É Carnaval, outra vez, salve-se quem puder.
O Carnaval, “festa” em que todos os excessos e irresponsabilidades são praticados, em que pese tenha quem o defenda argumentando que o Povo precisa de alguns dias de circo para compensar o estresse do resto do ano, será mesmo?
Da parte que me toca, sinto-me obrigado a conviver com essa excrescência, meu entendimento é que só serve para infernizar a vida das pessoas. Mesmo considerando a pobreza que assola esse País, em particular na região nordeste, o Carnaval é incentivado há durar uma semana e, aí tudo se esquece, como se todo mundo ficasse anestesiado com essa ilusória diversão e efêmero prazer que não sei, muito bem a quem interessa?
A origem desta “festa” é de fundo religioso. Hoje em dia apesar das justificativas de ordem econômica (que diz gerar empregos e fazer o dinheiro circular), acho que tem um interesse político escuso por traz, o que vocês acham?
O que vemos por traz dessa falsa alegria, muitos assaltos e furtos generalizados, muito consumo de álcool e drogas licitas e ilícitas de forma incontrolável. Mata-se por discussões irrelevantes, nota-se um aumento significativo de acidentes de transito, por aumento do consumo de bebidas alcoólicas. Se tudo isso não bastasse vemos jovens e adultos praticando sexo irresponsável, contraindo doenças e gravidez indesejável (nove meses depois vemos os nascimentos, frutos do Carnaval).
Apesar da pobreza reinante, dos salários minguados e dos 14 milhões de desempregados, se gastam fortunas em abadas, fantasias de blocos e escolas de samba que não são nada baratas e que bem poderiam comprar uma cesta básica. Passada a euforia muitos se arrependem do dinheiro que gastou e ficam com as dividas que a “festa” deixou.
A irracionalidade toma conta das pessoas nos dias de carnaval, histeria coletiva altamente manipulada pela mídia, principalmente televisada, que fazem as cabeças dos desavisados ou das cabeças ocas. Dizem que se arrependimento matasse, mais não mata, até porque no ano seguinte os idiotas fazem tudo de novo.
O pior disso tudo e, mesmo não se tendo dinheiro para a educação, saúde, segurança e etc., e tal, os Estados e Municípios destinam verbas públicas ( o nosso dinheirinho) para as escolas de samba, blocos e congêneres, com a justificativa que estão estimulando o turismo e a geração de empregos. Peço desculpas a quem pensa diferente, aliais o mundo se sustenta pelas diferenças, mais tenho o entendimento que a se continuar mantendo essa irracionalidade chamada de Carnaval, cada um deve fazer as suas próprias custas e não com dinheiro publico.
Ainda há quem pergunte, ingenuamente, se o Apocalipse vai chegar. Ele vem chegando. E o carnaval é uma das aberrações que ajudam a pôr mais lenha na fogueira que está incendiando o mundo. Há quem alegue ser o carnaval, ao lado do futebol, uma válvula de escape para disfarçar as frustrações do pobre e que Brasil explodiria se não houvesse o carnaval para extravasar a mágoa do povo.
O sábio apóstolo Paulo de Tarso já dizia:- Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. Não se trata de puritanismo piegas, mas de racionalidade. O carnaval só dá lucro para quem organiza, promove, vende produtos, para quem tem os trios elétricos e para os políticos que levam o seu quinhão generoso. Quando esses não tiverem bons lucros, o carnaval se acaba. Até lá, porém, o inferno continuará fervilhando e salve-se quem puder.