Steve Jobs e Bill Gates, Branca de Neve e a Bruxa, Adão e Eva e a Serpente, Sir Isaac Newton, Robin Hood e Guilherme Tell têm algo curioso em comum: a presença de uma maçã em suas histórias. Em cada caso, esse fruto carrega um significado profundo, seja como símbolo de conhecimento, tentação, perigo ou transformação. Steve Jobs e Bill Gates são conhecidos por serem pioneiros na tecnologia, e a maçã é associada a eles principalmente por meio da Apple, a empresa cofundada por Jobs. O logotipo da Apple, com a maçã mordida, tornou-se um dos ícones mais reconhecíveis do mundo, simbolizando inovação e uma ruptura com o status quo, uma referência indireta ao conhecimento proibido associado à fruta. No conto de Branca de Neve, a maçã oferecida pela bruxa é envenenada, levando a heroína a um sono profundo que só pode ser quebrado pelo beijo do amor verdadeiro. Aqui, a maçã representa a tentação e o perigo disfarçado, além de ser um símbolo de transgressão – algo aparentemente belo que esconde consequências letais. Adão e Eva, na tradição bíblica, são tentados pela serpente a comer o fruto proibido, geralmente representado por uma maçã, da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Este ato desencadeia a expulsão do paraíso, simbolizando o desejo humano de conhecimento e a consequência de ultrapassar os limites estabelecidos. Sir Isaac Newton é frequentemente associado à maçã por conta da famosa história em que uma fruta teria caído sobre sua cabeça, levando-o a formular a teoria da gravidade. A maçã, nesse contexto, torna-se símbolo de inspiração e descoberta, representando o momento em que o mistério do universo começa a ser desvendado. Robin Hood e Guilherme Tell também compartilham uma conexão com a maçã, embora de formas diferentes. No caso de Guilherme Tell, ele é forçado a demonstrar sua precisão ao atirar em uma maçã colocada sobre a cabeça de seu filho. Aqui, a fruta simboliza tanto o perigo quanto a coragem de enfrentar o impossível. Para Robin Hood, que se rebela contra a opressão e busca justiça, a maçã pode ser associada à natureza e à vida simples das florestas, contrastando com a opulência corrupta dos ricos. Na Psicanálise, a maçã é um símbolo ambivalente, carregando significados ligados ao desejo, à tentação e à culpa. Ela pode ser vista como um objeto de desejo que desperta o impulso de explorar o proibido, muitas vezes associado ao conhecimento ou à sexualidade. A mordida na maçã pode representar o ato de desafiar as proibições impostas pela sociedade, um passo em direção à autodescoberta ou à transgressão. Em muitos casos, a maçã também carrega conotações de prazer e culpa simultâneos, encapsulando o conflito interno entre os desejos inconscientes e as normas morais que os reprimem. Em suma, a maçã é um símbolo universal que aparece em histórias e contextos diversos, sempre carregando significados profundos e complexos, muitas vezes relacionados ao desejo, à tentação e à busca por algo além do comum.
Publicação de Marcelo Paschoal Pizzut
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A coragem do caranguejo Entre as constelações dos Gêmeos Divinos e o imponente Leão de Neméia, brilha um humilde crustáceo, que recebeu a impossível missão de enfrentar Hércules, o mais poderoso dos heróis míticos! A segunda, das doze tarefas de Hércules, era vencer a infinita Hidra de Lerna, aquele monstro, que a cada cabeça cortada, duas nasciam no lugar. Alguns estudiosos dos mitos, supõem que a Hidra (pasmem) não existiu! 😱 O trabalho real de Hércules teria sido o de aterrar o pântano, cujo verdadeiro veneno era a água contaminada com microorganismos. Segundo estes mesmos estudiosos (que acabaram com minha alegria mítica), os pescoços cortados de onde nascem mais, são os filetes de água contaminada. Cada filete coberto fazia verter outros dois filetes de água. A praticidade da existência acabando com a graça da nossa longa e bela caminhada pela mitologia! 🤔 Deixando de lado a dose de ironia, é claro que a Hidra não existiu! Seria biologicamente impossível uma criatura regenerar rapidamente pescoços e cabeças! O importante é o aprendizado! A Hidra de Lerna, é a representação dos nossos vícios! Se as múltiplas cabeças são crânios ou nascentes de água, é indiferente. O fato é que enquanto não são estancados, tornam inútil o trabalho. Cortar as cabeças e queimar os pescoços consiste em impedir que um vício vire outros. Eu abando o vício do jogo, por exemplo, e em vez de me dedicar à coisa mais elevadas, me entrego à glutonaria e bebedeira! “E o caranguejo?” perguntará alguém. Foi uma distração enviada por Hera, para machucar os pés do herói e quase funcionou, porque aquele bicho pequeno ficou atrapalhando a concentração do guerreiro que, furioso, pisoteou o crustáceo. Moral do mito: tenha a coragem do caranguejo na contra os grandes vícios, estando sempre atento para que as pequenas distrações não sejam motivo de derrota. E como sempre, não deixe de aproveitar o fim de semana com sua família! #mitologianaprática
