A marca de luxo Hermès está no centro de uma polêmica! Dois clientes na Califórnia, nos EUA, entraram com um processo alegando que não conseguiram comprar uma cobiçada bolsa Birkin, que é inspirada na cantora Jane Birkin, e se tornou um ícone de exclusividade, com preços que variam de US$ 10 mil a mais de US$ 1 milhão. 💰 No processo, os clientes afirmam que a Hermès restringe a venda da bolsa apenas a clientes que gastam muito na loja. Isso significa que, mesmo após desembolsarem "milhares de dólares", foram informados de que precisavam mostrar um apoio financeiro maior para terem acesso à tão desejada Birkin. 🛍️ Essa controvérsia levanta questões importantes sobre práticas de vendas e como tratar nossos clientes. No caso da Hermès, apesar de sua estratégia de criar uma aura de exclusividade em torno da bolsa Birkin, algumas falhas ocorreram em relação ao tratamento dos clientes e ao marketing boca a boca: Exclusividade excessiva: exagero na exclusividade, alienando potenciais clientes e criando uma sensação de elitismo que pode não ser bem recebida pelo público em geral. Desconforto do cliente: em vez de se sentirem valorizados, os clientes podem se sentir coagidos a gastar mais dinheiro do que desejam para alcançar o status de "cliente digno". Resposta negativa: a empresa pode enfrentar repercussões na forma de publicidade negativa e danos à reputação da marca. Perda de confiança: Ao violar as expectativas dos clientes e agir de maneira que pareça injusta ou discriminatória, a Hermès pode ter uma diminuição da lealdade à marca e a uma redução no boca a boca positivo. Essa controvérsia mostra a importância de equilibrar a exclusividade com a transparência, valorizar e respeitar os clientes e gerenciar adequadamente a reputação da marca em tempos de crise. Essas lições podem ser aplicadas a todas as empresas, independentemente do setor ou segmento de mercado. O que você achou dessa polêmica toda? 🤔 https://lnkd.in/d5aDqsdt
Publicação de Julyana Muniz
Publicações mais relevantes
-
A chegada da artista Manu Gavassi como head criativa de moda no Mercado Livre é um movimento notável que exemplifica a assimilação contínua de talentos criativos do mundo do entretenimento nas estratégias de marketing de empresas de varejo. Este movimento demonstra um avanço na compreensão das demandas do consumidor por uma oferta de moda mais diversificada e personalizada. Desenvolver uma estratégia de marketing efetiva, especialmente no setor de moda, requer uma combinação perfeita de criatividade, entendimento do público-alvo e percepção das tendências atuais. A nova parceria entre Manu Gavassi e Mercado Livre é uma prova disso. Compartilhe seus pensamentos e vamos discutir mais sobre essa tendência emergente no setor de varejo. #ManuGavassiCriativa #ModaeTecnologia #VarejoInovador #TendenciasdeModa
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
O poder de um k-drama para o mercado de luxo: Um produto esgotado instantâneamente apesar do alto preço! Já não é novidade que os dramas coreanos (também conhecidos como k-dramas) vem ganhando cada vez mais popularidade pelo mundo através da Netflix. Os patrocinadores de todo tipo de produtos desde balas de café, produtos de beleza, carros, e até mesmo restaurantes de fast food disputam inserções em cada episódio. Atualmente em praticamente todo k-drama encontramos ao menos um personagem rico que pode exibir roupas, bolsas, relógios, perfumes e cosméticos das marcas de luxo mais prestigiadas. Até mesmo quando o personagem tem uma posição humilde, as atrizes como embaixadoras da marca, milagrosamente estão sempre carregando diversos modelos de bolsas de marcas como Dior ou Prada (Estou falando de vocês Bae Suzy e YoonA). No mais recente episódio lançado do atual sucesso da Netflix “Rainha das Lágrimas”, foi apenas necessário que o personagem principal, interpretado por ninguém menos do que o ator mais bem pago da Coreia, Kim Soo-Hyun, desse um par de tênis da marca Roger Vivier para sua esposa de tela para que o modelo desaparecesse de todas as lojas e sites. Esse modelo de tênis custa 1.268 dólares, mais de 6.000 reais, e está sendo chamado na Coreia do Sul pelo nome da atriz protagonista: “tênis da Kim Ji-Won”. Não é a primeira vez que a marca Roger Vivier insere um sapato como uma parte relevante de uma história e isso só prova como essa estratégia deve ter sido bem-sucedida. A Coreia do Sul já é o país com maior gasto per capita em luxo, mas seu alcance se tornou internacional devido a disponibilidade nos sites de streaming e deve ser observada de perto. #mercadodeluxo #coreiadosul #luxurymarket #rogervivier
