Série é uma coisa e novela é outra, mas honestamente... Uma é melhor. No tempo que eu levaria para assistir a uma novela brasileira, eu conseguiria aproveitar 20 doramas ou mais (provavelmente mais). E não é porque sinto que o audiovisual de outros países é melhor — jamais entraria para a indústria se tivesse esse espírito de vira-lata —, mas simplesmente parece valer mais a pena. Pessoalmente, eu sinto que a nossa dramaturgia deveria focar muito mais em minisséries com histórias fechadas e temas diversos. Nós somos capazes, e, curiosamente, foi o TikTok que provou isso. Na pandemia, séries brasileiras como Hilda Furacão e A Presença de Anita estouraram na gringa (mais precisamente na Rússia). Se você procurar, vai encontrar centenas de edits com essas duas produções. Escolhi comparar com os doramas porque eles são impressionantes. Sim, o choque cultural é mesmo um atrativo, mas também é muito divertido: existem doramas sobre autismo, veterinária, vingança, demônios, casamento, culinária e tudo mais que se pode imaginar. No tempo que eu levaria para acompanhar mais uma história que todo mundo aqui está cansado de ver, ou até mesmo os vícios preconceituosos que o principal canal de televisão do país insiste em repetir (agora deram para fazer novelas sobre o Nordeste, onde tudo parece ser a mesma coisa, como se não fossem 9 estados distintos)... Sim, existem novelas brasileiras que são icônicas e que nunca vão sair do imaginário popular. Uma que eu sempre me lembro (e que a Globo fez questão de reprisar umas 3 ou 4 vezes) é Chocolate com Pimenta: "Na década de 20, uma menina pobre e feia engravida de um playboy, sofre bullying e é desprezada, mas se casa com o homem mais rico da cidade e se muda com ele para longe. Anos depois, ela retorna viúva, linda e cheia de fúria, pronta para se vingar." No meio disso, o charme de uma cidade pequena, figurinos de época, romance divertido e, claro, muito chocolate, fazendo a audiência querer lamber a televisão... Isso daria um "Dorama" sensacional! Enfim, o que eu quero dizer é que nós temos histórias maravilhosas para contar, mas talvez elas estejam presas em um tempo e formato errados.
Publicação de Alexandre Santos Aleixo
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Pé de Chinesa: Surto Coletivo ou Oportunidade de Negócio? Uma novela que não existe e nem tem perspectiva de existir, mas que já é mais popular do que as novelas atuais. 🔍Contextualização: Recentemente, uma novela criada por um grupo de pessoas noveleiras (gente como a gente) tem viralizado nas redes sociais (iniciando pelo falecido X/Twitter e se espalhando por TikTok, YouTube e Instagram). A trama imaginária, que foi desenvolvida com a ajuda de inteligência artificial, já conta com trilha sonora, abertura, trechos de cenas, bastidores das gravações, entrevistas do elenco e até patrocinadores. A brincadeira vem ganhando força e diferentes pessoas estão contribuindo para incrementar a história, mais do que fictícia. 💡Oportunidade e Insights: Todo cliente quer se sentir ouvido e representado. Compramos um produto ou cedemos nossa atenção para coisas que nos atraem e com as quais nos identificamos. Não é que o enredo dessa novela seja excepcional, mas as pessoas construíram um senso de comunidade e pertencimento. Já vimos antes a própria Netflix criando esse tipo de movimento com obras como “Bandersnatch”, em que quem está assistindo consegue fazer escolhas pelo personagem principal. 🤝Isso é colocar o cliente no centro, escutar o que ele quer e necessita. Nem sempre é o que você acha que seria o melhor. Por exemplo, é comum obras que ganham Oscar não se popularizarem tanto quanto aqueles filmes farofa que a gente gosta (alô, fãs de Branquelas😂), mas que os críticos têm pavor. Então, qual é o principal insight no caso específico de "Pé de Chinesa"? Estou esperando para ver quem vai ser a primeira emissora a aproveitar essa oportunidade, fazer uma breve adaptação que faça referência a essa obra "Frankenstein" (satisfazendo seu público que tem sede de ser ouvido) e ajudar a promover sua programação atual nesse movimento. E qual é o principal insight, além de "Pé de Chinesa"? 👂Escute seu cliente. Ele sempre vai te dar o caminho para vender mais!
