Publicação de Danúbia Silva

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Ceo Co-Fundadora da Ascensão Negra| Consultora e Palestrante de DEIP e ESG| Mentora de Jornada Profissional, Negócios e Linkedin|Comunicadora| Podcaster| Escritora| CX| SDR| Mediadora de Conflitos| Governança Corporativa

Adentrando o interior do Estado de São Paulo, trago hoje, um pouco da história da cidade de Itu. Passei uma boa parte da infância visitando a cidade, e também por conta de trabalho, fiz alguns parceiros que se tornaram amigos por lá. A arquitetura da cidade e todo seu "jeitinho interiorano de ser", me remete a coisas boas. Saber que os meus também fizeram parte da construção da cidade, é importantíssimo para continuarmos nessa jornada de trazer à tona o protagonismo de pessoas negras, que ao longo da história do Brasil, foram apagadas. Os primeiros habitantes de Itu foram os colonos portugueses, que se dedicaram à construção de uma capela a Nossa Senhora da Candelária. Essa capela é o marco de fundação da cidade, em 2 de fevereiro de 1.610 (hum mil, seiscentos e dez). . Até 1.750 (hum mil, setecentos e cinquenta), a vila de Itu era bem pequena, com apenas uma rua, a rua Direita, conhecida hoje por rua Paula Souza. O período entre 1.836 (hum mil, oitocentos e trinta e seis) e 1.854 (hum mil, oitocentos e cinquenta e quatro) marca grande crescimento de Itu. A exportação do açúcar brasileiro para a Europa lhe garantiu o título de vila mais rica de toda a província. Neste período, em fevereiro de 1.842 (hum mil, oitocentos e quarenta e dois), a vila foi alçada a condição de cidade. Mas cabe questionar: Quem construiu tudo isso? Quem plantou a cana? Quem produziu o açúcar? Os maços de população de Itu no período açucareiro (1780-1840) nos ajudam a responder estas questões. Os números impressionam pela crescente presença de escravizados em Itu, comprovando o protagonismo da população negra na construção da chamada “Cidade do Açúcar”. (vide tabela da fonte II). E, Itu, negros e negras, africanos ou ladinos, cativos ou forros, foram explorados sob o regime da escravidão, mas também produziram seus próprios espaços de sociabilidades. Africanismos foram recriados no contexto da escravidão, construindo instituições urbanas típicas da diáspora africana. Elas também existiram em Itu, produziram e construíram a cidade e, portanto, são também parte de sua história. Com o aumento da produção cafeeira, os fazendeiros buscaram, na Europa, a vinda de imigrantes para substituir a mão de obra escrava. O tráfico havia sido proibido em 1.850 (hum mil, oitocentos e cinquenta) e, a escravatura, abolida em 1. 888 (hum mil, oitocentos e oitenta e oito). Com a ajuda do governo republicano, proclamado em 1.889 (hum mil, oitocentos e oitenta e nove) vieram para Itu milhares de imigrantes a maioria italianos. Fonte I: https://lnkd.in/dpTFazz3. Fonte II: https://lnkd.in/da4N4E4B #diversidade #inclusão #equidade

Itu, o Berço da República

Itu, o Berço da República

al.sp.gov.br

Sempre assim: as pessoas negras foram e continuam sendo rechaçadas. Muito obrigada por compartilhar conosco a história verdadeira. As mãos que construíram efetivamente o Brasil eram negras, mas a lembrança é sempre branca. Desconheço uma Rodovia em São Paulo (sou do interior) que traga o nome ou a lembrança de uma pessoa negra.

Samanta Lopes

Especialista em Inclusão Digital e Diversidade Corporativa | Apoio Organizações a Promoverem Ambientes Diversos e Inclusivos por Meio da Tecnologia | Fundadora da Hub e Tech Produções

8 m

Muito legal conhecer esse outro lado da história de Itu Danúbia Silva e saber que sua família tem raízes lá 😍

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