toda a atividade criminosa desempenhada". Ele era o responsável por abrir as empresas usadas como laranja nos crimes, além de aliciar, treinar e comandar os demais denunciados. O agente também era quem selecionava as vítimas e recebia as fotos e documentos delas.

Além disso, ele era o destinatário da maior parte dos valores arrecadados com os crimes, que eram depositados em suas contas pessoais ou nas das empresas que serviam como laranja.

Ao mesmo telejornal, o promotor Bruno Gangoni enfatizou a participação do policial militar Gustavo Piau no esquema criminoso.

— Ele era o "líder" da organização criminosa. Ele que constituía as empresas laranjas por onde circulava o dinheiro. Infelizmente, um agente público. Foram presos ele, o irmão dele e as três principais pessoas que cooptavam as vítimas, que eram idosas, pessoas frágeis, facilmente enganáveis. O número de idosos, vítimas de estelionato, só aumenta dia a dia. Eu acho que já passou do momento do Ministério da Justiça e da Febraban se unirem para tomar providências para resguardar, fazer um segundo fator de segurança, enfim, adotar medidas para a gente diminuir o número de estelionatos.

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