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Neste dia em que se assiste à restruturação dos círculos de interesses e da passadeira vermelha dos novos atores no filme que se chama Portugal, não poderia passar a ocasião solene sem deixar as maiores felicidades. Um lembrete sobre e para memória futura. Boa sorte, vão precisar. O Bolor. Maio 04, 2012 fernando_regio Nos olhos da brutalidade onde a privação se torna campanha e sistema, o chão é o calvário mais sarcástico e o verdadeiro insulto a dormência célebre e mentecapta, onde se esvazia o conceito supremo. As bestas somos todos nós, a bater em telhados de vidro por migalhas. Ao ritmo do animal decrescente, os números tornam-se ruídos ideológicos e nascem sós, alucinados e dependentes. São as manchas do prazer alheio com cheiro de excremento altivo onde o ridículo da multidão se torna élite. Dissolvem-se como pó dos longínquos momentos as contra-reformas. Da torneira corre sangue e desdém. Do corpo desce suor e desespero. O espectro nauseabundo que planou os estados em tempos idos e que ainda se evidencia em nações subdesenvolvidas, onde o castelo vive farto, e os aldeões se amontuam ao fim do dia quando se abrem as comportas do lixo para recolherem os restos de comida, abre as asas no topo das cidades ocidentais, mais uma vez soberano. Quando se olha para o topo dessa verdadeira pirâmide deve-se entender que nas catacumbas estão os corpos mumificados do deus e dos seus servos mais próximos, mas no topo está a luz dourada que demonstra não haver falta de ouro no império. O jogo é definhar na subida. A historia não deixa nunca de se revelar com um latente sentido de ironia ao longo dos tempos, o que se pensa estar aprendido, extinto, dissecado, acaba sempre por surgir com feições diferentes mas metodologia e colectivização praticamente igual.
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Em um mundo pós-Guerra, de descobertas, surgimento de novas espécies e conflitos, Max Oliver, um jovem tímido e pobre de 16 anos, sonha em ser um herói como seu falecido pai. Sua vida toma um rumo inesperado ao tornar-se hospedeiro de uma arma metamórfica única, capaz de se transformar em todas as formas de vida da terra e até de outros planetas. Ao descobrir a responsabilidade de ser um herói, Max enfrenta diversos inimigos, incluindo o mal supremo Táramos, que busca o conhecimento proibido do Megatriz (Matriz da Criação) para iniciar a “Ascensão das Trevas”. Numa era impulsionada pela violência e escuridão, Max se vê diante de uma ameaça de vida ou morte, desencadeando uma jornada épica para salvar não apenas a si mesmo, mas todo o universo. ⭐️ Disponível em breve ⭐️
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Os ventos mudaram. Até aquele dia, à exceção de Mardoqueu, todos os servos de Assuero se inclinavam e se prostravam diante de Hamã. Mas talvez ele não fosse tão querido assim na corte. Bastou uma oportunidade para um dos oficiais do rei ter a iniciativa de sugerir sua execução, informando Assuero da forca preparada por Hamã para Mardoqueu. Em ambientes de poder às vezes impera um certo de sistema de conveniência. Muda-se de lado com muita facilidade. Talvez Harbona até tenha feito parte do grupo de servos do rei que denunciou Mardoqueu para Hamã (Et 3.3,4). Agora, soube ser bem perspicaz para sugerir a forca para seu ex-superior. Ele não apenas informou ao rei que havia uma forca preparada por Hamã para Mardoqueu, mas foi sutil ao dizer: aquele que “falara para bem do rei” (Et 7.9). A insinuação foi explícita e o rei logo acatou. Sistema de Conveniência: A sua observação sobre a prevalência de um "sistema de conveniência" na corte de Assuero é fundamental para entender as ações dos personagens. A lealdade é frequentemente condicionada aos interesses imediatos e à busca por favor. A Figura de Harbona: A mudança de postura de Harbona é exemplar. Inicialmente, ele pode ter sido um aliado de Hamã, mas diante da oportunidade de se aproximar do rei e de prejudicar seu antigo superior, ele não hesitou em agir. A Importância das Palavras: A sua análise da frase "aquele que falara para bem do rei" é perspicaz. Harbona utiliza uma linguagem sutil para implicar que Mardoqueu era uma ameaça ao rei, instigando assim a ira de Assuero. O Papel do Medo: O medo da ira real e da perda de privilégios pode ter sido um fator determinante para a mudança de lado de Harbona e de outros servos. A Ironia da Situação: A história de Hamã serve como um lembrete de que aqueles que perseguem outros podem se tornar vítimas de suas próprias ações. A Importância da Providência Divina: Embora a narrativa se concentre nas ações humanas, a história de Ester também sugere a intervenção divina em favor do povo judeu.