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Cada vez mais frequentes e por motivos mais diversos, os cancelamentos parecem não ser mais uma sentença de morte artística, pelo menos no mundo da moda. Matéria traduzida do NYT no Globo trouxe vários casos de estilistas e grifes que se recuperaram de cancelamentos por motivos mais diversos. Especialistas ouvidos pela reportagem disseram que o processo de resgate se deve tanto ao fato de haver cancelamentos por motivos superficiais quanto ao fato de que o mundo atual está vivendo crises mais profundas e sérias do que há alguns anos, o que acaba também abrandando relativamente os cancelamentos de anos anteriores. Um tema que com certeza dá pano para manga, mas que parece fazer sentido. A velocidade dos cancelamentos e das redenções (evidenciada na matéria) parece normalizar todo esse processo e acaba por tornar o próprio cancelamento inócuo. https://lnkd.in/dyHVKQfb #reputação
A moda cancelou o cancelamento? Histórias de John Galliano, Dolce & Gabbana e Ye sugerem que sim; entenda
oglobo.globo.com
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
O Pertencimento e o Novo Divisor de Classes No passado, a posse de objetos de luxo era um divisor claro entre as classes sociais. A exclusividade desses itens simbolizava status, poder e pertencimento a uma elite inalcançável. No entanto, o advento das redes sociais e a ascensão de influenciadores digitais e celebridades de reality shows transformaram esse cenário. O fenômeno de "pagamos qualquer coisa que gere engajamento e venda nosso produto" abriu as portas para que uma nova casta de "novos ricos" acessasse esses artigos exclusivos. Contudo, isso gerou reações nas marcas de luxo, que, para preservar sua imagem, criaram mecanismos ainda mais sofisticados de exclusividade, como o "histórico de relacionamento com a marca". O Sistema do "Pertencer" Hoje, não basta ter dinheiro para adquirir produtos de marcas de prestígio; é preciso "fazer parte da casa". Um exemplo é a Hermès, que não vende uma de suas bolsas mais icônicas, a Birkin, para quem não possui um histórico de compras consistente com a marca. Comprar uma Birkin exige tempo, investimento prévio em outros produtos e uma relação construída com a loja. Outro exemplo é a Chanel, que recentemente impôs limites rigorosos sobre quantos itens uma pessoa pode comprar por ano, reforçando o conceito de exclusividade. Este sistema de pertencimento não apenas preserva a aura de exclusividade, mas também exclui aqueles que possuem os meios financeiros, mas não o “perfil” desejado. Assim, mesmo com o acesso financeiro aparentemente democratizado, o luxo encontra maneiras de se manter inalcançável para a maioria. O Ciclo de Aspiração e Exclusão Além disso, o sistema reforça padrões inatingíveis de beleza, estilo de vida e comportamento, que constantemente se renovam. Um exemplo claro é o mercado fitness e de moda. Por décadas, o corpo magro era o padrão de beleza. Quando o público em geral começou a alcançar esse ideal, o padrão mudou para corpos curvilíneos e musculosos, popularizados por celebridades como Kim Kardashian. A moda acompanha esse ciclo: o streetwear, antes associado a subculturas urbanas, tornou-se o auge do luxo quando marcas como Louis Vuitton e Balenciaga incorporaram o estilo em suas coleções. Quando o “povo” finalmente se apropria do estilo, o sistema muda novamente, lançando novos códigos de exclusividade. A Hipocrisia da Igualdade Esse ciclo perpetua uma desigualdade silenciosa, mascarada por discursos de inclusão e igualdade. As marcas de luxo, ao mesmo tempo que pregam valores progressistas, criam barreiras invisíveis para selecionar quem pode realmente pertencer a seu mundo. O que vemos, portanto, é uma hipocrisia institucionalizada: enquanto a sociedade é incentivada a buscar igualdade, as “entidades superiores” do mercado de luxo garantem que essa igualdade nunca seja completamente alcançada.