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Por que uma novela fictícia, criada nas redes sociais, foi hype, criou trend e agitou a internet por semanas? Assim foi uma novela fake criada nas redes sociais, com temática asiática, atores brasileiros e uma sinopse cheia de clichês já vistos em obras audiovisuais na TV. Até a suposta autora da novela veio a público declarar que os rumores eram falsos, mas elogiou a criatividade da internet. A novela não era real, mas mostrou a força das redes sociais em engajar em uma história, seja pela originalidade ou identificação com a construção de personagens e arcos fáceis de reconhecer. Mas já há algum tempo que criadores de conteúdo exploram a temática de clichês de novelas, filmes e séries nas redes sociais, criando vídeos criativos com histórias complexas ou apenas paródias. O resultado do trabalho com menor investimento financeiro do que uma grande produção para TV linear aberta, paga ou streaming são milhões de views e plays nas redes sociais, e conforme o estudo da Accenture divulgado na Meio & Mensagem, 58% das pessoas entrevistadas dizem que o conteúdo na internet é tão divertido quanto a mídia tradicional. Dados recentes do relatório de Audiência de Vídeo da Kantar IBOPE Media indicam que, quando é sobre vídeo online, o YouTube e o TikTok são os campeões no tempo de tela, seguidos por outras redes sociais e superam os streamings pagos. A Globo, há 2 anos, já apostava em criadores de conteúdo em projetos audiovisuais de novelas, quando desenvolveu o Novelei para o YouTube Originals. O projeto, composto por 10 episódios, recriou novelas da TV Globo com a participação de diversos criadores de conteúdo e alcançou 21,4 milhões de visualizações no YouTube até hoje. As marcas também encontram uma oportunidade de apoiar os conteúdos, como a TIM Brasil, que recentemente patrocinou a novela online Quisosque 66, do criador Reeh Augusto, e esteve presente de forma orgânica nos 23 episódios disponíveis no TikTok e Instagram. Não coincidentemente, hoje, a Dia Estúdio lança a novela para internet “Blogueirinha, A Feia”, uma obra original, produzida pela Dia, criada e interpretada pela Blogueirinha e vários criadores do casting DiaTV. A obra terá episódios liberados às segundas-feiras após o programa De frente com blogueirinha (DiaTV), promete muitas sátiras com referências de histórias da TV e cinema, espontaneidade de roteiro e humor. No Instagram, o teaser trailer da novela já tem mais de 1,9 milhões de views. 🤳🏻 Assista abaixo o compilado de vídeos de alguns criadores inspirados em novelas, filmes e séries que fazem sucesso na internet. 🔎 Fontes: Accenture: https://lnkd.in/djX8VeBm Kantar IBOPE Media: https://lnkd.in/dJaZdYnC #Novela #YouTube #TikTok #RedesSociais
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Reprise de Alma Gêmea pode ter um final diferente do original. Você não leu errado. Não se trata de um remake, onde tudo pode mudar. Estou falando de uma reprise do Vale a Pena ver de Novo. Mas como seria possível alterar o final de uma obra que já está pronta? Alma Gêmea está colecionando índices de audiência completamente inesperados para uma novela que está sendo reprisada pela segunda vez na TV aberta. Na reta final chegou a bater 21 pontos (com picos de 23), números que atualmente são considerados incríveis até mesmo para uma novela inédita. Os dados mostram a força da trama que conta a história de Rafael (Eduardo Moscovis) e Serena (Priscila Fantin). E o mercado publicitário está de olho nisso! Na exibição original, o casal morre unido após Rafael levar um tiro no peito e Serena sofrer um ataque do coração com a perda do amado. Na sequência o público assiste à cenas do amor dos dois através do tempo em muitas vidas passadas. Por fim, Terê (Davi Lucas/Ângelo Paes Leme) surge em uma passagem de tempo. O ex menino de rua se torna um escritor. Fim. O que pode acontecer atualmente é algo que a Globo já tentou outras vezes. Recriar o final de uma trama já foi alvo da equipe de Merchandising. Digo isso por ter participado de projetos relacionados à essa ideia. Mas o cenário atual é muito mais promissor e apresenta um caminho jamais encontrado pela líder de audiência. A novela fala do amor que supera o tempo, transcende a morte e renasce em outras épocas. A viagem no tempo feita pelos personagens no capítulo final abre uma oportunidade única. Tantas viagens no tempo podem trazer Rafael e Serena para os dias atuais. Um merchan break exibido imediatamente após o capítulo final, pode inserir os personagens em uma ação ligada a qualquer marca. O tempo passou para os atores também. O que traz verdade para o conteúdo. E não para por aí. Se quiser trabalhar com uma dose de humor, a Globo pode explorar apenas um personagem. Imagine Serena ou Rafael em um comercial, declarando amor eterno para alguém que não aparece? Um texto inspirado, cheio de ganchos relacionados à novela. No final, o talento envolvido pega uma Coca Cola e bebe ao som do tema do casal na novela. Só uma viagem mesmo, mas que pode funcionar, não acham? #merchandising #Globo @Globo
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Na última segunda feira, dia 23 de setembro, participei da aula com o tema Telenovelas brasileiras, passado, presente e futuro promovido pelo Projeto Marieta com o palestrante Victor Ramos. Foi uma experiência que me trouxe a memória vários momentos afetivos, familiares; me lembrou os motivos pelos quais comecei a começar a escrever só com o intuito de brincar. E olha o que deu rs. Diversas vezes, percebi um estigma sobre as telenovelas e se elas teriam espaço num futuro próximo, visto que as séries roubaram a cena nos últimos anos. No entanto, falar de novela é falar sobre a construção do imaginário popular brasileiro - e se tem uma coisa que eu gosto é de falar sobre a gente! É repensar como nossos atuais valores morais se transformam ao longo do tempo e como uma história bem contada é capaz de parar um país inteiro. Eu, que amo um melodrama, personagens complexos, núcleos diversos, fiquei feliz demais em aprender sobre um tema que venho estudando há um tempinho. Um exemplo disso, é o livro "A telenovela e o futuro da televisão brasileira" de Rosane Svartman. Agora, é preparar meu projeto de mestrado e se aprofundar num tema que pra mim é apaixonante. Viva as novelas brasileiras.