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Uma metáfora sobre a luta diária contra a pressão e intimidação. Em meio à batalha da vida diária, enfrentamos forças invisíveis, mas igualmente poderosas: a intimidação e a pressão. Essa luta incessante pode ser comparada à escultura de Hércules lutando contra Achelous como serpente. Hércules, símbolo máximo da resistência e força, representa todos nós que, em meio às disputas profissionais, nos deparamos com desafios sinuosos e traiçoeiros como Achelous, transformado em serpente. A figura mítica de Achelous, com seu corpo flexível e venenoso, ilustra bem as pressões que muitas vezes se movem nas sombras, adaptando-se e encontrando brechas para desestabilizar o espírito. Assim como Hércules, é preciso firmeza para enfrentar esses embates diários. A metáfora se desdobra ao observar que, na escultura, Hércules não apenas combate a serpente com força bruta, mas com uma estratégia consciente. No ambiente de trabalho, lidar com intimidações exige mais que resistência física ou um mero confronto aberto; requer astúcia, a capacidade de manter o controle emocional e responder com inteligência. A serpente de Achelous representa não apenas as pressões externas, mas também as internas: o medo do fracasso, a autoexigência e a dúvida. Cada dia, tal qual o herói mitológico, nós lutamos contra esses inimigos com a esperança de superar as ameaças, prevalecendo sem ceder às imposições que tentam nos sufocar. Vencer Achelous é, portanto, um triunfo que demanda mais do que força; exige coragem para manter nossa essência e resiliência para que, mesmo em meio à batalha, possamos preservar nosso equilíbrio e dignidade. A luta de Hércules não é só um confronto com um ser externo, mas um símbolo da vitória sobre as próprias fraquezas que as intimidações exacerbam. Enfrentar esse tipo de serpente no cotidiano é entender que a vitória não se mede apenas pelo fim do conflito, mas pela capacidade de, ao erguer a cabeça e recuperar o fôlego, reconhecer o poder que reside em enfrentar o desafio e, dia após dia, prevalecer. (Imagem: Hércules lutando contra Achelous como serpente - François Joseph Bosio. Esta versão em bronze foi lançada por Auguste-Jean-Marie Carbonneaux em 1824, exibida como parte da exposição "A Arte do Jardim das Tulherias do Louvre" no Museu de Arte de Portland).
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O episódio 4 (Quem observa os observadores?) da Temporada 3 da série Jornada nas Estrelas - A Nova Geração (Star Trek - The Next Generation) trata da criação dos Deuses a quem nós nos submetemos através das religiões desde a época dos Sapiens. Neste episódio, o Capitão Jean-Luc Picard é confundido com Deus por uma população de mintakianos, de um planeta chamado Mintaka III, que estava sendo observada por uma equipe camuflada de antropólogos da Federação. Por um defeito no reator de camuflagem no laboratório dos observadores, a Enterprise é chamada para consertar o dano, mas por um acidente, um mintakiano é ferido quando observava o laboratório descamuflado, e sua filha é capaz de assistir as proezas tecnológicas dos equipamentos da federação (teletransporte para traze-lo a bordo da nave Enterprise e cuidar de seu ferimento) e, por outro erro, o mintakiano ferido na nave visualiza o Capitão Picard. A partir de então o mintakiano, devolvido a seu povo, passa a considerá-lo um Deus com poderes acima do compreensível de sua espécie, alegando que Picard (o DEUS) teria curado de seus ferimentos "milagrosamente". Esta experiência real do mintakiano (com a tecnologia da Federação e não com poderes superiores de Deuses) sugere conexões com as estórias imaginadas (assim contadas nos livros do historiador israelense Yuval Noah Harari) das gerações anteriores dos mintakianos pela existência de guardiões. Surge então um Deus, o capitão Picard e, por decorrência disto, uma nova religião que passa a adivinhar as vontades do Deus Picard com uma avassaladora lista de consequências semelhantes as que assistimos na humanidade. Muito interessante este episódio, que remete a uma reflexão importante sobre o divino e sobre a nossa ignorância diante do inexplicável (para nosso atual estágio de conhecimento dos fenômenos). Deus, a quem atribuo como executor do que AINDA desconheço como fazer, teve como primeiro substituto a primeira profissão a que se conhece: o AGRICULTOR. Antes do agricultor, era atribuição divina o reflorestamento da natureza.
