Âncoras e o 11 de Setembro

Âncoras e o 11 de Setembro

Se te eu te perguntar onde você estava no dia 11 de setembro de 2001, no exato momento em que soube do atentado terrorista às Torres Gêmeas, você vai saber responder onde estava, o que viu, o que te disseram, o que você estava fazendo naquele momento, o que sentiu, talvez até se lembre da roupa que vestia ou o que estava comendo.

Você sabe por quê?
Porque nosso cérebro registra os momentos de forte emoção de uma forma muito específica: criando uma nova conexão entre neurônios para associar o fato à emoção sentida.
Quando vivemos experiências que envolvem emoções fortes, a amígdala cerebral (relacionada com as emoções) estimula o hipocampo (relacionado com a memória) para que novos neurônios sejam gerados - e novos neurônios são mais sensíveis a estímulos do que os neurônios mais velhos.
Neste momento o cérebro cria um "arquivo" exclusivo para registrar aquela experiência. Uma nova ligação neurológica que, a partir daquele momento, vai sempre informar ao seu sistema que existe uma relação direta entre o que aconteceu (onde estava, o que estava fazendo, vendo, ouvindo) e a emoção que você sentiu. A esse "arquivo" damos o nome de âncora.

Qualquer tipo de situação do nosso cotidiano é capaz de gerar uma âncora, desde que haja uma forte emoção envolvida no momento: uma experiência muito feliz ou traumática, um acidente, uma surpresa, uma música, um cheiro, um sabor. Todos nós acessamos nossas âncoras quase diariamente: passar por um determinado lugar, ouvir uma determinada música, comer uma determinada comida, sentir um determinado perfume. Tudo isso nos leva diretamente de volta ao momento exato em que a situação ocorreu, e sentimos tudo novamente.

Apesar de também ocorrerem com emoções positivas, as âncoras são um mecanismo de defesa do nosso cérebro. Um mecanismo que tenta nos proteger de passarmos novamente por situações negativas que já vivemos. Nossos traumas são âncoras.
Quando surge uma forte emoção, o cérebro registra o que você estava vendo, ouvindo e sentindo naquele momento e associa à emoção que você sentiu. A partir daquele momento uma coisa passa a ter relação com a outra. É o seu cérebro dizendo: esse lugar, essa roupa, esse perfume, essa comida tem relação com esta emoção.

Com base em estudos da neurociência e da PNL, e através de técnicas específicas, o coaching nos permite utilizar as âncoras a nosso favor, a qualquer momento, para qualquer fim.
Na prática, utilizamos o mecanismo do cérebro para criar âncoras com estados emocionais positivos e intensos, que nos permitem superar obstáculos e conquistar objetivos.

Âncoras positivas são capazes de nos conectar automaticamente a estados positivos como entusiasmo, confiança, criatividade, segurança, serenidade, determinação, alegria – que podemos utilizar também para enfrentar momentos de tensão ou estresse.
O princípio de ancoragem é utilizado no coaching para auxiliar na superação de obstáculos ligados a estados emocionais indesejados - que impedem um bom desempenho - e criar estados emocionais acionados e amplificados por uma emoção positiva.

E afinal, onde você estava quando soube dos atentados, no dia 11 de setembro?

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