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
O Pertencimento e o Novo Divisor de Classes No passado, a posse de objetos de luxo era um divisor claro entre as classes sociais. A exclusividade desses itens simbolizava status, poder e pertencimento a uma elite inalcançável. No entanto, o advento das redes sociais e a ascensão de influenciadores digitais e celebridades de reality shows transformaram esse cenário. O fenômeno de "pagamos qualquer coisa que gere engajamento e venda nosso produto" abriu as portas para que uma nova casta de "novos ricos" acessasse esses artigos exclusivos. Contudo, isso gerou reações nas marcas de luxo, que, para preservar sua imagem, criaram mecanismos ainda mais sofisticados de exclusividade, como o "histórico de relacionamento com a marca". O Sistema do "Pertencer" Hoje, não basta ter dinheiro para adquirir produtos de marcas de prestígio; é preciso "fazer parte da casa". Um exemplo é a Hermès, que não vende uma de suas bolsas mais icônicas, a Birkin, para quem não possui um histórico de compras consistente com a marca. Comprar uma Birkin exige tempo, investimento prévio em outros produtos e uma relação construída com a loja. Outro exemplo é a Chanel, que recentemente impôs limites rigorosos sobre quantos itens uma pessoa pode comprar por ano, reforçando o conceito de exclusividade. Este sistema de pertencimento não apenas preserva a aura de exclusividade, mas também exclui aqueles que possuem os meios financeiros, mas não o “perfil” desejado. Assim, mesmo com o acesso financeiro aparentemente democratizado, o luxo encontra maneiras de se manter inalcançável para a maioria. O Ciclo de Aspiração e Exclusão Além disso, o sistema reforça padrões inatingíveis de beleza, estilo de vida e comportamento, que constantemente se renovam. Um exemplo claro é o mercado fitness e de moda. Por décadas, o corpo magro era o padrão de beleza. Quando o público em geral começou a alcançar esse ideal, o padrão mudou para corpos curvilíneos e musculosos, popularizados por celebridades como Kim Kardashian. A moda acompanha esse ciclo: o streetwear, antes associado a subculturas urbanas, tornou-se o auge do luxo quando marcas como Louis Vuitton e Balenciaga incorporaram o estilo em suas coleções. Quando o “povo” finalmente se apropria do estilo, o sistema muda novamente, lançando novos códigos de exclusividade. A Hipocrisia da Igualdade Esse ciclo perpetua uma desigualdade silenciosa, mascarada por discursos de inclusão e igualdade. As marcas de luxo, ao mesmo tempo que pregam valores progressistas, criam barreiras invisíveis para selecionar quem pode realmente pertencer a seu mundo. O que vemos, portanto, é uma hipocrisia institucionalizada: enquanto a sociedade é incentivada a buscar igualdade, as “entidades superiores” do mercado de luxo garantem que essa igualdade nunca seja completamente alcançada.
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Coisa da Boa! Textos objetivos e simples são perfeitos. Vitória terá que revelar seus segredos ou vai ficar a ver navios! ótimo texto de Thais Fabris.
Victoria Secrets, go big or go home. Sim, o ano é 2024 e estamos falando de desfile da Victoria Secrets. Se você é jovem, vou te dar um contexto: é uma marca teve seu auge dos anos 90/00 com desfiles em que modelos esquálidas desfilavam lingeries sexy em asinhas de anjo. Tomou um caldo da quarta onda do feminismo e jamais se recuperou, com as vendas caindo ano a ano desde então. Agora, querendo retomar sua relevância, prometeu um desfile com a diversidade que há anos é cobrada da marca e entregou estética ozempic salpicada com uma ou outra modelo "plus size" de cintura fina. Fez o mínimo e chamou de máximo. Óbvio que não colou e aqui estamos novamente nesse dia da marmota de dizer que é preciso fazer com legitimidade. Levou a expressão americana "go big or go home" (vá grande ou vá pra casa) a um novo nível, fica a lição pras marcas que andam economizando diversidade.
