Marcelo Câmara foi preso em fevereiro durante operação da PF que mirou suspeitos de envolvimento em trama golpista
A Operação Lava-Jato foi uma série de investigações realizadas pela Polícia Federal, considerada como a maior investigação de corrupção da história do país. Mais de mil mandados de busca e apreensão, prisão temporária, prisão preventiva e de condução coercitiva foram cumpridos. O objetivo era apurar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina. A operação teve início em 17 de março de 2014 e conta com 80 fases operacionais autorizadas, muitas delas pelo então juiz Sergio Moro. Mais de cem pessoas foram presas.
O nome da operação deve-se ao uso de um posto de combustíveis para movimentar valores de origem ilícita, investigado na primeira fase da operação, na qual o doleiro Alberto Youssef foi preso.
A Lava-Jato investigou crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução da justiça, operação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida. Foi apontada como uma das causas da crise político-econômica de 2014 no país.
De acordo com investigações e delações premiadas, estavam envolvidos em corrupção membros administrativos da empresa estatal Petrobras, políticos dos maiores partidos do Brasil, incluindo presidentes da República, presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, além de governadores de estados, juizes, desembargadores e empresários de grandes empresas brasileiras.
A Operação também foi marcada por muitos erros e execessos de juízes e desembargadores.