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Somos um povo em festa, um povo que faz de sua euforia a condição final do seu projeto de ser. Que não é um projeto: já nascemos prontos. Ao contrário de Minerva, que já nasceu armada, surgimos justamente desarmados da cabeça aos pés. Nosso primeiro postulado filosófico seria o seguinte: as coisas não estão aqui para serem pensadas; as coisas parecem não se encaminhar a nenhum destino: estão como existência apenas no hoje, num hoje pronto e acabado que é em si mesmo o seu próprio futuro. No futebol, no samba e no carnaval, já temos a senha dialética dos três estágios que não lograram sequer ser atingidos pelo nosso esforço, pois nos foram dados simultânea e instantaneamente sem nenhuma necessidade de síntese, sem nenhum percalço lógico ou metafísico. A nossa metafísica se deixa expressar pelo mais simples dos axiomas: na prática, a teoria é outra. O que significa dizer: não fomos feitos para as teorias. Contamos com uma prática, e, antes mesmo de se constituir numa improvisação nossa, já nasceu um dom que dispensou a conquista. Sambamos, jogamos e brincamos carnaval, logo, existimos. Bernardo Souto
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O Engano do Cavalo de Troia: Lições Estoicas para o Mundo Moderno Ao assistir novamente o filme Troia (2004), me veio à mente uma lição poderosa... O Cavalo de Troia, símbolo de astúcia e engano, nos ensina que muitas vezes os maiores erros vêm disfarçados de presentes. Os troianos, confiantes, aceitaram o que parecia ser um gesto amigável, mas que escondia a destruição iminente. Nos dias de hoje, com a facilidade da informação e distrações constantes, (gandaias, curtições,"amizades que apenas te convidam para curtir a vida", frequentemente caímos em falsas promessas, ignorando as consequências reais. A filosofia estoica nos ensina a importância de examinar nossas escolhas com discernimento. Em vez de sermos guiados pela emoção ou pelo imediatismo, devemos seguir os princípios da razão e da vigilância constante. Só assim, como os estoicos nos alertam, evitamos ser pegos pelo "cavalo de Troia" moderno — seja em promessas vazias ou ilusões passageiras. A verdadeira sabedoria está em saber discernir o que é genuíno e o que é apenas uma fachada.
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Bom dia🌞 Neste dia do trabalhador, vamos falar de um mito conhecido por seus trabalhos? Hércules, o herói mitológico famoso por seus 12 trabalhos árduos e força descomunal. Mas poucos se aprofundam em sua personalidade complexa, marcada por ingenuidade e impulsividade. A mitologia vai além do mero entretenimento: seus simbolismos oferecem valiosos ensinamentos sobre a vida, mas deixemos isso para um episódio de Podcast. Boa leitura 😉 Diego Ulacco *O 7º trabalho - O touro de Creta* No sétimo trabalho de Hércules, ele foi a Creta, onde um monstro aterrorizava o povo: o Touro Branco, amaldiçoado por Poseidon (O cruzamento dele com a rainha gerou o minotauro) Com chifres afiados e fúria incontrolável, ele era a personificação da força bruta descontrolada. Mas eis que surge Hércules e no encontro deles, um rugido estrondoso ecoou pelo vale quando Hércules saltou sobre o touro, agarrando seus chifres com força titânica. Uma luta épica se desenrolou e a inteligência e a bravura de Hércules prevaleceram. O controle emocional sobre os instintos primitivos, percebeu? Depois compare como Hércules agiu no primeiro trabalho e como agiu no 12º.
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