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Victoria Secrets, go big or go home. Sim, o ano é 2024 e estamos falando de desfile da Victoria Secrets. Se você é jovem, vou te dar um contexto: é uma marca teve seu auge dos anos 90/00 com desfiles em que modelos esquálidas desfilavam lingeries sexy em asinhas de anjo. Tomou um caldo da quarta onda do feminismo e jamais se recuperou, com as vendas caindo ano a ano desde então. Agora, querendo retomar sua relevância, prometeu um desfile com a diversidade que há anos é cobrada da marca e entregou estética ozempic salpicada com uma ou outra modelo "plus size" de cintura fina. Fez o mínimo e chamou de máximo. Óbvio que não colou e aqui estamos novamente nesse dia da marmota de dizer que é preciso fazer com legitimidade. Levou a expressão americana "go big or go home" (vá grande ou vá pra casa) a um novo nível, fica a lição pras marcas que andam economizando diversidade.
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Victoria’s Secret fez a lição de casa, mas ainda fede à naftalina Depois do hiato de 6 anos, o Fashion Show da marca de lingerie voltou para a passarela com angels de todas suas eras. Eu, como um bom gay millenial, não vou mentir que achei uma delícia assistir e relembrar quando imitava todas elas no corredor de casa fazendo coraçãozinho no ar. Ao mesmo tempo, me pareceu algo muito datado que não sei se tem fôlego para sobreviver nos novos tempos. Demorou muito, mas a marca finalmente resolveu abraçar outras formas de se mostrar sexy, outros corpos, identidades e deixou um pouco de lado o etarismo. Porém, tudo soa como uma pequena cota de diversidade em um universo de mulheres que estão no auge do padrão de beleza ou pelo menos bem mais próximo dele que os meros mortais. Vale um 10 pelo esforço, por repensar a transmissão, a tacada certeira para atrair novas gerações com o show da Lisa e, de quebra, uma merecida homenagem para Cher. No entanto, agora fica a pergunta: dá pra sair do fundo do poço ainda? O caminho de rebranding será longo para despertar o desejo de consumo que outrora já fez a cabeça de tanta gente. E as modelos até podem ser chamadas de angels, mas não fazem milagre. #VictoriasSecret #Fashion #Moda #Celebridades #Comportamento #Diversidade #Opinião #Entretenimento #VictoriasSecretFashionShow #VSFS
Entre para ver ou adicionar um comentário
-
Uma frase que ouço com frequência é que a música no Brasil já foi melhor. Sempre vem à minha mente um pensamento que não consigo controlar: "Acho que essa pessoa não mora no mesmo país que eu." Tenho sentido o mesmo em relação à moda. A moda nacional está em um momento tão bom, belo e equalizado. Temos visto muitas marcas contemporâneas, usando esse adjetivo não apenas no branding, mas vivendo a contemporaneidade na peça, no meio de produção e no resultado final com cara de Brasil. Exemplos são Reptilia, AZ Marias, Marina Bitu, Dendezeiro e podemos estender sem muito esforço para achar bons nomes. Ainda fico com uma pulga atrás da orelha porque penso que isso acaba sendo algo consumido por uma camada bem pequena e com acesso, mas isso é tema para outro texto. O que eu acredito é que essas novas marcas precisam de fomento daqueles que já estão estabelecidos e, ao mesmo tempo, precisam se renovar: indústrias têxteis, grandes marcas e e-commerces que vendem marcas, como a Shop2gether com um programa de novos talentos e a Focus Têxtil que se une a novos designers para a realização de desfiles. Mas sinto que há muito mais gente no mercado que pode estar envolvida nesse tipo de iniciativa. Até porque, não se trata de ajuda e sim de fomento do mercado. Sua empresa é uma delas? Fotos da colagem: última edição do SPFW
Entre para ver ou adicionar um comentário
Designer | Identidade visual | Estrategista de marcas
9 mConcordo muito com o fato da exclusividade exagerada... essa bolsa é uma das que mais aparece em séries e filmes dos anos 2000 e sempre é posicionada como um item exclusivo, mas não impossível e sim como se você fizesse parte de uma comunidade exclusiva. Muito triste ver uma marca tomar esse rumo com os clientes