É melhor que as coisa ruins ocupem menos espaço na nossa mesa.
Temos de lidar, simultaneamente, com assuntos agradáveis e "chatos" e nem sempre podemos escolher entre eles. A tendência é que fiquemos ruminando os assuntos "chatos" por mais tempo do que deveríamos e isso deteriora a qualidade do nosso dia e prejudica a nossa capacidade de lidar com as coisas mais interessantes.
Precisamos advertir um colaborador e postergamos a iniciativa o máximo que podemos, pois isso nos chateará. Mantemos o assunto sobre a nossa mesa e ele nos fica chateando por diversos dias. Temos um trabalho "chato" para fazer e não nos debruçamos sobre ele de imediato. Ele é "chato" e não gostamos de fazê-lo. Ele fica sobre a nossa mesa e nos aborrecemos a cada vez que olhamos para ele. Pior, continuamos nos aborrecendo com as consequências da falta de solução.
Temos de esclarecer algum assunto delicado com um vizinho, um parente ou um amigo. É desagradável e o empurramos com a barriga à espera de um melhor momento para agir. Encontramos mil motivos para não fazer o que tem de ser feito. Não raro, esperamos que o problema se resolva sozinho, mas ele não se resolve e o desconforto continua nos incomodando e desgastando o nosso relacionamento com aquelas pessoas.
Para aliviar as tensões e melhorar o nosso bom-humor e a nossa produtividade, é mais prático resolver as coisas "chatas" e desagradáveis rapidamente. O aborrecimento de tratar delas é inevitável, mas acontecerá uma só vez enquanto a ausência de solução impactará muitas vezes e por mais tempo. Deixá-las pendentes sobre a mesa não modificará a simpatia que temos por elas nem facilitará a solução do problema.
Psicóloga
4 aLucas Sanches