Inovação & tendências: como dominar esse campo e se tornar um profissional valioso e diferenciado

Inovação & tendências: como dominar esse campo e se tornar um profissional valioso e diferenciado

Se você é uma pessoa que se mantém antenada nos movimentos do mercado, provavelmente já percebeu que, quanto mais exigente ele se torna com o passar dos anos, com consumidores ansiosos por novidades, mais importante é a habilidade de identificar tendências e promover inovações, sobretudo entre a liderança. 

Já não basta mais pegar as ondas das novidades quando elas já estão formadas e cheias de outros surfistas: é preciso antecipar quando e como elas virão, de forma que você e a empresa onde trabalha consigam ser os primeiros a surfá-las. 

Claro que nunca conseguiremos ter 100% de certeza sobre o que vem por aí - ninguém tem bola de cristal, não é mesmo? Mas existem, sim, técnicas e métodos que nos ajudam a ter uma perspectiva mais ampliada do futuro e prever fenômenos que possuem potencial de serem verdadeiramente transformadores na sua área de atuação

E quanto mais essas ferramentas estiverem presentes no seu dia a dia, mais você tem a chance de se tornar um pioneiro do próximo movimento disruptivo do seu setor. 

Neste artigo, vamos explorar juntos alguns desses caminhos que podem contribuir de forma prática para que você desenvolva cada vez mais essa capacidade de ver para além do seu presente. Vem comigo! 

Gartner Hype Cycle: uma importante metodologia de análise de tendências

Se você nunca ouviu falar sobre esse conceito, não se preocupe: vou explicar de um modo bem didático. 

Basicamente, estamos falando de uma abordagem que nos permite identificar ou prevenir de que forma uma tecnologia vai evoluir com o passar do tempo. Como você pode imaginar, ela é muito útil para suportar decisões de líderes e gestores em relação ao investimento em novas soluções tecnológicas dentro de uma organização, analisando os riscos e os benefícios de cada uma, e se elas serão duradouras ou passageiras. 

Para chegar a conclusões, o Gartner Hype Cycle se baseia em cinco etapas que caracterizam o ciclo de vida de uma inovação. São elas:

1. Gatilho de inovação;

2. Pico de expectativas;

3. Vale de desilusão (momento em que agitação em torno da novidade cai drasticamente);

4. Declive da iluminação (estágio no qual se entende melhor como essa tecnologia funciona e de que forma pode contribuir para a produtividade dos negócios);

5. Platô de produtividade (quando mais pessoas adotam essa solução e se torna possível avaliar com mais precisão a sua viabilidade). 

O gráfico fica assim:

Fonte:

A partir dos dados coletados, é possível separar a propaganda dos fatores reais da promessa comercial de uma novidade e reduzir os impactos negativos de um investimento em tecnologia, entre muitos outros benefícios. 

Futures Cone: uma metodologia para estudo de cenários possíveis

Quando falamos sobre preparar uma empresa para os diferentes contextos e as mudanças que podem aparecer, essa ferramenta também é bastante eficiente.

Em poucas palavras, ela engloba variadas classes de futuros em um mesmo cone: possível, provável, potencial, plausível, improvável, projetado e preferível. Aqui, parte-se do princípio de que, como existem diversos cenários possíveis e qualquer um pode se tornar realidade, é importante que uma organização esteja preparada para o maior número de situações. 

Trouxe mais uma ilustração para ajudar você a visualizar como funciona o Futures Cone:

Fonte:

Future Canvas: um framework para análises de futuros

Para completar a nossa tríade de abordagens interessantes que podem ser suas aliadas na análise de tendências e promoção de inovações, vale a pena conhecer essa metodologia, criada pela Bits Academy, que contribui para que você tenha mais previsibilidade sobre os acontecimentos que podem afetar um negócio. 

