Publicação de Marcelo Paschoal Pizzut

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Doutorado pela Selinus University of Science and Literature

Steve Jobs e Bill Gates, Branca de Neve e a Bruxa, Adão e Eva e a Serpente, Sir Isaac Newton, Robin Hood e Guilherme Tell têm algo curioso em comum: a presença de uma maçã em suas histórias. Em cada caso, esse fruto carrega um significado profundo, seja como símbolo de conhecimento, tentação, perigo ou transformação. Steve Jobs e Bill Gates são conhecidos por serem pioneiros na tecnologia, e a maçã é associada a eles principalmente por meio da Apple, a empresa cofundada por Jobs. O logotipo da Apple, com a maçã mordida, tornou-se um dos ícones mais reconhecíveis do mundo, simbolizando inovação e uma ruptura com o status quo, uma referência indireta ao conhecimento proibido associado à fruta. No conto de Branca de Neve, a maçã oferecida pela bruxa é envenenada, levando a heroína a um sono profundo que só pode ser quebrado pelo beijo do amor verdadeiro. Aqui, a maçã representa a tentação e o perigo disfarçado, além de ser um símbolo de transgressão – algo aparentemente belo que esconde consequências letais. Adão e Eva, na tradição bíblica, são tentados pela serpente a comer o fruto proibido, geralmente representado por uma maçã, da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Este ato desencadeia a expulsão do paraíso, simbolizando o desejo humano de conhecimento e a consequência de ultrapassar os limites estabelecidos. Sir Isaac Newton é frequentemente associado à maçã por conta da famosa história em que uma fruta teria caído sobre sua cabeça, levando-o a formular a teoria da gravidade. A maçã, nesse contexto, torna-se símbolo de inspiração e descoberta, representando o momento em que o mistério do universo começa a ser desvendado. Robin Hood e Guilherme Tell também compartilham uma conexão com a maçã, embora de formas diferentes. No caso de Guilherme Tell, ele é forçado a demonstrar sua precisão ao atirar em uma maçã colocada sobre a cabeça de seu filho. Aqui, a fruta simboliza tanto o perigo quanto a coragem de enfrentar o impossível. Para Robin Hood, que se rebela contra a opressão e busca justiça, a maçã pode ser associada à natureza e à vida simples das florestas, contrastando com a opulência corrupta dos ricos. Na Psicanálise, a maçã é um símbolo ambivalente, carregando significados ligados ao desejo, à tentação e à culpa. Ela pode ser vista como um objeto de desejo que desperta o impulso de explorar o proibido, muitas vezes associado ao conhecimento ou à sexualidade. A mordida na maçã pode representar o ato de desafiar as proibições impostas pela sociedade, um passo em direção à autodescoberta ou à transgressão. Em muitos casos, a maçã também carrega conotações de prazer e culpa simultâneos, encapsulando o conflito interno entre os desejos inconscientes e as normas morais que os reprimem. Em suma, a maçã é um símbolo universal que aparece em histórias e contextos diversos, sempre carregando significados profundos e complexos, muitas vezes relacionados ao desejo, à tentação e à busca por algo além do comum.

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