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Por que não fazemos isso aqui? Depois dos filmes argentinos, chegou a hora de falar de streaming argentino. Quem assistiu as últimas séries “ El Encargado” , “Nada” e “ Terapia Alternativa” deve estar, assim como eu, se perguntando como eles conseguem? Pois é. Essas três séries são pérolas disponíveis no Star+ que me fizeram refletir muito sobre o porquê de não podermos realizar séries cômicas com drama e muito cinismo. Muito cinismo, situações embaraçosas e como somos latinos, melodrama. E eu venho me indagando: onde foi que, no Brasil, abrimos mão desse tipo de conteúdo? Eu tenho me perguntado isso repetidamente já há alguns anos. Não somos capazes? Não acredito. Somos sim, só precisamos mudar as referências e olhar para além dos algoritmos (ou deveríamos analisá-los melhor). Estamos aí com o mercado batendo à porta e pedindo uma só coisa aos comediantes desse nosso Brasil, um só tipo de narrativa, um único formato de comédia que “ funciona”. Porém eu ainda espero que esse mesmo mercado abra o leque para mais conteúdos na li unha do que vêm sendo produzidos pelos nossos hermanos argentinos. Sabemos sim fazer esse tipo de comédia e o público brasileiro se esbaldou com Fleebag, e El Encargado é sucesso também no Brasil. Sim, é possível chegar a níveis de Mariano Cohn e Gaston Duprat (criadores e produtores das séries argentinas citadas), mas os players precisam nos tirar, público e criadores, da caixinha da comédia de costumes. Nada contra esse tipo de comédia, o Brasil têm artistas incríveis nessa toada, mas estamos precisando ampliar o gênero cômico no Brasil, e mais importante, lembrar do que já fizemos. https://lnkd.in/dVicCXR9
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Quem mais aqui demorou entender que Pé de Chinesa não era uma novela de verdade? 😂 A novela totalmente inventada conquistou a internet na última semana, gerando memes e discussões. Verdadeira ou não, uma boa história tem o poder de engajar. Aos poucos a novela ganhou elementos que a fizeram parecer cada vez mais real. Afinal, o formato é tão familiar e querido pelo público que as criações ficaram dignas de uma grande produção. Esse é o resultado da combinação de storytelling, redes sociais, IA e, claro, a criatividade do público brasileiro! 🪭 #SOAP #PédeChinesa #Criatiividade #Storytelling #RedeSociais #Comunicação
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A produção mistura elementos de comédia no ambiente de trabalho, mas com um forte toque de thriller e ficção científica.