O passo a passo funciona da seguinte forma: 

1. Analisar os sinais fracos, ou seja, pequenas mudanças que acontecem fora do radar das outras empresas e que aparentemente não têm tanto impacto, mas que possuem potencial de trazer grandes mudanças; 

2. Verificar as consequências desses sinais, construindo uma roda do futuro; 

3. Estudar o contexto em que as pequenas mudanças estão acontecendo, tendo uma visão maior sobre as situações a partir da perspectiva social, tecnológica, econômica, ambiental e política;

4. Entender quais são as tendências, ou seja, padrões que surgem com a possibilidade de impactar grandes grupos e governos e que podem ser divididos em megatendências, macrotendências, microtendências e modas; e  

5. Desenhar cenários futuros, usando o conceito de Futures Cone, que vimos anteriormente. 

O quadro para você completar é assim:

Fonte:

E vamos de mais dicas práticas para que você se torne mestre em projeções de futuro! 

À primeira vista, essas metodologias que eu trouxe aqui parecem um bicho de sete cabeças, não é mesmo? 

A boa notícia é que, quanto mais você se aprofunda no estudo de cada uma, experimentando aplicar os seus conceitos no seu dia a dia de trabalho, mais familiaridade você vai ganhando com o assunto - inclusive, consegue entender mais quais ferramentas se encaixam melhor na organização onde você está e fazer uma seleção mais assertiva. 

Sem falar, claro, que existem outras formas de prever tendências que estão chegando ao mercado. Olha só alguns hábitos que você pode cultivar na sua rotina para atingir esse objetivo: 

  • Fique de olho nos influenciadores do seu setor: institutos de pesquisa e qualidade, especialistas e portais de notícia são algumas das autoridades que valem a pena manter no seu radar; 
  • Acompanhe o que a sua concorrência está fazendo: isso não significa copiar o trabalho do coleguinha, mas sim entender a reação do público-alvo aos produtos e serviços oferecidos por outros empreendimentos e se é interessante seguir um caminho parecido;
  • Ouça sempre os seus clientes: feedbacks constantes são essenciais para saber se você está lançando novidades que realmente atendem às necessidades dos consumidores ou se as transformações projetadas ficaram apenas no campo da imaginação; 
  • Colete e use os dados de forma estratégica para identificar padrões de comportamento e consumo, e tomar decisões mais assertivas; 
  • Armazene as informações da jornada dos usuários para prever possíveis cenários;
  • Incentive a formação de equipes em que a diversidade de idade, raça e gênero seja uma forte característica, afinal, a inovação nasce de forma muito mais natural nesses ambientes. 

Anotou tudo por aí?

Será que você está preparado(a) para ser um(a) líder inovador(a)? 

Vamos ser sinceros: nenhuma das estratégias que eu pontuei neste artigo consegue sair do papel em uma empresa se ela não possui uma liderança inovadora para guiar os colaboradores em direção a um futuro mais inovador. 

Estou falando daqueles líderes que assumem o papel de visionários, movidos pela busca constante por novas ideias e que conseguem motivar os times a serem mais criativos, sem medo de errar ou de expor as suas ideias.

São aqueles gestores que unem características como visão estratégica, acompanhamento de tendências, cultivo de talentos, aprendizado constante, inclusão, empatia e autoconhecimento para construir um verdadeiro mindset de inovação em suas equipes, permitindo que a organização evolua cada vez mais. 

Portanto, para finalizar a nossa conversa, eu gostaria de deixar a seguinte provocação: você está preparado(a) para assumir esse papel e gerar as transformações que o mercado está esperando? Está pronto(a) para ser pioneiro(a) das novidades? 

Espero que este conteúdo tenha contribuído para trazer um pouco de luz para os seus próximos passos. Até a próxima!

#inovacao #tecnologia #novosnegócios #disrupção #tendencias #linkedincreator #boletimtech

Kátia Jucá

Executiva de Controladoria e Finanças | Conselheira Fiscal | Mentora | Professora MBA

1 a

Carla, parabéns! Adorei o conteúdo, a clareza, a didática e as possibilidades de inserções em nosso dia a dia. Bela fonte de insights.

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