Publicação de Priscila Moreira

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Jornalista | Estratégias de PR | Redação Criativa | Mãe da Flora

Ser mãe é, de fato, uma experiência transformadora – repleta de amor, alegria e superação. Mas, para muitas mulheres, a maternidade também revela barreiras estruturais no mercado de trabalho. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2019), 50% das mulheres são desligadas ou deixam seus empregos até dois anos após retornarem da licença-maternidade. Essa estatística fria reflete a dura realidade que eu mesma vivi. Quando engravidei, trabalhava como funcionária PJ, com contrato fixo e de exclusividade. Não tive direito à licença-maternidade formal, apenas um acordo com a empresa: dois meses de dispensa remunerada, combinados com mais dois meses de férias vencidas, porém, antes mesmo de retornar às minhas funções, meu contrato foi encerrado, por telefone! A mensagem era clara: a maternidade ainda é vista como um obstáculo, e não como parte natural da vida no ambiente corporativo. 💔 Nos dois primeiros anos da minha filha, enfrentei um mercado que falava sobre inclusão, mas mostrava pouca empatia na prática. Diretores e gerentes, embora propagassem discursos de apoio, ofereciam pouquíssima compreensão para os desafios da primeira infância: febres repentinas e noites em claro, por exemplo. ✨ A partir dessa experiência, fiz uma escolha difícil, mas transformadora: empreender e construir um modelo de trabalho próprio, alinhado às necessidades da minha família e ao meu propósito profissional. Trabalhar por conta própria me deu autonomia e flexibilidade – algo que o mercado corporativo, muitas vezes, ainda não oferece. O Que Falta no Mercado? Mais do que discursos, precisamos de ações concretas. Estudos mostram que mães desenvolvem competências cruciais para o ambiente profissional, como resiliência, organização e capacidade multitarefa (Harvard Business Review, 2021). No entanto, muitas empresas ainda ignoram esse potencial. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2022), apenas 18% das empresas no Brasil oferecem trabalho híbrido ou flexível como política institucional. E a falta de inclusão tem reflexos financeiros: mulheres com filhos ganham, em média, 27% menos que seus colegas homens (Instituto Alziras, 2021). 💡 Se queremos um mercado de trabalho mais justo, é fundamental implementar medidas como: Licenças parentais mais longas e igualitárias; Modelos híbridos ou remotos permanentes; Espaços de acolhimento para crianças no ambiente de trabalho; Lideranças que promovam uma cultura de empatia e inclusão. 🗨️ E você? Já enfrentou desafios parecidos? Compartilha nos comentários 😉 #MaternidadeETrabalho #InclusãoCorporativa #EmpatiaNoMercado #CarreiraDasMães #FlexibilidadeNoTrabalho #TrabalhoHíbrido

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