“Severance”: saiu o trailer da nova temporada de uma das melhores séries da década
https://www.nit.pt
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É possível criar crossover entre obras de diferentes autores? A TV aberta continua sendo uma opção para quem não pode assinar tantos streamings. Também funciona como uma voz passiva para quem mora sozinho e, vez ou outra, acaba fisgado por um enredo. Nesse panorama, na maior produtora de conteúdo do Brasil, a Globo, temos três novelas diferentes. Durante décadas, nos acostumamos a nos adaptar ao que estava sendo exibido. Quem estuda Storytelling sabe que é preciso criar ganchos para prender a audiência. Os ganchos precisam existir a cada capítulo, a cada bloco e a cada cena. Mas se esse é o segredo para que uma obra segure você, por que não usar o mesmo na programação do canal? Obviamente isso não é tarefa simples. É impossível fazer com que os autores de novelas estejam o tempo todo escrevendo e ao mesmo tempo se preocupando com o que seus colegas do horário vizinho fazem. A partir daí, surge uma ideia: a escolha de um profissional estratégico que cuide justamente de criar conexão entre as obras, desde o planejamento. O diretor de dramaturgia não tem tempo para se ocupar disso, mas alguém abaixo dele sim. E já existem cases muito antigos que demonstram como é possível fazer isso. No final dos anos 1980, os adolescentes paravam a vida para seguir “Barrados no Baile”. A série se tornou uma verdadeira febre, no Brasil e no mundo. Com o passar do tempo, já nos idos de 1992, o produtor da série, Darren Star, percebeu que seu público estava crescendo e, consequentemente, seus interesses estavam mudando. Ele decidiu, então, criar uma nova série: “Melrose Place”. Mas para fisgar a audiência da série original, Darren se valeu de uma técnica que utilizamos até hoje: o crossover. Antes que Melrose fosse lançada, um novo personagem surgiu em “Barrados no Baile”. Kelly Taylor (Jennie Garth) conheceu Jake Hanson (Grant Show). Jake circulou ali por algum tempo, até que a nova série da franquia fosse lançada. Quando “Melrose Place” estreou, Kelly também apareceu lá. O público de Barrados no Baile estava fisgado. Lembrando que a Globo já ensaia isso há muito tempo. Mas de uma forma muito discreta. É comum vermos um personagem que estará na novela seguinte, contracenando com os personagens no último capítulo da antecessora. Mas isso é muito pouco. A ideia não é ver esse personagem só em um capítulo final. Mas, sim levar uma trama adiante. Uma questão relevante que fez sucesso. Isso demanda pesquisa. Um profissional dedicado a trabalhar nessa transição entre obras pode criar a conexão entre os autores desde o momento da criação e aprovação do argumento. É difícil? Sim! Mas é possível. E a TV tem ainda o break, onde tudo é possível, inclusive com a participação de um patrocinador. E existem diversas formas de criar um crossover entre obras. É preciso ter criatividade e disponibilidade para que as novelas conversem entre si. O que não vale é acreditar que o caminho é muito difícil. Difícil é ser criativo. O resto se resolve.
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Whindersson Nunes trouxe à tona uma reflexão importante sobre a forma como o povo nordestino é retratado na televisão brasileira. Em sua recente crítica à novela ainda inédita "No Rancho Fundo", da Globo, o influenciador destacou a persistência dos estereótipos que perpetuam a imagem do nordestino como pobre e sofrido. Em sua mensagem direcionada à alta cúpula da emissora, Whindersson questionou quando o público poderá acompanhar uma novela que retrate os nordestinos de forma mais diversificada, incluindo personagens ricos e bem-sucedidos da região. É importante reconhecer que as novelas têm um papel significativo na construção e perpetuação de arquétipos sociais. Ao longo dos anos, vimos a consolidação de representações que muitas vezes não refletem a diversidade e a riqueza cultural do Brasil. Em roteiro, arquétipo refere-se a padrões ou modelos de personagens, situações ou temas que são recorrentes e universalmente reconhecidos na narrativa e movem ela, contribuindo para a compreensão e identificação do público com a história ou colocando cada personagem na sua caixinha. É aí que mora o "problema". Novelas sempre perpetuaram seus próprios arquétipos que se confundem aos estereótipos. Nestes, geralmente nordestinos são pintados como pessoas sujas de terra e não as que decidem eleição presidencial. Minha referência sobre o povo nordestino é de um povo ligado à família, que adotam amigos a essa família, que ganham sim muito dinheiro mas não ostentam, e usam recursos para ajudar os seus. Mas essa visão é muito particular. Ainda não assistimos a novela e ela pode ser incrível, mas ela é criada e escrita por um sudestino de São Paulo. Isso não é um problema se ele tem um time de roteiristas nordestinos. O lugar de fala importa para a sociedade de hoje. O arquétipo das telenovelas sobre o povo nordestino pobre, com cara sofrida, sujo de terra vai contra os recentes avanços nas telenovelas da Globo a respeito de LGBTs e negros. Whindersson tem um ponto e quem cria histórias precisa estar atento a ele. #Representatividade #Diversidade #Inclusão #TelevisãoBrasileira . https://lnkd.in/dGefG--h
Whindersson Nunes não se conforma com atitude da Globo com novela e detona geral
rd1.com.br
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No meu novo texto para a Vogue Brasil faço uma análise sobre a polêmica suscitada nas redes sociais a respeito da aparência da protagonista da minissérie “Um Dia” o novo sucesso da Netflix A atriz inglesa de origem indiana Ambika Mod tem sido o alvo, principalmente de mulheres, por, segundo elas, não ser “tão bonita”. E afinal quem define beleza? O que é beleza? E por que? O que há por trás desse pensamento? Leia o texto e comente aqui!
Por que Ambika Mod, protagonista de ‘Um Dia’, é vítima de tanto racismo e xenofobia nas redes
vogue.globo.com
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