#100 | O futuro dos pagamentos, cripto e seguros
Chegamos à centésima edição do CANTAnews, lançando um olhar sobre o que nos aguarda em 2025, sob as mais diversas perspectivas. Nos meios de pagamento, continuamos a acompanhar a supremacia do Pix e a desenhar os novos caminhos abertos pelo meio de pagamento instantâneo no Brasil; no universo cripto, celebramos o movimento coletivo em prol do avanço sustentável do setor; e, por fim, especulamos sobre o futuro dos seguros, quando a inovação se tornar protagonista do setor. Vem com a gente!
Para quem duvidou...
O Sicredi registrou alta de 92,2% nas transações realizadas em suas máquinas de cartão durante a Black Friday deste ano, em comparação com a data comercial de 2023. Foram R$ 261,9 milhões transacionados no último dia 29, somando compras em débito, crédito e Pix QR Code.
Vale destacar que as transações via Pix cresceram 267% em relação a 2023, um episódio que ilustra muito bem a ascensão do meio de pagamento instantâneo no Brasil…
Viva o Pix!
E por falar nisso, o Pix tem se mostrado tão relevante que até o WhatsApp confirmou que logo – a partir de 19 de dezembro – não será mais possível realizar pagamentos na plataforma utilizando cartão de débito.
Segundo a Meta, a mudança acontece justamente porque ela vai priorizar transações via Pix, considerado por ela um método mais digital e integrado, alinhado com o que a empresa quer oferecer.
O futuro dos meios de pagamento
O movimento ilustra bem uma das tendência do setor de meios de pagamento para 2025, que aponta para soluções cada vez mais integradas, resultando em jornadas de pagamento quase imperceptíveis, conhecidas como "pagamentos invisíveis".
Denis Silva, CEO do Efí Bank, falou sobre essa e outras tendências para o setor em nosso blog!
Sustentabilidade cripto
Já faz algum tempo que temos acompanhado a evolução do mercado cripto e assumido o papel de ajudar a educar o ecossistema para que sejam aproveitadas as melhores oportunidades deste universo.
Também nessa linha, e reforçando seu papel e compromisso no ecossistema, a ABcripto acaba de lançar um programa pioneiro criado para formar e credenciar profissionais aptos a atuar em empresas prestadoras de serviços de ativos virtuais no Brasil.
Chamado de Certificação de Especialista em Ativos Virtuais (CEAV), o programa é voltado para áreas como tecnologia, compliance, advocacia, auditoria e para estudantes interessados no segmento. O objetivo é fomentar o desenvolvimento sustentável da criptoeconomia, uma vez que, por meio dessa certificação, os profissionais terão a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, adaptar-se às demandas do mercado e elevar os padrões de excelência no setor.
Inovação em Seguros
Que o mercado de seguros e o financeiro sempre andaram muito próximos não é novidade. É interessante notar, porém, que o investimento em inovação ainda não conquistou seu protagonismo no primeiro, embora tenha demonstrado avanços.
Segundo o 1º Estudo sobre a Inovação no Mercado de Seguros, Saúde Suplementar, Previdência Complementar e Capitalização no Brasil, encomendado pela CNSeg e realizado pela Capgemini, no ano passado o setor investiu, em média, 2,5% da arrecadação em inovação, somando R$ 16,7 bilhões. Para este ano, levando-se em conta a projeção de receita do setor, estimada em R$ 746 bilhões, o total dos investimentos em inovação deve alcançar quase R$ 20 bilhões, o equivalente a 2,63% da arrecadação do setor.
Ao comparar com as práticas adotadas pelas empresas mais inovadoras do Brasil, 45% delas investem até 5% de sua receita em inovação, enquanto no setor de seguros, 67% das empresas seguem esse padrão. Entretanto, o número de empresas que ultrapassam 5% ainda é baixo, chegando a apenas 8%. No comparativo, 22% das empresas mais inovadoras de outros segmentos destinam valores acima desse patamar.
Alguém arrisca dizer onde a mudança desse mindset pode levar o setor de seguros?
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Mercado Pago patrocina o Campeonato Brasileiro de Futebol
Como estabelecer conexão com seu público?
Essa é uma pergunta constante na mente dos profissionais de marketing. À medida que compreendemos a importância de as marcas promoverem experiências e associar sua imagem a bons momentos na vida dos clientes, torna-se evidente que conexão vai além de produtos ou serviços: ela está diretamente ligada à relevância e à presença no dia a dia das pessoas.
Com a atenção do consumidor cada vez mais disputada, as empresas precisam ser estratégicas na escolha de seus pontos de contato. Muitas vezes, isso exige sair do lugar-comum do setor e explorar oportunidades em espaços onde o público está presente em momentos diferentes, como lazer, entretenimento ou até mesmo no convívio social.
Um exemplo dessa abordagem estratégica é o Mercado Pago, que se tornou patrocinador do Campeonato Brasileiro de Futebol nas transmissões da Rede Record. Essa iniciativa é uma continuidade da estratégia do grupo Mercado Livre de se conectar com o público por meio do esporte, algo já consolidado com a aquisição dos naming rights do Estádio do Pacaembu no primeiro semestre de 2024. Esses movimentos demonstram como a presença da marca em momentos de entretenimento reforça o vínculo emocional com os consumidores.
Voltando à pergunta inicial: como, então, estabelecer essa conexão? O primeiro passo é entender profundamente quem é o seu público. Isso significa saber quais ambientes ele frequenta, em que momento de vida ele está e o que é realmente importante para ele.
Com essas informações em mãos, é possível direcionar a comunicação de forma estratégica e consistente, abrangendo diferentes formas de exposição da marca, sempre considerando o nível de proximidade com os potenciais clientes. Essa abordagem ajuda a construir uma jornada de comunicação mais eficaz, capaz de criar laços duradouros e uma conexão real com o público.
*Ketherine Ferraz, gerente de marketing digital da Cantarino Brasileiro
(Fontes: Finsiders Brasil, Meio e Mensagem, Startups e assessoria de imprensa)
Até breve!