É preciso "ouvir", sobretudo, aquilo que não é dito.
Lá vem ele de novo... O fantasma do feedback.
Só de pensar na palavra FEEDBACK consigo ver a reação das pessoas. Algumas devem dizer “nossa, mas de novo isso”, outras devem imaginar algo do tipo “Credo, que tema mais batido”, tem ainda aquelas que não podem nem sonhar com esse assunto por algum tipo de “trauma”.
Acontece meus amigos que esse tema é uma discussão eterna entre teoria e realidade, por isso, não tenho nenhuma intenção de tratar o óbvio.
Certamente todo líder sabe que elogio pode ser em público, mas a correção e a orientação são feitos em espaço reservado e diz respeito apenas ao profissional em foco. Também confio que os feedbacks focados em melhorias de resultados são estruturados previamente, pautados em fatos e dados, e finalizados com direcionamento claro.
Meu objetivo aqui é clarificar que tudo é feedback e as vezes uma conversa despretensiosa no café tem um certo “recado” grudado nas entrelinhas.
Essa é uma percepção adquirida ao longo dos anos que além de idade, trazem também uma ampla maturidade relacional, maior controle emocional para receber informações e refletir sobre elas e uma visão ampliada sobre os detalhes que precisamos perceber.
Uma criança chorando, por exemplo, transmite um claro feedback de que algo está errado... fome, fralda suja, frio, calor, medo, ou qualquer outro incômodo que precisa ser expressado. Ninguém espera que essa criança agende um dia e horário específico para falar de suas necessidades! Rsrsrsrsrsrsrsrs... Apesar de achar que isso facilitaria bastante as coisas.
Não, você não precisa chorar ou encontrar alguém chorando na sua equipe para descobrir problemas ou alegrias em seu ambiente profissional.
Você precisa apenas lembrar que o corpo fala, a postura fala, o olhar fala, os murmurinhos significam muito, os grupinhos que se formam voluntária ou involuntariamente (as famosas panelinhas) também são um excelente termômetro do ambiente, a popularidade fala e inacreditavelmente, alguém que está sempre sozinho também “diz” muita coisa.
Em resumo, feedback não é só aquele “momento assustador” onde você vai apontar ou ser apontado. Tudo é feedback!
Quanto mais aguçada for sua percepção para receber as mensagens do dia-a-dia, maior a probabilidade de antever as possíveis crises, participar das diversas alegrias e receber os pedidos de ajuda que as vezes não chegam em palavras.
Se feedback fosse um fantasma, ele seria aquele parceiro e camarada! É preciso ouvir, sobretudo, aquilo que não é dito.
Supervisora de atendimento, Gestora de Recursos Humanos
5 aPerfeito 👏👏👏👏
Gerente de Operações na Youtility
5 aExcelente texto!